domingo, 27 de abril de 2025

INAUDITO...

... é um adjetivo que significa "que nunca se ouviu falar"...  Refere-se a algo de que não há exemplo, que é espantoso ou que não se costuma ouvir. 

 Ou seja: algo INCRIVEL, EXTRAORDINARIO, ESPANTOSO  é  o que estamos vendo acontecer na cidade de Belém relativamente ao respeito das leis. Parece que estamos na Idade Media; que temos um dono, um patrão, um proprietário de tudo, que faz e disfaz a próprio gosto, sem confrontar-se com a... plebe.

Naquela época existia “um grupo de pessoas ricas e poderosas, conhecido como patriciado urbano, que incluía mercadores e artesãos prósperos. Eles tinham o poder político e social. Em alguns casos, bispos e parte da nobreza também exerciam algum controle, mas a burguesia, que surgiu com o crescimento do comércio e da indústria, gradualmente assumiu mais poder”. 

Aqui e agora, o contexto originalmente medieval é exercido, abusivamente, por uma versão contemporânea de oligarquia, em que o poder é imposto há décadas por determinado clã, que parece cooptar somente aquelas pessoas que possam garantir a manutenção de seu "status quo", de privilégios e acúmulo de poder. 

Mesmo se estamos no século XXI, o poder politico e social que deveria ser emanado pelos cidadãos, está sendo ofuscado pelo retorno do patriarcado urbano. A Democracia perdeu seu sentido pois raríssimas leis são respeitadas.

Belém parece viver uma reedição do nascimento de uma cidade medieval, visto que, na democracia, a existência de leis prevê a  aplicação das mesmas e o seu cumprimento por todos, incluindo os governantes... e isso não estamos vendo por aqui.

Desde o patrimonio histórico abandonado;  as calçadas ocupadas; ao trânsito desordenado; aos decibeis ignorados na luta contra poluição sonora; ao acumulo de funções pelos trabalhadores (motorista/cobrador); a desigualdade salarial entre gêneros e raças; a falta de transparência nas remunerações e nos pareceres  que dão (ou não) os órgãos quando interpelados; o desmonte por gestores conservadores e sem preparo técnico e moral, das políticas públicas já implantadas; a ausência das audiências públicas e a falta de participação da população e de associações representativas da comunidade na formulação e acompanhamento de planos e projetos de desenvolvimento urbano ... enfim, o elenco de abusos é enorme .

Se formos olhar as leis para cada caso acima citado  (e tem muito mais) vamos notar inúmeras falhas nesse modo de gerir a nossa democracia.

Cadê os orgãos de controle dessa realidade? Como isso está acontecendo e ninguem toma providências para colocar um freio nessas atitudes? Quem garante a  justiça e a igualdade em Belém? Cadê os orgãos de controle dessa realidade?  A quem interessa, e porque, a manutenção dessa incômoda e injusta situação de atraso civilizatório?

 

É realmente espantosa e inaudita a

 coragem de chamar isto de 

          DEMOCRACIA. 




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