domingo, 26 de junho de 2022

PALACETE FACIOLA: RETRO HISTÓRIA

 

Damos a "palavra" a Arq. Rose Norat, que,  ao a gradecer seus amigos através de seu Face, nos conta algo que não sabemos sobre a trajetória desse projeto. 

 foto de Nathan Levy

"Dia de festejar a entrega do Palacete Faciola com pessoas queridas que trabalham pela valorização de nosso patrimônio cultural. 

No caso do Palacete Faciola é a culminância de uma luta de muitos anos, iniciando em 2008 com o processo de desapropriação pela Secult e marco mais esses amigos @nadiacortezbrasil @lelia.fernandes @lfmoura2074. 

Inicialmente a própria equipe da Secult procedeu o levantamento dos imóveis, ocorreram se a memória já não me falha, pesquisas inclusive arqueológicas no terreno. Depois veio o projeto da @dpjarquitetos coordenado pelo arquiteto Jorge Derenji in memorian que contou com o trabalho da @thais_sanjad e equipe desenvolvendo levantamentos e o mapeamento de danos. 

 O projeto atual, foi realizado pelo Paulo Chaves (in memorian) e equipe de projetistas @chaves.e.rosario.arquitetura, @thaiszumerotoscano5  e outros. Nas obras a equipe da @gmengenhariapa e a consultoria de restauro da @mayramartins @carolgester e equipe da atual gestão de patrimônio da Secult @karina_moriya @nelsoncaarvalho @helderarqmoreira @ursulavidalpa @secultpara. 

Sei que são muitos entraves em um processo como esse. Mas nesse caminho quero saudar com muito carinho e orgulho meus amigos técnicos do Dphac e do Departamento de Projetos da Secult. São pessoas que garantem a continuidade dos processos, atravessam as gestões e são a memória da instituição. 

Meus amigos, que essa nova casa seja prenúncio da valorização permanente e maior de cada um de vocês e que continuem desempenhando essa importante missão institucional e social. Shirley Monteiro, Renato Gimenez, Sabrina, Éden Costa, @monikaeleres @avaleriabarros Leslie Claudia Nascimento, Tatiana Borges e tantos outros.

 Parabéns a todos os envolvidos pela restauração do Palacete Faciola e meu muito obrigada aos meus amigos de vida.

ROSE NORAT - arquiteta


quarta-feira, 22 de junho de 2022

A PRIMEIRA ECONOMISTA DE BELÉM

 

Mexendo nos meus arquivos, deparei com esta nota do Lucio Flavio Pinto sobre a primeira turma de Economistas  formados pela UFPa, em 1952.



Memória - Os primeiros economistas

por Lucio Flavio Pinto = 20/12/2021

A primeira turma de economistas formados pela Universidade Federal do Pará saiu do forno em 1952. Dela participaram Alfredo Moraes Rego, Arthêmio Guimarães, Benedito de Azevedo Pantoja, Ernande Anglada, Américo Chagas, Eymar dos Santos, Fernandino Pinto, Francisco Canindé Castelo de Souza, Haroldo Haber, Jorge Suleiman Kahwage, José Alfredo Carreira, José Uchôa, Lourival Monteiro, Luiz Linch, Mário Azevedo Filho, Miriam Huet de Bacelar, Nader Nassar, Osmando Collyer, Pedro Martin de Melo, Roberto Farid, Elias Massoud e Waldemar Lopes.

Tinha guardado o artigo porque pensei de fazer uma homenagem a minha tia MYRIAM HUET DE BACELAR: a primeira economista formada em Belém do Pará.  



















Nascida em Óbidos,  na casa de seu avô materno Vicente Augusto Figueiredo, no dia 27 de março de 1927  onde morou com seus pais e irmãos, até quando se mudaram para Belém.  Faleceu aqui, no  dia 15 de março de 2005.

Lembro de alguns de seus colegas que apareciam em casa, mas o Ernande Anglada e o José Uchôa, eram os mais assíduos e foram amigos sempre: juntos participaram da fundação do Partido Libertador, nascido em Belém naqueles anos.

Quando se formou em economia, morava no prédio que hoje é sede de um Ministério Público, no primeiro quarteirão da av. 16 de Novembro, n. 28 de então.

No fim deste ano serão 70 anos dessa colação de grau que foi também a primeira, de uma mulher do ramo da nossa família, Huet de Bacelar, aqui no Pará...( a segunda fui eu, em 1967, mas ja moravamos no fim da 16, em frente a praça Amazonas, nos altos da mercearia que tinha ali na esquina.)


                                                           SAUDADES


domingo, 19 de junho de 2022

UMA SÚPLICA... PENSANDO NOS FOGOS

 

O autor desta súplica mora perto da igreja da Sé e se refere  aos fogos  ruidosos que soltam não somente na porta da Catedral, mas também na  igreja de Santo Alexandre e outras igrejas tombadas, após  casamentos: quando saem os noivos. De fato explicou a sua súplica: "me ocorreu na última queima de fogos".

Essa falta de respeito acontece la pela 23horas e se ouve bem longe, não somente no entorno das igrejas. Praticamente isso acontece todos os fins de semana, e, falando de poluição sonora se junta aos ruídos produzidos, durante o dia, pelos trios elétricos na porta da ALEPA; pela música de "crocodilos", de madrugada, na porta de locais noturnos na orla onde os portos, de dia, servem aos ribeirinhos; e no periodo do  Cirio, todas as visitas da Santinha aos orgãos públicos e para concluir o Auto do Cirio, com seu mes de ensaios ruidosos e de suas paradas em frente a todos os prédios religiosos tombados na Cidade Velha. Sem esquecer as festas e arrastões que não respeitam nenhuma lei e carregam um massa de pessoas ignaras das normas civilizatórias. As leis nao são somente para os carnavalescos...

SERÁ QUE  NINGUEM VAI OUVIR ESSA SÚPLICA  E TOMAR PROVIDÊNCIAS???

Oração pelos Nubentes

Abel Jader Lins

Aos noivos que se tornam casados após cerimônia na Catedral da Sé. Aqui vão meus desejos e que se realizem como objeto de Fé.

Ao final de cada súplica, seguirá um refrão para combinar com as práticas de quem suplica em oração.


Que os nubentes e, casados, ao começarem a vida em comum, que descansem após as bodas.

Longe de quem solta fogos.

Ao casal, que agora casado, desejamos que tenham filhos, crianças saudáveis e que elas durmam tranquilas como os seu pais.

Longe de quem solta fogos.

E que nas novas famílias, se houver alguém especial como autismo, ELA -Esclerose Lateral Amiotrófica, Parkinson, Alzheimer e outros, que seja.

Longe de quem solta fogos.

E que as novas famílias possam ter estimados animais de estimação e que eles possam desfrutar de ambientes livres de sustos.

Longe de quem solta fogos.

E por mais que aconteça, que ninguém da cerimônia adoeça.

Mas, se vier a adoecer, que convalesça.

Longe de quem solta fogos.

Por fim, que os sogros e sogras dos Nubentes.

Tenham uma vida longa e boa.

E na velhice, sejam acompanhados pelos seus, ainda jovens, parentes.

Longe de quem solta fogos.

As demais súplicas me faltaram porque parei de pensar.

Para acalmar nossa criança e nossos gatos, eles a correr e ela, a chorar.

Porque nós estamos,

 Perto de quem solta fogos.

Vívas aos Noivos.

Amém, amem.

AbelLins.

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OBRIGADA, ABEL PELA AJUDA NA LUTA 

CONTRA A POLUIÇÃO SONORA NA CIDADE VELHA.


terça-feira, 14 de junho de 2022

O NOSSO COLÓQUIO...

 

... FOI PROMISSOR.

O tema era “IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL DA CIDADE VELHA"


Compondo a mesa, um único homem, o Dr. Nilton Gurjão do Ministério Público Estadual  que, em parceria com a CIVVIVA, organizaram mais um exercício de cidadania.
  As mulheres representavam o IPHAN, a  SECULT , a FUMBEL e a CIVVIVA.


O colóquio começou as 09,30h e foi até as 13,45h. Na ordem, depois da apresentação das componentes da mesa, falaram os palestrantes da  CIVVIVA. Os problemas levantados eram de vários tipos e nem sempre usuais...

Prof. MICHEL RUFFEIL CAMARÃO, morador da Dr. Malcher   falou sobre sua nova vida no bairro:  dores e delicias.

















Dr. Antonio Lobo  Soares, discursou sobre os niveis  e as várias  origens d  poluição sonora,  elencando as normas em vigor.                         

 Arq. Pedro Paulo dos Santos, morador da Cesário Alvim, propôs a extensão da  educação patrimonial, ambiental e do trânsito a todos os níveis. 


 Dr. José Francisco Ramos evidenciou  como o uso das calçadas criam  problemas  dificultando a acessibilidade e mobilidade em muitas ruas...

                             
                             Prof. Dr. Márcio Pinto  Martins Tuma,  falou dos 
                     Direitos dos cidadãos, em geral e daquele dos "herdeiros", totalmente ignorados, em particular.

A Presidente da Civviva, moradora da Praça do Carmo, demonstrou mais uma vez a  sua permanente  insatisfação, citando, desde a Constituição até as contravenções penais e os artigos não aplicados.
         
Vários dos presentes pediram a palavra, elogiaram, exprimiram opiniões e fizeram propostas a respeito do argumento tratado. Todos unânimes na necessidade de estimular a participação dos cidadãos através de suas organizações representativas na formulação, execução e acompanhamento  de planos e projetos de desenvolvimento urbano.

Os palestrantes esperando o inicio do evento


O NOSSO OBJETIVO DE FAZER ESSE COLOQUIO FOI  ALCANÇADO. 
AGUARDAMOS OS RESULTADOS.

AGRADECEMOS A PRESENÇA DE TODOS E PRINCIPALMENTE A DISPONIBILIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE APOIAR ESSA AÇÃO.



domingo, 12 de junho de 2022

“EXERCÍCIO DE CIDADANIA” : LEMBRETE

 

PARA O DIA 14 DE JUNHO ORGANIZAMOS, JUNTAMENTE COM O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL, UM "COLOQUIO" COM AQUELES QUE SE INTERESSAM DO NOSSO PATRIMÔNIO  HISTÓRICO.

O tema seráIMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL DA CIDADE VELHA”.

Nossa intenção é colaborativa, no respeito de quanto previsto na Lei no 10.257 DE 10 DE JULHO DE 2001 - ESTATUTO DA CIDADE

Art. 2o -II – gestão democrática por meio da participação da população e de associações representativas dos vários segmentos da comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;

Os palestrantes da CIVVIVA, são herdeiros, proprietários e moradores da área tombada da Cidade Velha. Os orgãos públicos e o público em geral vão ter oportunidade de descobrir uma  Cidade Velha  diferente, através de olhares e vivências desses cidadãos.

Para os estudantes, inclusive,  é previsto um certificado de participação ao evento.

                     Todos estão convidados a participar desse                                                    COLÓQUIO CIDADÃO.  



É  uma tentativa de salvaguardar, proteger e defender nossa memória histórica,  levando em consideração, e aplicando,  os artigos das leis em vigor.


sexta-feira, 10 de junho de 2022

HERDEIROS E PROPRIETÁRIOS..

 

 “Audiência pública debateu ações para regularizar moradias. A capital paraense tem cerca de 440 mil imóveis e desses 320 mil são moradias; cerca de 60% não têm documento legal”.

Que bom que veio à tona esse argumento, sobre o qual iríamos falar no dia do nosso  Colóquio Cidadão,  pois achamos que a falta de um “proprietário”, seja um dos motivos de tantas casas  abandonadas na ÁREA TOMBADA.

Passeando pelas ruazinhas da Cidade Velha, se notam vários cartazes escrito VENDE-SE, mas que não representam o total das casas fechadas por esse motivo. Esses avisos, em vez, provocam medo nos vendedores, pois elas podem ser invadidas, nem sempre para morar, mas para roubar portas, janelas, sanitários, pias... enfim até telhas e tacos.

A realidade enfrentada por esta Audiência serve muito aqui na Cidade Velha, pois o número de “herdeiros” é enorme.  Esse foi o motivo porque, quando o Programa Monumenta disponibilizou recursos para obras de restauração e recuperação de bens tombados e edificações, aqui, praticamente ninguém teve acesso.

Naquela ocasião, fizemos uma reunião na sede do Fórum Landi, com os responsáveis pela gestão de tal projeto em Belém. Mais de cinquenta  pessoas compareceram, interessados em saber como era possível ter acesso ao financiamento oferecido.

Soubemos que cinquenta foram os pedidos apresentados por moradores da Cidade Velha para ter acesso a tal financiamento, mas somente um foi atendido. De fato, somente uma pessoa era proprietária da casa que teve acesso ao financiamento. Todos os outros eram herdeiros, e como tal, não tinham direito.

Fora da Cidade Velha, na Campina, tiveram acesso ao financiamento pessoas que tinham acabado de comprar as casas na área do projeto. Aquelas famílias que há gerações moravam aqui não tiveram esse direito ...

Talvez um dos problemas da falta de regularização de imóveis seja o custo operacional disto, é assustador  o preço e a quantidade de emolumentos que se paga.  O custo de inventário seja judicial ou extrajudicial é exorbitante ( taxas e impostos altíssimos). Além do fato da burocracia desanimar qualquer um. Quem sabe se desburocratizando um pouco facilitaria a resolução desse problema.

Apesar de chamarmos atenção sobre esse fato, não vemos sair nenhum livro do prelo enfrentando esse argumento que é a base desse problema.

Certo é que, o fato de herdeiro não ter acesso a qualquer tipo de facilitação é, na nossa opinião, a razão/motivo principal de tanto abandono na nossa área tombada.

Será que não haveria um modo de agilizar essa transferência de propriedade?