quinta-feira, 24 de junho de 2021

A PANDEMIA E O PATRIMÔNIO HISTÓRICO


Realmente “é preciso conhecer para preservar” e a pandemia nos dá essa possibilidade.

Você acha que sabe aonde vive? Você acha que conhece assim tão bem a  nossa realidade? O que você sabe sobre a poluição sonora, a parte aquela perto da sua casa e que vocêé capaz até de ignorar? Você sabe quantos casamentos aconteciam em um ano na Praça da Sé? Você sabe quantos decibéis as normas nacionais estabelecem para áreas mistas, predominantemente residenciais, como a Cidade Velha e Campina?

Infelizmente  a Pandemia, essa desgraça que caiu sobre nossas cabeças, trouxe ao menos um motivo positivo, para pensarmos: praticamente debelou a poluição sonora da área tombada e seu entorno... aliás, quase de toda Belém.  Era preciso um covid para isso?

Você sabia quantos casamentos eram feitos nas duas igreja da Praça da Sé, durante o ano, antes da pandemia? Pois todo fim de semana, eram no mínimo quatro, com direito a vários minutos de fogos de artificio durante a saída e as consequentes poses para os fotógrafos, da parte dos noivos e seus convidados. Quantos durante o ano, so ai? e ainda temos as igrejas de S.João Batista e a do Carmo, nessa área tombada.

Você sabia quantas festas religiosas acontecem nas portas das nossas igrejas tombadas durante o  ano? Aos casamentos e ao Cirio temos que acrescentar  as festas da Padroeira e a de S.João... que não duram so um dia mas podem superar até dez dias seguidos, com bandas  musicais e foguetório em frente aos arraiais montados nas portas das igrejas.

Você sabia quantos trios elétricos defendiam as lutas e necessidades várias dos cidadãos paraenses em frente a ALEPA? Os decibéis chegavam a ser CEM, em frente ao Museu do Estado e do lado da Prefeitura e do Instituto Histórico. A queda de estuques ou de quadros, chegavam aos nossos ouvidos através de pedidos desesperados do diretor do MPE, mesmo se ali tem, ou tinha, a sede de um DPHAC.

Você sabia onde o Auto do Cirio fazia seus ensaios antes do dia fatal (para o patrimônio histórico) da sua apresentação? Sempre na área tombada: Praça do Carmo ou da Bandeira. Portanto, não um dia somente de poluição, como muitos respondem, ignorando o que realmente acontece.

 Você sabia que até 2012  o carnaval na Cidade Velha era feito com bandinhas e mascarados e depois foi liberada a entrada de trios elétricos? Chegamos a ter quatro deles, ou seja um em cada canto da praça do Carmo e que nem tocavam musicas carnavalescas... por todo o período carnavalesco, além daqueles dos blocos que rodavam pelas ruas do bairro.

 Você sabia quantos papagaios, periquitos e outros passarinhos morrem quando soltam foguetes perto do Museu Emilio Goeldi? Quem tem cães e gatos, sabe muito bem o desespero e stress que isso causa a esses animais, também. Agora pensem a quem tem um filho autista ou a quem tem algum ancião num leito em casa? Não é egoísmo ignorar essa realidade, também?

 Você sabe quantas carretas com até trinta pneus atravessam a área tombada diariamente? Não se trata de poluição sonora, mas é ambiental, e as trepidações que causam, são prejudiciais a propriedade privada e pública, agora imaginem o que causam aos prédios centenários que ainda temos.

Até mudar nome de rua é o caso de pensar se é algo interessante ou é apenas falta de informação. Tem gente querendo mudar até o nome, também, da Marques de Pombal...sem saber que foi ele quem mandou o Landi para ca em 1753, fazendo parte da Comissão portuguesa, que ia discutir com uma identica  comissão espanhola (que nunca apareceu), onde terminavam as terras que o Tratado de Tordesilhas dizia serem da ESPANHA. Em 1750 o tratado de Madri tinha, em termos práticos, tentado por ordem nas fronteiras, mas acabou triplicando as áreas economicamente ocupadas por representantes ou indivíduos ligados à atividade colonial portuguesa. O problema so foi resolvido em fins de 1700 e a Amazonia em nossas mãos, aumentou a beça. UTI POSSIDETIS!!!

A causa da Pandemia é uma  boa oportunidade, para os vereadores tentarem passar  város tipos de ... boiadas.

Viu quantos problemas você tem que conhecer e levar em consideração antes de propor mudança de nomes de rua e principalmente, sugerir batucadas/foguetório ou outras manifestações rumorosas na área tombada, ou no entorno do Museu e do Bosque? 

Ignorar não somente as leis em vigor, mas a história e a realidade também, é um péssimo exemplo de programação do uso do  território. Pode virar abusoEvite esses problemas ao Prefeito.

 Me creia, a pandemia está escondendo esses problemas, mas nós que vivemos isso na pele aqui na Cidade Velha, sabemos que, apenas possível, voltarão a tona. Será que não podemos aproveitar e fazer respeitar ao menos os 50/55 decibeis previsto pelas resoluções CONAMA/ABN?  Acima desses decibéis os ruídos são considerados prejudiciais a saúde e ao sossego público. Por que insistir com esses abusos?

 

PRECISAMOS URGENTEMENTE NOS CIVILIZAR, 

INDEPENDENTEMENTE DO  NIVEL CULTURAL.


PS. TOMARA QUE O PREFEITO VETE A MUDANÇA DE NOME DE NOSSAS RUAS, SEM EXAMES PROFUNDOS DESSA NECESSIDADE.


domingo, 20 de junho de 2021

NOSSOS QUINTAIS E A ORLA DE BELÉM


 Suspenderam e adiaram mais uma vez a votação da confirmação do veto de uma lei, que iria favorecer, no fim das contas, a construção de um muro do lado de lá de Belém.

Para atender, como de hábito, interesses escusos e predatórios, começaram derrubando casas antigas, para construir os primeiros edifícios de Belém.

Os quintais enormes, não tanto os das chamadas “rocinhas”, mas de casas de família construídas na Cidade Velha e Campina em meados do século XIX, estão acabando, também. Poucos são os casos de quintais com uma natureza exuberante (causada pelo abandono) ainda existentes na área tombada. Salvaguardar essa parte da nossa memoria seria até util, para mostramos a nossos netos, onde brincavamos quando eramos crianças. 



Esses quintais e áreas verdes situadas atrás e no entorno de cada casarão antigo, muitas vezes foram usados para fazer estacionamentos, ou blocos de pequenos apartamentos para aluguel. Agora porém, querem também aumentar os paredões de cimento, concreto, vidro e aço, no que sobra da orla de Belém.

O Estatuto da Cidade é o nome oficial da Lei 10.257, de 10 de julho de 2001, que regulamentou o capítulo da Constituição de 1988 referente à Política Urbana. Ele estimula as prefeituras a adotar a sustentabilidade ambiental como diretriz para o planejamento urbano, além da participação popular na gestão das cidades. Cria a obrigatoriedade de estudos de impacto urbanístico para grandes obras, como a construção de shopping centers. E coloca, entre os instrumentos do planejamento municipal, a gestão orçamentária participativa.

Tal lei foi ignorada e continua sendo atacada por todos os lados e com diversos niveis "intelectuais" de informação. Vemos isso estes dias, dentro e fora da Câmara de Vereadores de Belém...e também a nivel nacional.

É claro que não se mede o progresso pela altura ou quantidade de edifícios que uma cidade tem...como alguns pretendem. O que mais se mede, aqui, na verdade,  é a alucinada corrida da especulação imobiliária em detrimento da Qualidade de Vida da população em geral. Se, por acaso, vão impedir a circulação do vento, ninguém se preocupa, justamente em uma cidade situada próximo à linha do Equador.

Depois, é bom lembrar que: onde quer que se faça um novo empreendimento comercial, a corrida atrás de uma vaga de trabalho virá de todos os bairros... e de vagas de estacionamento, também, não apenas para os que lá trabalharão, mas para os visitantes e consumidores, também.

Tomara que o atual Prefeito VETE qualquer tentativa a respeito, considerando prioritariamente o atendimento das demandas do interesse coletivo.


sábado, 19 de junho de 2021

LIXÃO DE MARITUBA: até quando, ainda?

 

Por que não falar dele? Esse lixo também é  nosso... 

Nas 40ton produzidas diariamente, boa parte é de Belém.

                                                 

                                                            Lixão Marituba, lixo Belém — Foto: Agência Pará

Dia 14/06/2017, passei mais de quatro horas na Assembleia Legislativa, assistindo o debate sobre o lixão de Marituba. Presentes: Prefeito e Vereadores da cidade; deputados estaduais; representantes do Ministério Público de Belém e de Marituba; representantes da SEMAS e outros órgãos públicos, e o povo de Marituba com André Nunes na frente.

 Interessantes as falas dos políticos e dos técnicos, mas o que me chamou atenção foi ouvir pessoas menos letradas falando. O domínio do argumento; a segurança com que explicavam os fatos; a coragem de fazer acusas, de citar exemplos, de solicitar respostas.

 Eram quilombolas irritados com o menosprezo pelo problema que os afligia; eram catadores de lixo que não viram acontecer nada do que lhes foi prometido; eram chefes de comunidades que acusavam órgãos públicos ausentes em várias ocasiões; gente de várias localidades, para nós desconhecidas, que relatavam os danos que a incompetência do poder publico estava causando ao ambiente. Uma avó disse que seu sonho era ensinar sua neta a nadar no Uriboquinha... coisa agora imposssivel.

 Eu ouvia admirada aquela defesa de seus direitos e morria de inveja porque aqui na Cidade Velha nunca ninguem fez isso. Muitos vem me reclamar de problemas, mas se peço para darem uma entrevista, todos escapam; assinar um abaixo-assinado é um problema, com rarissimas exceções.

 E eu ouvindo aquelas pessoas simples, relacionando problemas graves e suas consequências, com tanta segurança... Alguns com um papelzinho na mão onde tomaram nota do que os técnicos tinham dito, e tinham coragem de desmenti-los.

 Quando acabou a seção os cumprimentei e desejei sorte, pois lutar contra a Revita não é fácil... e sai, cheia de inveja do André que conhece e convive com pessoas cheias de brio.

 Que bom que eles existem. Pena que não sejam meus vizinhos. Lutar pela Cidade Velha com cidadãos desse tipo, seria bem mais fácil, teria outro sentido e quem sabe até mais resultados.

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Quem diria. Os anos passaram. O André faleceu e, a distancia de quatro anos daquele debate na Assembleia Legislativa vemos que a guerra não acabou. 

Estes dias o problema do lixão de Marituba voltou a tona e de novo foi jogado para baixo de um tapete, que não é de relva...mas de nojo e decepção.

 


quinta-feira, 17 de junho de 2021

BELÉM, SUAS ILHAS E SUAS ORLAS..

 

Estes dias vimos o resultado da limpeza da doca do Ver o Peso e do entorno da ilha do  Combú. Seguimos também, com grande apreensão, a discussão sobre o veto de uma lei que ia mexer com nossa orla... E DE ORLAS, TEMOS MUITAS, ASSIM COMO OS PROBLEMAS DELAS, A SEREM ENFRENTADOS...


                                                        foto de Mácio Ferreira/Agência Belém

Parabéns  portanto ao senhor Prefeito: descobrimos quão necessária foi fazer essa operação de limpeza. Significativa a quantidade de toneladas de lixo produzida com atividades que rendem dinheiro para quem as exerce...incivilmente.

A culpa desse resultado tem origens múltiplas, porém, todas baseadas de um lado, na superficialidade, na incivilidade e na vontade de ganhar dinheiro facilmente, sem muitas responsabilidades com o meio ambiente.

De outro lado, temos que reconhecer a pouca  noção e quanta pouca atenção damos ha anos, sejam os cidadãos que os governantes, ao que está acontecendo sob nossos olhos (fechados) nas orlas das ilhas mais próximas e mais frequentadas de Belém. De fato, quantos daqueles que defendem o meio ambiente e frequentam esses restaurantes das várias  orlas de Belém, se colocaram o problema do lixo? Imaginem nas outras ilhas, menos conhecidas, que  totalizam cerca de 36, o que acontece?

Agora, uma vez "descoberto" esse modo incivil de ocupar as orlas das ilhas que tem Belém, seria o caso de começar a tomar providencias legislativas a respeito.  As sugestões estão aparecendo: que tal começar a tomar nota e iniciar um debate, não entre estudantes universitários, somente, mas, principalmente com esses  novos ribeirinhos de meia pataca que correm, não somente  para o Combú, sem respeitar o meio ambiente e algumas leis.

Por enquanto vamos prestar atenção nas propostas que lemos nas redes sociais. 

Começamos com um cidadão de nome Adrea Canto: “achei a ação excelente. Quero aproveitar para dar uma sugestão, pois já trabalhei na Ilha do Combu.

Seria bom que houvesse o controle de velocidade dos transportes aquáticos e também o controle de ocupação da ilha, pois o avanço desordenado tem provocado inúmeros impactos ambientais, especialmente para quem já morava há anos na ilha.”

 Pedro Santos, é outro cidadão que também opina: “Parabéns pela iniciativa! Para processamento específico de resíduos orgânicos, uma outra alternativa mais sustentável e, talvez, mais adequada, seria o apoio da PMB para que fossem instalados biodigestores, evitando transferir a poluição para algum aterro sanitário; e ao mesmo tempo produzindo gás e adubo, para aproveitamento na própria Ilha de Combú.”

Não são, com certeza, os únicos a se preocuparem com essa situação, porém, independentemente do numero de sinalizações dos leitores, é o caso de lembrar a necessidade de começar a tomar providencias pois além, do Combú, e das mais famosas ilhas como Mosqueiro, Cotijuba e Outeiro, existem mais de outras trinta ilhas, das quais muitos nomes nem conhecemos, que correm o mesmo risco de serem descobertas e... destruídas por cozinheiros (e construtores) ambiciosos e incivis.

TEMOS QUE DAR MAIS ATENÇÃO AS NOSSAS ORLAS.

NÃO SOMENTE A DE BELÉM, MAS DE SUAS 40 ILHAS, TAMBÉM.

ELAS TEM QUE SER DEFENDIDAS DE TODAS AS OUTRAS FORMAS  DE ABUSOS, QUE JA VEMOS TENTAREM EM BELÉM...

O PROBLEMA DA ORLA DE BELÉM EM DISCUSSÃO ESTES DIAS, NÃO FOI RESOLVIDO, APENAS ADIADO...


quarta-feira, 2 de junho de 2021

UMA ILHA EM TERRA FIRME


Na sua opinião a Cidade Velha, no mapa de Belém, se encontra aonde? Na ilharga do bairro de Nazaré? Na cercania do rio Guamá? Perto da UFPa?  E é o que? Arrabalde? Subúrbio? Periferia? ou é uma ilhota?

Devemos lembrar que  a Cidade Velha, além de ter uma parte tombada,  é composta, também, de uma parte bem mais recente, onde encontramos a Estrada Nova e seu entorno desembocando na área do S. José Liberto. Digamos que a Av. Tamandaré é o divisório entre essas duas áreas, e... a Av. 16 de Novembro, é aquela que nos afasta, nos isola do resto da cidade...

O fato de não se ter mais que atravessar o alagado do Piri para ir para o lado de lá da cidade, não é que diminua o tempo de resolução dos problemas que essa área tem. Como as outras ilhas que fazem parte de Belém, mesmo os menores problemas levam tempo para serem resolvidos.

Francamente poderíamos ser, vista a atenção que nos dão, uma ilha a mais entre as que fazem parte de Belém. Uma ilha em  terra firme... a 40a ilha. Alias, ano passado ja tinhamos dado essa sugestão, seria bom ir ler:  https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2020/02/a-quadragesima-ilha.html

Poderia, porém, ser uma Cidade a mais, como foi escrito no banner da família Tuma, colocado na janela de seu casarão no canto da trav. Felix Rocque com a Tomasia Perdigão.


Vamos ajudar quem pretende melhorar Belém, lembrando que, de fato MAIS QUE UM BAIRRO A CIDADE VELHA É UMA CIDADE pois temos:

- PREFEITURA;                                                        

- Assembleia Legislativa;

- Tribunal;

- Ministério Público;

- Museus;

- Igrejas;

- Portos;

- Mercados;

- Escolas;

- Restaurantes;

- Poços.

- Profissões várias: costureiras, doceiras, eletricistas, enfermeiras, ferreiro, padeiro, pedreiro, sapateiro,  etc...

- e temos orla, também,

Precisam descobrir que a Cidade Velha não tem, porém:

- hospital;

- pronto socorro;

- estacionamentos;

- faculdades;

- biblioteca;

- arborização;

- creches

-...E a devida  atenção dos órgãos públicos.

O que mais OS ORGÃOS PUBLICOS NÃO VÊEM QUE FALTA:

- Vigilância em geral;

- Vigilância nas praças 24h/dia;

- Sinalização da área tombada;

- proibição de entrada de carretas e outros veículos pesados;

- proibição de fogos de artificio;

- luta à poluição sonora;

- desocupar o meio da rua da Av. Tamandaré

- retorno do uso das calçadas pelos pedestres;

- estacionamento para  os usuários dos órgãos públicos.

- estacionamento para clientes de outras atividades já existentes;

- exigência de estacionamento para novas atividades;

- balizadores nas calçadas de liós;

- atenção aos ribeirinhos.

E eles, os ribeirinhos? Quantos sabem onde eles fazem suas compras quando chegam na Cidade Velha?

- na Siqueira Mendes;

- na Dr. Assis;

- na Praça do Carmo;

- na D. Bosco;

- na Gurupá;

- na S. Boaventura

- e quando precisam de médico ou dentista, onde vão atrás???

E tem quem proponha substituir esse comércio, com bares... se vê qwue ignoram a existencia e as necessidades dos nossos vizinhos, ribeirinhos de bem 39 ilhas.

E quem nota que esse bairro tombado recebe poucos turistas porque suas calçadas são intransitáveis?  Quantos deles chegam a ver o Palacete  Pinho,  o Porto do Sal ou esta casa do sec.XVIII ?








Mesmo insistindo nas denuncias, os problemas dessa área são ignorados como aqueles das ilhas onde se chega de navio, barco ou po-po-pó... 


Quem lê nossas propostas as ignora, pois não vemos nem a Guarda Municipal nem a Policia Militar, nas praças a defender nosso patrimônio. Não as vemos controlar as praças a pé... e de dentro da viatura, notam bem pouco... 

Quantos balizadores sobraram na Praça do Relogio? Na Praça do Carmo, uns dez foram roubados até o mes de maio. Não vemos o Conselho Tutelar cuidar de nossas crianças que ficam até tarde da noite por ruas e praças. Continuamos a ver carretas de trinta metros pelas ruinhas da área tombada, ajudando a piorar a situação, inclusive, de casas de privados cidadãos. Estes dias de chuva, duas casas cairam na Pedro de Albuquerque... como ajudar essas pessoas?

Como programar o bairro sem conhecer as especificidades da área? Por que não cuidar de melhorar a vida dos cidadãos resolvendo esses problemas. O Município deve promover e estimular a participação da comunidade local através de suas organizações representativas para poder corrigir e melhorar o que é necessario. Se cumprida essa exigência legal, e lendo as denuncias feitas atraves deste blog, se amplia o necessário conhecimento e a resolução de problemas das várias áreas em estudo, por quem pouco a frequenta. Vir assistir o Auto do Cirio, não é conhecer a Cidade Velha, mas sim ajudar a destrui-la com a poluiçao sonora que começa com os ensaios...

 Não é nada desejavel uma reinvenção  da Cidade Velha, ignorando a defesa da nossa memória e incrementando atividades que implicariam em maior trânsito de veículos automotores, e consequente maior desgaste da infraestrutura urbana local e do entorno.

   VAMOS PENSAR NISSO, TAMBÉM?