sábado, 26 de fevereiro de 2022

O MONSTRO DA INDIFERENÇA...


...ou da .nossa incivilidade.

 CONTINUAMOS A INSISTIR : ....Tem razão  Otto Lara Resende: De tanto ver, a gente banaliza o olhar - vê... não vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver... Parece fácil, mas não é... O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade... 

Quando você vai beber cerveja, de noite em alguma calçada... você já está indo contra a lei... porque a “calçada é para pedestres”, mas o pior é se estás numa praça cheia de crianças, sozinhas, brincando a noite alta... Será que te interrogas: “Cadê o Conselho Tutelar?

O QUE FAZER COM O QUE OS NOSSOS OLHOS VÊEM? É o caso de perguntarmos a nós mesmo a que ponto está o nosso nível de “cidadania”.

- você viu que tem lixeiras nas praças, mas aonde jogou o pacote de cigarro vazio, ou o copo de plástico onde bebeu sua cerveja, seguindo o Auto do Cirio?

- você sabe que existem sinalizações de parada de ônibus... mas faz sinal para  o motorista parar fora do ponto...e ele para, mas para idosos, nem nas paradas.

- você está com pressa e buzina... provocando poluição sonora;

- você vai de carro  buscar seu filho na escola e para na segunda ou terceira fila... ignorando as normas do Código do Transito...

-quantos controladores de decibeis você encontra em frente a igrejas tombadas nas festas santificadas?

Tudo ‘besteira’, né? Mas o conjunto disso se chama: INCIVILIDADE

OTTO LARA  afirma também que: “O campo visual da nossa rotina é como um vazio...e nós acrescentamos: ... e a nossa retina acaba ficando cega.

Desse jeito ele tem razão ao dizer: Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos... É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença...” e assim vemos o nosso entorno ir por águas abaixo e a nossa educação ... desaparecer.

- bueiros entupidos cujas águas invadem calçadas e lojas... o que leva a cobrirem com cimento as pedras de liós, tombadas, para evitar a invasão da chuva.



- onde consertar barcas e popopós, agora que os portos estão virando locais noturnos? Quem autoriza essa ocupação não sabe que a Cidade Velha presta serviços as 40 ilhas de Belém?


- como defender o patrimonio frente a "desportistas mentirosos" que ocupam praças tombadas dizendo que tem autorização, mas a Guarda Municipal descobriu que  mentiam.


- acontece diariamente encontrar o lixo na parada de onibus da Dr.Assis com D. Bosco, mas não somente.



- como ignorar a presença dessa carreta enorme,  em frente a uma igreja de 1770???





Quantos outros pequenos detalhes e irregularidades do nosso dia-a-dia acontecem ? Você presta atenção ao que sucede no entorno da sua moradia? E que providências toma quando algo não está direito? é um nosso dever cidadão... inclusive nos educarmos.

Quando vocês deixarem de ser incivis, e começarem a reclamar, se preparem pois os apelidos vão depender da idade de vocês... Começarão com  "velha chata" depois passam a "velha rabugenta" e depois, por lutar por um pouco de civilidade na área tombada viras "encrenqueira" por citar as leis. Muitos pegam a carapuça e agridem, em vez de se educarem... inclusive os politicos.

Mesmo se esta Associação fica de olhos abertos para seu patrimônio, as tres praças da Cidade Velha, revitalizadas em 2020 ja perderam:  fios elétricos subterâneos; plantas e canteiros; balizadores na praça do Relógio,  do Carmo incluindo a das Mercês, além da alvenaria e a escadaria da praça do Carmo ja com vários de seus degraus, quebrados...  nenhuma lâmpada acesa e a permanente trepidação provocada por  carretas e outros veiculos indesejaveis numa área tombada.

Para nós, apesar de todas as nossas denuncias, ver a destruição do nosso patrimônio por desatenção e falta de educação, é demais. TODOS PRECISAMOS NOS EDUCAR A RESPEITO. Deveríamos usar os olhos fora da rotina... incluindo nisso os funcionários  dos orgãos públicos das tres esferas de governo, a Policia, a Guarda Municipal... enfim todos nós.


Que tal começarmos a fazer uma campanha pela defesa do que a nossa  retina vê, ao menos relativamente  ao nosso patrimônio histórico?