domingo, 17 de janeiro de 2021

45 DIAS DEPOIS DA REINAUGURAÇÃO ...

 

... da  Praça do Carmo, vamos ver em que  situação ela se encontra, hoje.   

Na noite anterior a sua inauguração, ou seja, na véspera do  dia 26 de novembro de 2020, começaram a chegar  visitas. Skatistas e patinadores, vieram fazer uma anteprina, enquanto lavavam a praça para a entrega à população. 

A inauguração aconteceu sem que os moradores da área fossem avisados ou convidados. O Padre Genaro bem que se aproximou do busto de D. Bosco, mas foi ignorado e, depois da oração que fizeram, sem sua ajuda, ele voltou para o colégio do Carmo.

Depois da inauguração, começaram as ações destrutivas. Chegavam de dois em dois e faziam vôos, seja sobre a escadaria que no seu entorno. Começaram a aparecer os canteiros com seus cantos danificados...








Um mes depois, pelo Natal, os sinais ja eram bem evidentes, até nos degraus, encerados,  da escadaria do anfiteatro. Queriam arredonda-los?




Até onde se encontrava a bomba d'agua, eles fizeram uso, inclusive de cera.


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A partir do dia dez de janeiro começou a faltar luz em algumas ruas da área tombada da Cidade Velha. Moradores e comerciantes ja estavam irritados. A Equatorial vinha, consertava um poste da Dr. Assis mas apenas iam embora,  a luz também ia-se. 

No meio tempo, ja tinham desaparecido seis lampadas do anfiteatro. Alguns balizadores ja estavam sendo "trabalhados" para serem retirados da calçada da Siqueira Mendes, bem em frente a uma camera do CIOP ...desligada.

Chegamos ao dia 12, aniversáro de Belém, e depois de várias insistências os tecnicos da Equatorial descobriram que o problema estava num poste em frente da igreja do Carmo. Deram a culpa aos "matinhos" que cobriam os fios elétricos que se encontravam perto da mangueira retirada um mes atraz. Disseram também que não tinham "competencia para ficar tirando matinho" mas tiraram alguns e foram embora. Nessas alturas a praça ja estava cheia de moradores que, aproveitaram a volta da luz e começaram a jogar bola, outro uso inadeguado da praça.

... e a luz foi embora novamente. O jeito era esperar o dia seguinte...mas chegou outra viatura da Equatorial e deu seu jeitinho. Era hora do intervalo do jogo de futebol na TV quando o silencio se fez na praça.

No dia seguinte, para surpresa geral, não tinha mais nenhuma lampada no anfiteatro da praça.



Todas, tinham desaparecido: agora mesmo que tudo ia ficar no escuro.





Mais um dia amanheceu e mais uma vez a praça se encheu de gente, e as depredações continuavam,.. as lampadas debaixo ds bancs arredondados, também tinham sumido.




Durante todos estes dias  os atos predatórios aconteciam sem que nenhum orgão preposto a defender o patrimônio comparecesse para fazer seu dever.

Algumas viaturas passavam durante o dia, nem sempre quando estavam  depredando a praça.

Duas vezes a Policia Militar compareceu, chamada pelos moradores, a causa das bolas que caiam onde não deviam, ou seja, nas propriedades privadas.

Duas televisões denunciaram essas ações incivis...mas não vimos resultados válidos.

Todos os moradores estão indignados pela total falta de atenção com esta praça tombada e apenas requalificada com uma despesa de quase um milhão e meio, apesar de todas as reclamações feitas.

  É um absurdo ver esses fatos se repetiram e que nada é feito para evitar os danos que estão fazendo ao patrimônio.

As câmeras da CIOP existentes na Siqueira Mendes bem que poderiam ajudar a individuar os malfeitores.

UM GOVERNO SAINDO E OUTRO CHEGANDO. ENTENDEMOS  AS DIFICULDADES, MAS É O PATRIMÔNIO QUE ESTÁ PAGANDO O PATO...e o cidadão que deverá pagar essa despesa.

OUTRAS NOTAS A RESPEITO: 

- https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2021/01/o-uso-das-estruturas-publicas.html

- https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2021/01/chamei-pm-e-vieram.html

https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2021/01/sera-que-e-maldiccao.html

domingo, 10 de janeiro de 2021

Portugal e sua politica participativa.

 

Por que não aprender as coisas boas dos outros países também? Aproveitamos este Laboratorio para apresentar um exemplo.

Portugal, há alguns anos está cuidando, com atenção e mão firme, do seu patrimônio histórico. Destes dias o conserto de uma praça e a chamada que fazem aos cidadãos.

Tivemos conhecimento dos jornais que:A primeira fase do processo participativo da Praça Martim Moniz começou dia 18 de dezembro. Até 15 de janeiro de 2021, a Câmara Municipal de Lisboa quer ouvir e compreender as suas preocupações, desejos e ideias para a futura transformação desta praça (conceção, construção e futura utilização).

Que pena que não foi assim em Belém do Pará, relativamente as quatro praças antigas que foram “requalificadas” em 2020. Tiraram os bancos, encheram de postes com lampadas caríssimas, mas uma placa dizendo ao menos “não pisem na grama”, depois de completado o trabalho, não vimos em lugar nenhum. Estes dias vemos os estragos que a falta de educação e a não presença de placas educativas fazem, ao menos na Praça do Carmo...

Além de visitas on line ou ao vivo sobre a evolução histórica da praça “Serão também promovidas sessões participativas, para ouvir os vários utilizadores da Praça. Cada sessão terá um limite máximo de participantes e, para garantir uma representação sociodemográfica da população, a participação está sujeita a uma pré-inscrição no site lisboaparticipa.pt.

Isso é importantíssimo para evitar que pessoas que não conhecem a realidade e talvez nem a história da localidade em exame dêem opiniões que nada tem a ver com o que pensam ou querem os moradores da área. Normalmente as decisões são tomadas sem parecer de quem vive, trabalha ou usufrui do local ou área em exame.

Gostarianos de opinar sobre uma proposta que ouvimos insistentemente: aquela de  tirar as lojas da Siqueira Mendes que servem os ribeirinhos e colocarem ...bares. Será que os clientes viriam de ônibus ou de po-po-pó? Aliás, será que sabem o valor que tem para os ribeirinhos  aquele comercio?

Aqui em Belém confundem as coisas, ou não conhecem o sentido das palavras. Não chamam os cidadãos para discutirem propostas...chamam para ouvir e ver o projeto que já fizeram. Aconteceu em 2015 quando chamaram a CIVVIVA para ouvir o que queriam fazer com a Praça do Carmo (que vimos bem pouco ter a ver com o que foi, enfim feito em 2020). Vimos isso, recentemente, também, com o Mercado de S. Braz....e inclusive ouvimos a ‘clak’ impedindo o público de dar opiniões ou fazer perguntas. O projeto estava prontinho, sem que as "propostas" tivessem sido discutidas com a cidadania.

Em Portugal, mas também em outros paises europeus, as passagens são várias. “Posteriormente, será promovida a fase da participação técnica e especializada, aberta e plural, para o desenvolvimento de propostas espaciais (desenho de propostas que concretizem e traduzam os resultados dos contributos da participação pública).

Fora daqui, os cidadãos não são considerados, a priori, incapazes de ajudar ou opinar sobre o que a cidade precisa. De fato “Este conjunto de iniciativas concretiza o que foi aprovado por unanimidade em reunião de Câmara - o desenvolvimento de uma estratégia e plano de ações para o processo de participação pública com vista à requalificação da Praça do Martim Moniz.

Quanta coisa a  nossa democracia tem que aprender. A “panelinha” ainda funciona aqui e enquanto se usar esse método os resultados nem sempre serão o que deveriam ser... e as despesas, nem se fala. (O preço da ‘revitalização’da praça do Carmo, que passou a se chamar requalificação, deu um salto enorme, passando de R$ 501.305,32 de 2015  para  R$ 1.364.588,43, e não tivemos nenhuma explicação a respeito de tal aumento.)

Essa foi a primeira parte, porque, paralelamente a Prefeitura de Lisboa dará reembolso de 500 euros para compra de bicicleta. Também transformarão as faixas de carro e suas vagas, pois virarão ciclovias. De 100km serão 200km em 2021.

 

Parece até fantapolitica...

 

 

PS: você sabe de que partido é a administração de lá?


quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

SERÁ QUE É MALDIÇÃO???

 

Jardim amaldiçoado esse da Praça do Carmo. So quem mora  no entorno nota o que acontece nessa praça situada fora do circuito normal das pessoas e que nem sempre seus problemas chegam até quem deve resolvê-los, apesar da nossa insistência. 

 Trataremos do novo jardim da Praça do Carmo pela quantidade de  modificas que teve estes dias e  ao longo de um século de vida, mais ou menos. Até estacionamento de veiculos de clientes dos locais da Siqueira Mendes, ja foi. A mudança de lugar do busto de D. Bosco quem sabe é o motivo de tanto azar???

Como era antes, ou como foi modificado através dos anos podemos ver aqui..https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2020/09/as-mudancas-na-praca-do-carmo.html

So nestes últimos dois meses já foi modificado três ou quatro vezes. Partindo da fase inicial do projeto esta era a situação de um dos canteiros da praça.

Depois iniciaram a determinar os desenhos...

Poucos dias antes da inauguração vieram controlar os trabalhos... as plantinhas ja tinham começado a serem colocadas.

Algo não deu certo pois,  dois dias antes da inauguração, quando  já estavam quase todos os canteiros prontos,  vimos chegarem ao anoitecer umas vinte pessoas  que começaram a tirar todas as plantas que tinham sido colocadas  nos dias anteriores.

Trabalharam dia e noite sem conseguir acabar a reposição, assim, antes da inauguração ainda estavam  colocando plantinhas nos canteiros. No dia seguinte ainda voltaram, e colocaram uns tajas...

Sem nenhuma proibição do tipo “NÃO PISE NA GRAMA”, a praça foi inaugurada e o nosso povo começou até a posar para fotos pisando nas plantinhas...e correndo também para tirar a bola de futebol que ali caia. O anfiteatro votou a ser campo de futebol e também area para ser destruida pelos skatistas e patinadores, porém sem seus bancos ao redor. Nos muros dos canteiros e nos  degraus uma patina de cera, ou sabe la o que foi logo passada, assim nem sentar ali era possivel ou aconselhavel.

A grama cresceu ao entorno das plantinhas e o que fazer? como passar com a maquina pelo meío delas? O jeito era fazer o serviço...a mão.

Hoje vimos cinco pessoas tirando a  grama, a mão e replantando mais uma vez as plantinhas... em todos os canteiros. Que assim ficaram...

Será que todas as vezes que a grama crescer vão precisar replantar tudo de novo???? Quanto vai custar a Prefeitura essa despesa de tirar a grama a mão e replantar toda as vezes as plantinhas escolhidas???

 O problema, se vê bem,  não é so a má educação do nosso povo que passeia pelo meio dos canteiros, mas também a opção de quem “desenhou e escolheu” as plantas a serem usadas.

Aqui pra nós: além do dinheiro do conserto da praça não ser o do PAC, mas um empréstimo (com juros e tudo mais) o novo Prefeito ainda arca com essa novidade de tirar a grama com a mão. 

                    Viva a modernidade.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

CHAMEI A PM E VIERAM...

 ESTA NOITE jogavam bola na praça do Carmo, como de costume e, como de costume, várias bolas caiam no meu patio, e o alarme tocava. Eram  21h.

Me cansei de ouvi-los entrar em casa, abusivamente e a terceira vez fui até o portão e ia retirar a bola, mas eles se anticiparam. Iniciou-se uma discussão. Um dos jogadores que estava no anfiteatro se exaltou e o batibeco piorou. Ele não gostou de ser chamado de 'delinquente' por invadir meu domicilio sem autorização. Abanava as mãos e gritava. Ele não sabe que eu estava usando a palavra justa, segundo qualquer dicionário, para denominar seu comportamento. Achou que o estava chamando de 'ladrão'...e expliquei que 'não respeitando as leis', ele era aquilo, em vez.

Eu também gritei dizendo que ali era uma praça e não um campo de futebol e o exaltado respondeu que era 'área pública'. Assim sendo fica claro que em qualquer área pública ele acha que pode fazer o que quiser. Isso deveria ser esclarecido nos primeiros anos de escola: pra que servem as áreas públicas? E o valor do nosso patrimônio, também.

Entrei em casa,  o jogo continuou e eu chamei o 190. Foram gentilissimos e disseram que se chegasse a viatura eu me apresentasse...e a viatura chegou em poucos minutos.

Nesse meio tempo, as mães das crianças que perambulavam pela praça, chegaram para defender seus maridos e vizinhos. O público tinha aumentado e o jogo tinha parado.

Expliquei aos policiais que tinham entrado tres vezes no meu patio para pegarem a bola e isso me parecia um abuso; que ali era uma praça não um campo de futebol e assim por diante falei dos estragos em carros estacionados e outras portas. E eles foram confabular com os jogadores.


Vai e vem. Me explicam e eu insisto que aquilo era uma praça... O jogo acaba e os jogadores vão embora. Enfim agradeço e saudo os policias dizendo que dentro de poucos minutos eles voltariam, e o policiais me disseram "nos também voltaremos".

As crianças ocuparam a praça e alguns adultos brincavam de bola com elas. De repente um silencio total...a PM tinha voltado para cnstatar qe eu tnha razão... e acabou-se tudo.

Agradeço do fundo do coração o trabalho e a ação da policia, mas subentrou o medo. Ja tive essa experiência quando denunciei o estacionamento de veículos de clientes dos locais situados na Siqueira Mendes. Este foi o resultado.

https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2018/09/intimidacoes.html

Como deve se comportar o cidadão frente a qalquer tipo de abuso? Calar é ser conivente e so ajuda a piorar a situação. As leis são abandonadas nas gavetas e os delinquentes se aproveitam e ocupam espaços das pessoas de bem.

Vejo boquiaberta da janela o estrago que,  com skates e patins, fazem numa praça reinaugurada dia 26 de novembro ultimo e que custou quase um milhão e meio. Parece que ninguem vai ter que pagar essa despesa...  parece que não é de  ninguem.

Todos devemos saber defender nossos direitos  e nosso patrimônio seja o público que o privado, senão, com a desculpa do medo que sinto neste momento, quem não presta ganha essa guerra... e nós nos fechamos atrás das grades de casa reclamando do... desgoverno, quando, as vezes, a culpa é  nossa também.

Dulce Rosa de Bacelar Rocque - cidadã

PS: me chamam de "velha doida" porque, nessa idade, e com medo, também, continuo fazendo a minha parte de cidadã, defendendo direitos vários, não so meus.