... é um adjetivo que significa "que nunca se ouviu falar"... Refere-se a algo de que não há exemplo, que é espantoso ou que não se costuma ouvir.
Ou seja: algo INCRIVEL, EXTRAORDINARIO, ESPANTOSO é o que estamos vendo acontecer na cidade de Belém relativamente ao respeito das leis. Parece que estamos na Idade Media; que temos um dono, um patrão, um proprietário de tudo, que faz e disfaz a próprio gosto, sem confrontar-se com a... plebe.
Naquela época existia “um grupo de pessoas ricas e poderosas, conhecido como patriciado urbano, que incluía mercadores e artesãos prósperos. Eles tinham o poder político e social. Em alguns casos, bispos e parte da nobreza também exerciam algum controle, mas a burguesia, que surgiu com o crescimento do comércio e da indústria, gradualmente assumiu mais poder”.
Aqui e agora, o contexto originalmente medieval é exercido, abusivamente, por uma versão contemporânea de oligarquia, em que o poder é imposto há décadas por determinado clã, que parece cooptar somente aquelas pessoas que possam garantir a manutenção de seu "status quo", de privilégios e acúmulo de poder.
Mesmo se estamos no século XXI, o poder politico e social que deveria ser emanado pelos cidadãos, está sendo ofuscado pelo retorno do patriarcado urbano. A Democracia perdeu seu sentido pois raríssimas leis são respeitadas.
Belém
parece viver uma reedição do nascimento de uma cidade medieval, visto que, na democracia, a existência de leis prevê a aplicação das mesmas e o seu cumprimento por
todos, incluindo os governantes... e isso não estamos vendo por
aqui.
Desde o patrimonio histórico abandonado; as calçadas ocupadas; ao trânsito desordenado; aos decibeis ignorados na luta contra poluição sonora; ao acumulo de funções pelos trabalhadores (motorista/cobrador); a desigualdade salarial entre gêneros e raças; a falta de transparência nas remunerações e nos pareceres que dão (ou não) os órgãos quando interpelados; o desmonte por gestores conservadores e sem preparo técnico e moral, das políticas públicas já implantadas; a ausência das audiências públicas e a falta de participação da população e de associações representativas da comunidade na formulação e acompanhamento de planos e projetos de desenvolvimento urbano ... enfim, o elenco de abusos é enorme .
Se formos olhar as leis para cada caso acima citado (e tem muito mais) vamos notar inúmeras falhas nesse modo de gerir a nossa democracia.
Cadê os orgãos de controle dessa realidade? Como isso está acontecendo e ninguem toma providências para colocar um freio nessas atitudes? Quem garante a justiça e a igualdade em Belém? Cadê os orgãos de controle dessa realidade? A quem interessa, e porque, a manutenção dessa incômoda e injusta situação de atraso civilizatório?
É realmente espantosa e inaudita a
coragem de chamar isto de
DEMOCRACIA.
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