sábado, 30 de abril de 2016

A FESTA DO RECONHECIMENTO 2016


Socias da Civviva, Gloria, Dulce e Jacira, com os 'azulejos' simbolo da Associação Cidade Velha Cidade Viva.

A pianista  Leandra Vital e a contralto Gabriella Florenzano, entretendo maravilhosamente com musicas do Maestro Isoca e Waldemar Henrique, os presentes.


O Prof, Carlos Alberto Zacca contando a historia de vida de Carlos Rocque e a presidente da Civviva.


Os homenageados: Marcos André, Taina Marajoara e Celso Roberto coma -presidente da Civviva.

Os homenageados e os padrinhos Goretti Tavares, Fabio Sicilia e Dulce Rosa Rocque apos o recebimento da homenagem..


A familia Rocque: filhas, genros, neta e a viuva de Carlos Rocque; a cunhada com o marido e o amigo membro da Academia de Letras de Curuçá, Paulo Henrique que "senta" na cadeira que homenageia Carlos Rocque.


O coquetel oferecido por Fabio Sicilia e feito pela Iacitata, era constituido de alimentos regionais: feijaozinho de Santarem; farofa de aviú; piquiá com farinha amarela; pupnha com doce de cupuaçú apimentado; queijo do marajo e sucos de tapereba e goiaba. Tudo produzido sem agrotóxicos.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

25 de Abril



Vamos voltar atrás a pouc mais de 70 anos, a 1945: a 2ª.  Guerra Mundial estava acabando.  Os brasileiros, os nossos Pracinhas, estavam no Apenino Tosco-Emiliano defendendo a Italia do fascismo; lutando contra os nazistas que ainda estavam dando trabalho às “forças aliadas”. Hoje, lá, estão festejando o dia da Liberação.

Homenagem aos ‘nossos pracinhas’ nós não fazemos, mas nessa área montanhosa entre Bolonha e Modena, todas as crianças sabem cantar, ao menos, “mamãe eu quero”. E quando desfilam pelas ruas festejando o Dia da Liberação da Italia do fascismo, dia 25 de abril,  essa é uma das canções que cantam para lembrar aqueles que as defenderam do fascismo.

A presença dos ‘nossos pracinhas’ nessa área de guerra foi fundamental. Foram exatamente 25.334 brasileiros mobilizados para o conflito, dos quais 15.069 combateram. As duas batalhas mais importantes, aquela de Monte Castelo, entre as montanhas bolonhesas, e aquela da entrada de Montese, na província de Modena, constituiram - não sòmente para os brasileiros- o ultimo e decisivo combate entre tropas aliadas e o exército nazista.

 Terminada a guerra, o balanço foi: 239 dias de batalha - de 6 de setembro de 1944 até dia 2 de maio de 1945-; 457 mortos e desaparecidos em combate, 16 dispersos, cêrca de 2.720 feridos e 38 prisioneiros de guerra. Em compensação, porém, fizeram 20.573 prisioneiros de guerra e prenderam 80 canhões de diferentes calibres, 1.500 viaturas e 4.000 cavalos.

A FEB travou combate com treze grandes unidades inimigas (tres fascistas -Divisão Italia, Divisão Monte Rosa e Divisão San Marco- e dez divisões alemãs). A FAB, em vez, naqueles poucos dias fez 1.738 vôos sôbre territórios inimigos (Passo Brenner e sul da Austria, principalmente), 445 missões e 2.456 decolagens para ofensivas.

Os pracinhas com a "cobra fumando" passaram por aldeias que nem se encontram nos mapas, como: Ca Berna, Madona dell'Acero, Montilocco, Mazzancana, Ca d'Orsino, Ronchi di Sopra, Bombiana, Guanella, Vidiciatico, Cravullo, Castellaccio, Montaurigola, Gaiano, etc e atravessaram cidadezinhas como Lizzano in Belvedere, Gaggio Montano, Marano, Sassuolo, Vignola, S. Ilario d'Enza, Montecchio, Neviano, etc. Os habitantes daqueles lugares, naquele tempo, agradeciam como podiam, e ofereciam... ovos, unico alimento que tinham a disposição.

Em ordem, as vitórias da FEB foram: Camaiore no dia 18/09/1944, Monte Prano dia 26/09, Monte Castelo dia 21/02/1945, Castelnuovo dia 05/03, Montese dia 14/04, Zocca dia 20/04, Collecchio dia 26/04, Fornovo dia 28/04 e, prosseguindo para Turim, ocuparam Alessandria. Dia 29 de abril foi dado o ultimo tiro pelos pracinhas da FEB. Seguem depois para Susa, ja libertada, onde estabelecem contacto com os franceses: dia 18 de Julho de 1945, o navio Gal. Meigs os trás de volta ao Rio de Janeiro.


Monumento aos Pracinhas em Monte Castelo

Em clima de festa, todos os anos em Montese, única cidade no mundo a ter vários espaços dedicados ao Brasil (uma praça, uma rua, dois monumentos e uma sala do Museu Histórico), chegam brasileiros para partecipar das comemorações relativas à liberação. Hoje, aquele povo, não oferece mais ovos e sim hospitalidade... mas esta è outra história.


sexta-feira, 15 de abril de 2016

A ex trav. da Vigia

Antes do tombamento da Cidade Velha se conseguia ver a ilha das Onças, a causa da altura da construção na beira do rio,que ficava na travessa Felix Rocque, ex da Vigia.
Esta era uma das tres ruas que davam para o rio, entre a Pça da Sé e a do Carmo.

  Um belo dia a casa de canto da Siqueira Mendes foi vendida e autorizaram uma obra no terreno que chegava até a beira do rio. Imediatamente a rua foi fechada com um cancelo  e ninguem sabia que estavam construindo algo de concreto na beira do rio... Quando descobrimos, reclamamos, mas a  construção continuou e se alargou, crescendo até cobrir a visão que se tinha da Ilha das Onças. 

                                               
 Vários embargos foram feitos, mas a construção continuava a crescer e não se chegava a uma conclusão sobre a largura do terreno e da rua.

Em abril de 2016, assim encontramos a rua e o pouco que se vê do rio e da ilha..
   As vezes ganhamos batalhas e guerras, mas so no papel...

quinta-feira, 14 de abril de 2016

RECONHECIMENTO CARLOS ROCQUE 2016 (2)


Dia 28 de abril, Carlos Rocque faria aniversario se estivesse vivo.  Nós o festejaremos reconhecendo o "trabalho" de  “ILUSTRES DESCONHECIDOS” que usam o seu tempo livre para nos deixar algo sobre nosso patrimônio, sobre nossa história, nossos rios, enfim, sobre o que é nosso.

Este ano, além de Tainá Marajoara,  os homenageados são: Celso Roberto Abreu e Marcos André Costaque com suas fotos nos permitem ver até detalhes do nosso entorno que, sozinhos, não os descobririamos.



CELSO ROBERTO DE ABREU SILVA, paraense, graduado em administração (Universidade Federal do Pará), com especialização em Educação Ambiental no Núcleo de Meio Ambiente da UFPa., e Gestão Pública pelos NAEA – Núcleo de Altos Estudos Amazônico, servidor público estadual. Iniciou sua vida de fotógrafo, na Fundação Curro Velho há 15 anos atrás aproximadamente. Participou de vários cursos nesta área indo desde a iniciação a fotográfica; preto e branco; laboratório de revelação; criação de 
paspartur; colagem de fotografia e realização de pequenos retoques. Participou dos Projetos Lendas Amazônicas e Identidade Ribeirinha realizados pela própria Fundação.

Por conta de suas fotos tem publicação em blogs, livros, revistas. Trabalhos acadêmicos  inclusive de nível  internacional  sobre as obras do Arquiteto Antônio Landi na cidade de Belém.

Participou de várias exposições fotográficas como a realizada no Palácio Antônio Lemos promovida pelo Governo do Estado; Banco da Amazônia; Espaço Cultural e Espaço Gastronômico Dona Dica; Tribunal Regional do Trabalho e duas vezes no Centro Cultural do Carmo.

Marcos André Costa, quando não está fotografando  o Roteiro Geo-Turístico (projeto de extensão da UFPA) é:
- Especialista em Planejamento e Gestão do Turismo e do Lazer (NAEA / UFPA);
- Bacharel em Turismo (UFPA);
- Coralista do Coro Lírico do Festival de Ópera do Theatro da Paz, regido pelo Maestro Vanildo Monteiro e do Coro Carlos Gomes, regido pela Maestrina Maria Antônia Jimenez.

A entrega do Reconhecimento Carlos Rocque se realizará dia 28 de abril, a partir das 19,30 h, na sede do Centro Cultural do Carmo, na Pça do Carmo no 48.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

RECONHECIMENTO CARLOS ROCQUE 2016 (1)


Este ano também serão entregue tres reconhecimentos a cidadãos que defendem nosso patrimônio em algum modo, sem terem nenhuma obrigação formal.

A escolha, cai, principalmente em fotografos que, gratuitmente,  nos mostram coisas belas e não do nosso patrimônio  historico-artistico-ambiental. Este ano  é a vez de Celso Roberto e Marcos André, mas tivemos,  também, um blog: Gente de Belém feito para paraenses apaixonados por Belém; um bloco de carnaval da Cidade Velha Xibé da Galera que respeita nossa memoria historica; um advogado-pintor e desta vez uma jovem lutadora/defensora da nossa Cultura alimentar.

Taina Marajoara  é uma liderança jovem do povo originário arua-marajoara que fez da cultura alimentar amazônica uma luta por alcance de direitos e novos paradigmas acadêmicos ao questionar sobre impingir caráter subalterno aos conhecimentos tradicionais frente ao conhecimento científico. Porque a Medusa é intelectual e a mulher que vira porca é uma lenda risível? .... fez de sua cultura milenar marajoara pilar para produções afirmativas e degraus democráticos. 

Em 2008, iniciou o projeto CATA – Cultura Alimentar Tradicional Amazônica, com recolhas de narrativas sobre as relações simbólicas amazônicas em torno do alimento, em uma inovadora pesquisa sobre a cultura alimentar tradicional, a qual colocou no espaço público de conferências de políticas públicas como base de argumento para alcance de direitos civis, defesa da biodiversidade, e para o reconhecimento oficial da comida como cultura no Brasil e aprovação na III Conferência Nacional de Cultura da formação do Setorial de Cultura Alimentar, no Ministério da Cultura, em 2013 a partir da aprovação da moção 094;  e logo em seguida, o Plano Nacional de Cultura conforme a Portaria n22, do dia 22 de março de 2014.

A partir de 2010, o desdobramento do projeto CATA para produção de conteúdo e inserção de conhecimento tradicional no campo científico, a pesquisa da Receita de Porco a Mulher que Vira Porca sobre as relações dos encantados com o alimento tornou a fundadora do Instituto Iacitatá, Tainá Marajoara, pesquisadora membro do Núcleo de Estudos em História Oral da USP, e mais tarde, junto a importantes intelectuais da alimentação, fundadora do NUSEC – Nutrição, Saúde, Economia e Cultura da USP.

Suas ações recebem reconhecimento internacional desde 2013, quando foi agraciada com a Honra ao Mérito por el Conocimiento Humanitario de La Cátedra Cayetano Redondo, Venezuela; é membro da LASA – Latin American Studies Association e da IFACCA – International Federation of Arts and Cultura Council.  Em 2104, participou a convite da IFACCA, do 6º World Art Summit 2014 (Cúpula Mundial de Cultura e Arte para a agenda 2015 da Organização das Nações Unidas - ONU) como única instituição representante da Amazônia e Sociedade Civil do Brasil como convidada devido ao projeto CATA - Cultura Alimentar Tradicional Amazônica ser considerado uma proposta inovadora para o desenvolvimento social a partir da cultura.  E, ainda, do Congresso Iberoamericano de Cultura – Cultura Viva (Costa Rica) como uma experiência intelectual e cultural de base comunitária bem sucedida; A experiência exitosa de produção de conteúdo e impactos socioculturais e ambientais positivos foram apresentados no primeiro painel a pautar a Cultura Alimentar na Associação Mundial de História, Universidade de Barcelona, 2014.  O Projeto CATA também foi apresentado durante o encontro internacional do movimento Slow Food, o Terra Madre – Itália, com a participação do mestre Vavá do Mingau.E, em 2015, veio o convite para participar de pesquisas no Rockfeller Institut da Universidade de Harvard.

Outro ponto importante da sua luta é a promoção do encurtamento de cadeias, aproximando produtor de consumidor, eliminando o atravessador e contribuindo para que o produtor receba preço justo e passe a conhecer sobre a comercialização. Promove feiras agroecológicas, troca de sementes e comercialização de mudas orgânica, e grupos de consumo agroecológicos, sempre ligados a movimentos sociais culturais e ambientais e ao campesinato, dando prioridade a alimentos em extinção e áreas de conflitos, para que as comunidades possam se manter.


O evento acontecerá dia 28 de abril as 19,30 horas, na sede do Centro Cultural do Carmo, na Praça do Carmo, 50.
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