quinta-feira, 14 de março de 2013

DENUNCIA GRAVE... UNIMED ONDE ESTAS QUE NAÕ RESPONDES?



Senhores boa tarde.

Minha filha Roberta Bastos Silva, associada da UNIMED-BELÉM,  infelizmente, foi acometida de uma doença grave, denominada de Sarcoma de Ewing.

Este tumor surgiu no ano de 2003, em cima do cérebro e na época foi operada.
Sucessivamente houve recidivas tumoral do mesmo problema, confirmados por exames imuno histoquica,  nos anos de 2003, 2010, 2012, 2013.

Todas as vezes que o tumor surgiu teve que ser operada em razão da localização: em cima do cérebro.
Neste ano de 2013, exatamente no dia 05 de fevereiro foi o dia da cirurgia. Antes, no dia 01 de fevereiro, Roberta  ficou internada no setor de urgencia do Hospital Geral da Unimed-Belém.

Por o problema ser muito grave, foi necessário que fosse operada urgente. Dr. Mário Hermes, realizou a cirurgia. Paguei os honorários médicos, por fora. Primeiramente pela urgência. Segundo por já estar acompanhando nossa filha, desde o ano de 2012, quando também realizou a cirurgia.

Naquele momento (01/02/2013) tivemos muita dificuldades de vaga em UTI, porém, depois de muita luta, conseguimos que fosse operada no hospital Porto Dias. Antes da paciente ser transferida para o Porto Dias, no próprio hospital Geral da Unimed, foi realizado a solicitação do material necessário para o procedimento cirurgico. Ela foi transferida para o Porto Dias no dia 03 de fevereiro, e a cirurgia ocorreu no dia 04/02. Cirurgia marcada para as 14h. Exatamente as 13h, recebí no meu celular 8863-1253, uma ligação do HGU, pedindo que levasse urgente a Tomografia, que comprovava o a existência do tumor, para a Dra. Rosa, na Travessa Curuzú, para que pudesse liberar o material necessário.

Confesso que fiquei uma pilha, pois exatamente 01 hora antes da cirurgia, me pedem para que comprovasse o problema com o exame. Por que não pediram na segunda-feira ou na terça-feira pela parte da manhã. Mas não, pediram exatamente uma hora antes do horário da cirurgia. Pacientemente e buscando resignação, para que tudo ocorresse dentro da maior calma, desloquei-me até a Curuzu. Chegando lá, identifiquei-me e falei que havia recebido uma ligação do HGU e que deveria ser entregue o exame radiológico para a Dra. Rosa. Naquele momento fui informado que a Dra já havia saído. Então retruquei, dizendo-lhe que a cirurgia era em carater emergencial em razão das dores fortes de cabeça, podendo ser comprovado pela protocolos de internação existentes no HGU e também, pela paralize que estava ocorrendo no lado esquerdo da paciente.
Aguardaram um pouco e depois informei ainda que o médico, queria ver o exame também na hora da cirurgia. Logo devolveram-me o exame e voltei as pressas ao Porto Dias.

Minha filha já estava no bloco cirurgico, quando passou o assistente do médico, dizendo que o plano não havia autorizado todo o material.

Fiquei surpreso. Os horários médico estava pagando, o que diminui essa despesas para o plano, apesar de ter direito, e ainda não ter sido liberado todo o material necessário. Fiquei muito chateado, porém naquele momento o que mais queria era que tudo desse certo.

Paguei por fora, para o assistente, o cimento ortopédico, necessário para cobrir o cranio. Pois desde a primeira cirurgia, foi retirado parte do crânio.

Depois de tudo normalizado com a cirurgia, os médicos julgaram por bem ouvir outros colegas profissionais, fora de Belém, em razão do problema esta retornando constantemente e diminuindo o espaço de surgimento entre um tumor e outro. Só para exemplificar: 2003; 2010; 2012; 2013 e após a última cirurgia (05/03/3023) já esta com outro tumor na região do cérebro.

Procurei o Setor de Intercambio, pedindo ajuda para um tramento fora de Belém. Após exibição da Carteira de Associada da Roberta, foi-me pedido uma relação de documentos, que foram todos atendidos.Até hoje, 14/03, exatamente há um mes atrás, continua para uma apreciação da diretoria para autorização.
Do fundo do coração, minha filha morre e ninguem, tem a menor sensibilidade de enter que o caso requer urgência, diante da sua gravidade.

Viajei para o Rio de Janeiro, onde encontro-me no momento, com minha filha e minha esposa, para ver se consigo uma consulta no INCA ou outro lugar que possa me nos confortar com um tratamento mais eficaz. E incrível que pareça ao ligar hoje para Belém, a situação continua a mesma, ou seja, sendo analisada. Franamente. O que pensar?

Que minha filha morra para darem o veredito. Ou seja, não terem custo nenhum? Que falta de sensibilidade.
Quando chegar em Belém, tomarei minhas providencias pessoalmente.

Atenciosamente, Celso Roberto de Abreu Silva - pai da associada Roberta Bastos Silva

sexta-feira, 8 de março de 2013

UMA POESIA PARA NÓS MULHERES.

Oito de Março - Dia Internacional da Mulher
(Jetro Fagundes Farinheiro Marajoara)

Este é um dia tão especial
Além da "Rosa" Internacional
Lembramos a Flor Angelical
Irresistivelmente sem igual

Mulher de luta, de guerra, paz
Inigualável gente que faz
Nos escritórios, nos aventais
Não perde a graça, nunca jamais

Antigamente, só pra lembrar
Mulher vivia pra procriar
Sem liberdade para pensar
Não conseguia sequer sonhar

Vivendo à margem da educação
Foi reduzida a escravidão
Do fogo à lenha, carvão, fogão...
Nas mil faxinas, limpando o chão

Mas hoje em dia tudo mudou
Com duras lutas se libertou
Na primavera que enfim chegou
Como uma "Rosa" desabrochou

Mulher de hoje não tem senhor
Quando quer, vive sem opressor
Colhendo os frutos de seu labor
Emancipada, sabe se impor

Hoje a mulher tem a convicção
Que movida à fé e muita ação
Faz com a alma e com a mão
Transformação, revolução

Cabeça erguida, como se diz
Mulher comanda até pais
E sem ter medo de ser feliz
Vive do jeito que sempre quis

quarta-feira, 6 de março de 2013

É DE IGARAPÉ MIRI A PIONEIRA DA MEDICINA NA AMAZONIA


Quando a Familia Real Portuguesa chegou ao Brasil , chegaram também algumas faculdades. Rio de Janeiro e Bahia foram as sedes daquela de Medicina, onde as mulheres não tinham acesso. A de Belém nasceu mais tarde.

Nascida em Igarapé Miri, no engenho da família, em 28 de abril de 1862, Anna Machado era filha de Antônio Lopes Machado e Andreza Turan, Anna era a mais velha de três irmãos. Maria e Antonio eram os irmãos. Foi a primeira paraense a estudar Medicina e o fez nos nos EE.UU.  Tomou o lugar de seu irmão nas vontades de seu pai, senhor de engenho e proprietário de muitos escravos, que queria um médico na familia.  Anna decidiu que  seria  médica, visto que o irmão não estava disposto a estudar medicina. E assim, em 1882,  parte para Nova Iorque, para a mesma faculdade em que outras brasileiras haviam estudado, acompanhada de seu pai e de sua irmã, Maria, que lá permaneceu, estudando piano no conservatório.

Após cinco anos de estudo, Anna formou-se em 19 de abril de 1887, em uma turma composta por dez mulheres. Por seu brilhante desempenho na faculdade, sendo a primeira aluna da turma, Anna receberia uma medalha de honra ao mérito, de ouro, aposta ao diploma. Ao retornar ao Brasil, Anna teria que revalidar seu diploma na Bahia ou no Rio de Janeiro, mas antes passaria em sua terra natal, para as comemorações ao lado da família.

A grande festa de recepção organizada por seu pai, seria interrompida para que ela fosse atender uma de suas escravas que, em trabalho de parto, necessitava de seus conhecimentos. Foi sua primeira experiência concreta, como médica, no Pará. Depois, Anna partiu para Salvador, a fim de ter seu diploma revalidado pela Faculdade de Medicina da Bahia, a qual, em 10 de dezembro daquele ano de 1887 veria formada a sua primeira médica: Rita Lobato Velho Lopes. 

O contato entre elas seria registrado nas homenagens prestadas por Rita em sua tese de doutoramento, em que a "Dra. Anna Tourão Machado" é incluída entre as "minhas simpáticas colegas", juntamente a três outras médicas e uma provável estudante . Ressalte-se que Anna foi a primeira mulher a fazer o exame de habilitação na Faculdade de Medicina da Bahia, para a revalidação do diploma, conforme a nova legislação, sendo a revalidação concedida em 28 de janeiro de 1892, conforme consta no Livro de Registro de Diplomas (1890/1897, p. 31-32) da referida Faculdade .

A revalidação do diploma implicaria em mais dois anos de estudos para Anna Turan Machado. Durante sua estada  na Bahia a jovem médica conheceu Emilio Ambrósio Marinho Falcão, estudante pernambucano, com quem viria a casar. Entretanto, a morte de seu pai interrompeu a temporada de estudos, fazendo com que Anna voltasse para Igarapé Miri, para cuidar das coisas da família.

Ao retomar os estudos, na Bahia, três anos depois, Anna estva casada com Emilio A. Marinho Falcão, já formado cirurgião dentista, e grávida da primeira das cinco filhas que teria. Emilio estudava medicina na Faculdade de Medicina da Bahia quando a conheceu. Apaixonaram-se e ele, para poder casar mais rápido, trocou o curso para odontologia.

Para revalidar seu diploma, além de complementar os estudos, Anna defenderia a tese "A Ovariotomia e suas indicações" .

Em 1891, Anna passaria uns meses em Quixadá, no Ceará com o marido. Ali também deixaria sua marca, relembrada com carinho e reconhecimento pelo vigário da cidade, por conta da dedicação para com os pobres habitantes do local: ..."Anjo de bondade que veio derramar o balsamo de consolação entre a pobreza desvalida que absorta vos contemplava como sua mais desvelada protectora...."

Ao retornar para Belém, em 1892, a região vivia os áureos tempos da borracha, mas vivia também dias atribulados em sua política. E Anna, intitulando-se "especialista em moléstias das senhoras" e "aceitando chamados a qualquer hora do dia ou da noite" abre consultório à Rua 13 de maio, 59, juntamente com seu marido, que ali também tem seu 13 "gabinete de cirurgia e prothese dentaria" .
Seu marido se envolve em politica mas acabou sofrendo ameaças, assim, descontente com os rumos da política, arrendou o seringal "Aquidabam", no Acre, uma vasta extensão às margens do rio Acre, e partiu para lá em 1908, deixando a família em Belém.  Anna ficou sem notícias de Emilio por quase um ano, até que ele regressou a Belém, em 1909. A decisão foi irem todos para o seringal no Acre.

Agora, em plena floresta, tudo dependeria de sua habilidade no combate às doenças, como a malária endêmica que assolava a região, e o surto de gripe espanhola, que chegaria até aquele longínquo rincão, provavelmente carreada pelas levas migratórias dos nordestinos que iam trabalhar nos seringais.  Ali Anna fabricaria os remédios obtidos da natureza. Ali seria a médica, a enfermeira, a parteira, tudo. Só não a paciente, porque conseguiria passar incólume às doenças. 

Em 1921, com todas as filhas casadas com advogados ou comerciantes, Anna e o marido se mudariam para Xapuri, a cidade mais próxima e, ainda assim, distante do seringal seis horas de barco, e onde a médica continuaria a exercer sua profissão. Naquela cidade, Emilio construiria uma casa, que seria chamada de "Valcamber" (sigla alusiva às iniciais dos nomes das pessoas da família). A casa existe até hoje e é tombada .

Em 1925, a médica e seu marido partem para São Paulo, onde ja se encontravam as filhas casadas, radicando-se em Santos, tendo ali a dra. Anna, já com 63 anos, realizado seu último trabalho como médica: assistência a um parto.

Por ocasião da Revolução Constitucionalista de 1932, Anna, doaria para a causa sua aliança e a medalha de ouro aposta em seu diploma. Esta medalha, mais que um simples símbolo, era parte de sua vida.

A dra. Anna Turan Machado Falcão faleceu em 1940, aos 77 anos de idade, em São Paulo. No Acre, uma escola perpetua o nome desta pioneira da medicina brasileira. 

Neste Dia das Mulheres reverenciamos sua memória.



segunda-feira, 4 de março de 2013

RELEMBRANDO E...COBRANDO.

RECORDANDO...

2008, não lembro o mes. Recebi um convite telefonico para ir à inauguração dos trabalhos de restauro (ou coisa parecida) do Palacete Faciola, aquele da Av. Nazaré, canto com a Dr. Morais.
No dia, enquanto me preparava, tocou o celular, era alguem de lá que perguntava se eu não ia participar. Respondi que estava chegando e continuei calmamente a minha preparação (tradução: empiriquitamento), ja admirada por esta solicitação.

No taxi, toca de novo o celular: estavam me esperando...!!! Mas que historia é essa, me perguntei e desci tranquilmente na porta dos fundos,  Dr. Morais, onde tanta gente conversava. Pois foi so entrar que alguem correu na minha direção e disse: podemos começar, estavamos esperando so a senhora... Mas o que é isso, gente? em pensava sem entender.

Me levaram para uma sala cheia de autoridades, construtores, arquitetos, funcionáriospúblicos, etc. e me fizeram sentar na mesa entre a Governadora Ana Julia e Puty... e eu admiradissima. Que surpresa era essa????
Iniciaram os trabalhos, falando do restauro daquele Palacete e...me deram a palavra. Eu estava cada vez mais admiradissima. Ninguem tinha me avisado nada disso, e eu ainda tinha que falar, de que? Olhei para a Ana Julia e perguntei:  voces querem ouvir o que tenho a dizer sobre nosso patrimonio? e ela respondeu: queremos. E eu: pois vão ouvir... e comecei a dar um passeio pela Cidade Velha.


Lembrei as leis que falam da salvaguarda e defesa do nosso patrimonio historico. Falei do abandono do Palacete Pinho e do Instituto Historico e Geografico; das casa não restauradas; das calçadas de lióz; das igrejas do Landi; das praças que mais pareciam mercados ou campos de futebol; do transito que fazia trepidar aquelas velhas casas; da insegurança...e dos 400 anos.

Quando acabei de falar, que as palmas pararam, a Ana Julia me respondeu que ela governava o Estado, e não so Belém estava nessa situação; que tinha que olhar e fazer algo por outros municipios também; que aqui em Belém, o Palacete Faciola tinha sido o escolhido, para começar, e elencou os outros municipios que seriam agraciados. 


Quando o evento acabou, alguem do público, um senhor, veio me agradeceu por ter falado do Palacete Pinho, inacabado e abandonado as baratas. Arquitetos , também disseram ter gostado do que eu disse e dos problemas que tinha levantado. Vários desconhecidos vieram me dar parabens pela intervenção feita.

O amigo fotografo Celso, que colabora gratuitamente com a Civviva, conseguiu entrar no Palacete e fazer essas  fotos que publicamos abaixo.

Passaram-se mais de quatro anos desse 'evento'. Pergunto: Como está o Palacete Faciola? O que fizeram nele, nesse meio tempo?
Será que o nosso fotografo pode ir la ver, ao menos, se os azulejos e o corrimão da escada ainda estão la?


Dêem uma olhada nas fotos de então: ja era uma pena.

domingo, 3 de março de 2013

PALACETE FACIOLA...

Olhem essas fotos de 2008 e vejam em que situação ja estava o Palacete Faciola.

Azulejos:
http://www.flickr.com/photos/celsoabreu/7416944522/in/set-72157630229031690/
http://www.flickr.com/photos/celsoabreu/7416951954/in/set-72157630229031690
Moveis:
http://www.flickr.com/photos/celsoabreu/7416942468/in/set-72157630229031690/
Portas:
http://www.flickr.com/photos/celsoabreu/7416939672/in/set-72157630229031690/
http://www.flickr.com/photos/celsoabreu/7416937190/in/set-72157630229031690
Janelas:
http://www.flickr.com/photos/celsoabreu/7416979164/in/set-72157630229031690
http://www.flickr.com/photos/celsoabreu/7416737516/in/set-72157630229031690
Escadas:
http://www.flickr.com/photos/celsoabreu/7416987306/in/set-72157630229031690
http://www.flickr.com/photos/celsoabreu/7416768490/in/set-72157630229031690
Pinturas;
http://www.flickr.com/photos/celsoabreu/7417035120/in/set-72157630229031690
http://www.flickr.com/photos/celsoabreu/7417036484/in/set-72157630229031690
Detalhes
http://www.flickr.com/photos/celsoabreu/7416947470/in/set-72157630229031690

Como estará agora?
Quem pode nos dizer o que estão fazendo, ou se estão restaurando.