sábado, 23 de outubro de 2021

SKATE: UMA PROPOSTA CONCRETA


Quem mora na Cidade Velha está acostumado a ver uma área abandonada, ha anos, na Av. Tamandaré. Encontra-se no perímetro entre a Av. 16  de Novembro e a Dr. Malcher, bem em frente ao canal. É dividida em três partes...que não servem para nada. 

Das janelas da EEEFM David Salomão Mufarrej, os alunos

vêem essa área inutilizada...

 Mais adiante, na área tombada da Cidade Velha, no fim da rua Siqueira Mendes mais concretamente em frente a igreja do Carmo, temos uma Praça cujos trabalhos de requalificação, terminados em novembro de 2020, custaram exatamente:  R$ 1.364.588,43. Os skatistas a descobriram na véspera de sua inauguração e começaram a usa-la... "arranhando-a" insistentemente, pouco a pouco.

Os moradores do entorno começaram a lamentar a impossibilidade de levar seus filhos para brincar no anfiteatro da praça, pois, permanentemente ocupado por skatistas, patinadores e futebolistas... Tal uso degradava, inclusive fisicamente, os canteiros de plantas ornamentais que embelezavam a praça.

Era junho quando começamos a por em pratica uma nossa ideia: por que não utilizar aquela  área abandonada da Tamandaré e desviar naquela direção os desportistas que estavam estragando a praça recém reconstruída. Conversamos com um arquiteto cuja mãe faz parte da Civviva e ele, sem titubear nos presenteou com uma proposta: eis aqui o que fez.










Imediatamente, mandamos as fotos ao Prefeito (24 de junho) via whatzap, e ele respondeu: bom projeto. Fizemos várias tentativas de mandar  ao site do Ta Selado e , não conseguindo, mandamos uma mail a Segep e TaSelado (17 de agosto) a respeito de tal proposta. Os desenhos seguiram via whatzapp e acrescentamos a necessidade de  adicionar uma garita para a Guarda Municipal em tal área.










Não tivemos mais nenhuma resposta e nem   a vimos na relação enviada aos delegados do Ta Selado recentemente com as propostas a serem discutidas.... a área na  Tamandaré continua inutilizada e a praça do Carmo continua a  ser usada  como não deveria, apesar da presença, em alguns horários, de viaturas da Policia Militar... mas  nunca quando  os atuais usuários estão delinquindo.

A situação da praça piorou no meio tempo. Outros frequentadores   levaram lâmpadas e balizadores e as plantas de alguns canteiros desapareceram... e as crianças continuam sem ter espaço.

Francamente, os exemplos do que sucede nas praças tombadas, incluindo a do Relógio e a da Trindade, são aviltantes... e nem chegamos a falar de poluição sonora e uso das calçadas.

Precisamos  recordar a necessidade de encontrar um modo para  salvaguardar e proteger nossos bens tombados, concretamente... a falta de educação patrimonial é demais evidentee até isso recordamos durante a campanha eleitoral.

Não conseguimos permanecer como meros espectadores dessa situação: nos sentiriamos coniventes.


quarta-feira, 20 de outubro de 2021

ATÉ OS URUBÚS...

 

Esse video merece um premio... Deixa claro que nem os urubús aguentam a poluição... Pena que não votam, nem se confessam... 


Além do mais...Não creio que os urubús sejam os principais causadores de danos aos telhados de igrejas, museus e outros prédios. Os fogos, que são queimados ao lado desses prédios tombados, em vez, sim, resultam ser  inimigos da construção inteira...além das carretas e outros veiculos muito pesados que causam trepidações.

Não somente durante o Cirio, mas diariamente tenho motivos para reclamar da "ignorância e/ou desobediência das leis" em todos os sentidos. Se for fazer as contas, é capaz de   superarmos  250 dias do ano, sufocados, na área tombada da Cidade Velha, pela poluição sonora.   

Este argumento, e outros que os cidadãos tem que suportar diariamente, também foram muito bem tratados pelo Dr. Sebastião Godinho no artigo abaixo.  Ele, como eu, mora perto da igreja que defende.



Acrescento que temos, na Cidade Velha, num raio de menos de um km., além de igrejas tombadas, Tribunais, Ministério Público, Prefeitura, Museus e a Assembleia Legislativa. Próprio a ALEPA, por suas  competencias é "atacada" frequentemente por grupos de pessoas que protestam por seus direitos.... Para isso são acompanhados, muitas vezes, de trios elétricos, que, como o do Auto do Círio, superam os cem decibeis. Isto acontece ao lado do IHGPa, Museu do Estado e da Prefeitura, todos prédos tombados. 

O Museu do Estado foi vitima diversas vezes de problemas com estuques e quadros que caiam durante essas manifestações. O Diretor nessas ocasiões se ramaricava comigo que bem pouco podia fazer pois ninguem fazia um B.O.  para suportar tais fatos concretos.

Repito e confirmo quanto dito pelo Dr. Godinho: temos um acervo legislativo adequado para tornar mais saudavel nosso cotidiano, e ainda acrescento, digno de um país civil que quer salvaguardar e proteger seus cidadãos e seu patrimônio histórico, em vez...

A Civviva, através da ajuda e apoio de alguns intelectuais da UNAMA, UFPA e MUSEU EMILIO GOELDI, fez a MEDIÇÃO DOS NÍVEIS DE PRESSÃO SONORA DURANTE O PRÉ-CARNAVAL 2019 NO BAIRRO DA CIDADE VELHA – BELÉM/PA. Os cem decibeis foram superados em todo o percurso dos trios elétricos na área tombada. Aos "eventos"  acrescento a trepidação provocada pelo transito de carretas, onibus, vans e afins, além  das buzinas. 

Será que a SEMOB  tem dados a respeito? E quantos medidores de decibeis,  existem em função na SEMMA?  como não vejo soluções, suponho que ambas, não tinham seja os dados que os medidores necessários para uma boa gestão de suas competências.

Lembro que a  CONAMA limita o nível sonoro de dia a 55 dB e à noite a 50 dB, em áreas como aquela tombada, mesmo se não usa esse termo, assim sendo, com a definição  usada toda Belém fica coberta por tal decisão, ignorada  e modificada para 70 decibeis, sem que ninguem tenha pretendido o respeito da norma nacional em questão  que foi  olimpicamente desprezada.

Os cidadãos são assim obrigados a suportar tais... distrações, que lhes causam danos seja ao  próprio patrimônio que a saude, incluindo aquela dos animais, sujeitos que somos a DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS... descaradamente.

Vista todas essas "mazelas sociais"  as vezes temos dúvida que existam funcionários formados em Direito nos órgãos públicos... ou até mesmo capazes de não acreditarem que a poluição sonora causa os danos que os especialistas afirmam.

                                             x x x x x x x x x x

Enfrentamos pela vigesima vez tal problema, aqui:   
https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2020/10/trepidacoes.html
Aconselhamos a leitura. 
Naquela ocasião perguntamosO QUE ACONTECERÁ QUANDO REABRIREM AS TRES PRAÇAS  REQUALIFICADAS DA CIDADE VELHA?

QUE TIPO DE VIGILÂNCIA FOI ORGANIZADA PARA DEFENDÊ-LAS DE DEPREDAÇÕES?

A POLUIÇÃO COMO SERÁ TRATADA EM TODO O BAIRRO???


ALGUMAS RESPOSTA ESTÃO  DANDO DOIS MORADORES DE ÁREAS TOMBADAS: CIDADE VELHA E CAMPINA.


PS. NÃO CONHECEMOS O NOME DO AUTOR DO VIDEO ACIMA.  RECONHECEMS, PORÉM, SEU VALOR E AGRADECEMOS.

domingo, 10 de outubro de 2021

O "CHEIRO" DO VER O PESO...

 

No fim do governo do ultimo Prefeito, o espaço conhecido como “pedra do Ver o peso” foi revestido por  um material chamado “korodur” piso de praça. Vimos ser lavado diariamente e, de fato, um  bocado daquele seu cheiro peculiar, diminuiu.

Tal produto nada mais é do que um tipo de argamassa usada em pisos de grande densidade e resistência. Tem origem numa alta tecnologia, pois é formado por uma mistura de minerais de alta dureza, cimentos especiais e aditivos, cientificamente dosados.


Foi escolhido para o Veropeso porque é  um tipo de piso utilizado em praças para facilitar a limpeza e porque não derrapa.  De fato deixou mais agradavel o local, mas não foi feito a contento, pois apenas recobriu a parte de cima, sem chegar a cobrir as laterais e as canaletas existentes abaixo.  Tal fato  causa infiltração e não resolve, totalmente, o mau cheiro deixado pelo desembarque dos peixes.

Tal piso tem uma série  de vantagens, inclusive a de  não acumular poeira, além de ser  impermeável e não tóxico. Essas características são fundamentais para um piso que pode ser utilizado em mercados ao ar livre.

Se, por acaso, o odor existente ainda em tal área, causa problemas aos cidadãos, seria oportuno completar o revestimento de forma a não continuar permitindo  infiltração dos líquidos que causam mau cheiro.   

Não seria  o caso de completar essa ação?


segunda-feira, 4 de outubro de 2021

ASSIM SE SALVAGUARDA NOSSA MEMORIA...

 

Não precisamos de muitas palavras. Basta uma pergunta: a memória de quem estão “salvaguardando, protegendo, preservando  e defendendo”  usando cores espalhafatosas nos prédios da área tombada ??? 

As leis são claras quanto a defesa da nossa memoria histórica; mesmo se não proibe, nenhuma delas fala de "embelezamento". As palavras acima citadas não deixam duvidas sobre isso, sem que sejam necessarias ulteriores normas explicando que nossa memoria tem um valor histórico... Respeito esse que deve começar pelas cores dos prédios, mesmo se não somente.

Nem precisa retroceder tanto no tempo em relação as cores: o momento do tombamento pode servir de base, pois é quando fica claro o interesse de proteger nosso patrimônio.

As fotos são de prédios situados na área tombada da Cidade Velha: Felix Rocque, Dr. Assis. Dr. Malcher, Siqueira Mendes, Joaquim Tavora, Praça do Carmo, Tamandaré...



















A  SEURB é regularmente informada  sobre obras irregulares.  Os embargos, porém, levam muito tempo a serem realizados ... e as obras continuam e acabam ficando. 

Será que estas respeitam nossa memória histórica?

UMA VEZ CONSTATATO O ILICITO, QUEM DEVE TOMAR PROVIDÊNCIAS POR QUE DEMORA TANTO?