quarta-feira, 18 de abril de 2012

COMO NÃO VOLTAR DA ILHA DE MARAJÓ (pagando)

Recebemos e repassamos, sem por nem tirar.
Caros(as),
Gostaria de informar a todos o descaso que ainda é o transporte para a Ilha do Marajó, espero que ao menos o repasse deste email abra os olhos pra quem pretende usufruir deste paraíso tão renegado pelas nossas autoridades.
O transporte ainda é (como sempre foi) controlado pela ENVIL TRANSPORTES, monopólio dominado a décadas por um grupo familiar, sem que haja qualquer contestação.
Neste fim de semana estive na ilha para dar continuidade a um projeto de pesquisa com mais três comnpanheiros de empreitada. A saída da balsa de Icoaraci, que estava marcada para as 7:30, atrasou meia hora. Como de costume, apenas aceitamos calados. O pior ainda estava por vim...
Comprei as passagens (passageiros e veículo) de ida e volta ainda em Belém no terminal rodoviário na quarta-feira para não correr nenhum risco de perder a possibilidade de atravessar a baia do Marajó no único transporte que existe: a balsa da ENVIL.
Conforme estabelecido pela própria empresa, chegamos bem amtecipado para o embarque, o que ocorreu na ida (sentido Icoaraci-Camará), mesmo com o atraso de meia hora. O problema maior foi o retorno. 
Como todos devem fazer, no dia 15/04 (neste ultimo domingo) calculamos a saída de Salvaterra para que desse tempo de chegarmos até o porto do camará tranquilamente para atravessarmos de volta a Icoaraci. Chegamos com vinte minutos de antecedência e, para nossa surpresa a balsa de ENVIL já havia saido. Como se por uma decisão de um comandante supremo da embarcação ou mesmo obedecendo órdens hovesse o direito de quebrar o contrato estabelecido no próprio bilhete de passagem der sair no horário estabelecido.
Ficamos literalmente "a ver navio" pois ainda podia se obeservar a embarcação do porto do Camará e, mesmo que outros prejudicados que chegaram no porto antes de nós acenassem para que por "pena ou misericórdia ou quem sabe pelo exame de conscìência do erro" o comandante retornasse, em vão... e ainda havia um barrigudinho funcionário da embarcação dando adeus para os "semi-náufragos".
Neste momento o que fazer? a quem recorrer? pra quem ligar? não havia nenhum funcionário da empresa no porto, nem fiscalização, polícia, nada! um verdadeiro lugar de passageiros, apenas.
Pois bem,´para não ficar em branco, reunimos nós e mais sete prejudicados com seus veículos e retornamos a Salvaterra para procurar abrigo, pagando mais uma diária de hotel e fazer um B.O na delegacia do município, onde nos foi informado que este episódio é corriqueiro.
Na delegacia tocou o telefone da mesa do escrivão, era um funcionário da ENVIL que trabalha no porto e que, segundo ele, ao ver nossa revolta no porto, não quis se manifestar. Perguntava ele se tinha aparecido alguém para reclamar da saída antecipada da balsa, o quer o escrivão respondeu positivamente. O telefone foi desligado e logo em seguida tocou novamentem, era o delegado geral da região que estava em Soure. Este após ter recebido um telefonema da ENVIL queria saber o que estava acontecendo, e informava que poderíamos embarcar no dia seguinte com a mesma passagem sem ônus a mais. Como se fosse apenas uma questão de dinheiro para passagem, não se importando se perderíamos um dia dos nossos compromissos profissionais, ou mesmo se teríamos prejuízos com hotel e com o veículo que estava alugado. Retrucou informando que a ENVIL não tinha como mandar outra balsa para buscar apenas um veículo, duas motos e sete pessoas, ou seja, teríamos que aguardar até o dia seguinte e pior, até a tarde, pois só tem balsa às 16hs.
Mesmo assim fizemos o B.O e como ainda me encontro em Salvaterra aguardando a hora do embarque de volta ainda não pude fazer nada. Mas entraremos com um processo coletivo pela quebra de contrato desta empresa, além de procurar todos os órgãos competentes: ARCON, PROCON, Minisitério Público, e até a imprensa, além é claro de solicitar a todos que leram este ralato que o divulguem para suas listas de contato para que quem quiser vir ao Marajó se prepare entecipadamente para os transtornos que estarão sujeitos.
Em resumo, compreende-se que, assim como a ENVIL pode a seu bel prazer atrasar a saída das balsas também pode adiantar e quem quiser vá reclamar em outra freguesia, afinal só dá  pra atravessar por ela.
Att

Edgar Chagas
Salvaterra, 16 de abril de 2012. 13:25hs
AGORA PERGUNTAMOS: É ASSIM QUE QUEREM INCENTIVAR O TURISMO NO MARAJÒ?

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Para: Cidadãos e cidadãs de Belém


CONVITE/CONVOCAÇÃO
Visita ao Portal da Amazônia e Macrodrenagem do Jurunas

Domingo, 15 de abril, 9H30.  
Local de encontro: início da via da Orla, na av. Bernardo Sayão quase esquina com a rua Veiga Cabral (no final do muro da Marinha).

Convidamos os cidadãos e cidadãs de Belém a nos acompanharem numa visita às obras do Portal da Amazônia (a nova Orla de Belém) e de Macrodrenagem, no Jurunas.
A razão dessa visita é que muitos de nós não conhecemos o que a Prefeitura está fazendo na área, apenas ouvimos e vemos a propaganda na televisão.

Esses projetos tiveram início por volta de 2006/2007. Em 2012, como eles estão? A informação sobre esses projetos é mínima ou indisponível. 
Recente publicação do Museu Goeldi, na Revista Debates, de março, aborda esse problema (http://www.museu-goeldi.br/sobre/NOTICIAS/destaque/2012/marco2012.html).

Hoje, como em 2005, a Prefeitura inicia outro grande projeto. O BRT (Bus Rapid Transit). E, a exemplo do Portal da Amazônia e do Macrodrenagem, não há informação de qualidade disponível sobre ele. Existem sim peças publicitárias, na TV e mesmo no Youtube.

Teremos, provavelmente, transporte para deslocamento das pessoas que vão sem transporte próprio. Pedimos que, quem puder, leve veículo, para facilitar os trabalhos.
Teremos segurança da Polícia Militar, o que fará a visita mais tranqüila.
A visita será acompanhada por líderes locais e moradores da área, que têm algo a dizer sobre as obras e seus efeitos. Talvez tenhamos também alguém dos construtores, para fornecimento de informações (isso ainda não está garantido).

Belém, 11 de abril de 2012.

José Francisco da F. Ramos - Coordenador do Fórum Belém (forumbelempa@gmail.com
 
Dulce Rosa Rocque - Presidente da CiVViva - Laboratório de Democracia Urbana

domingo, 8 de abril de 2012

A PROPOSITO DE ESTACIONAMENTO, SONEGAÇÃO E FALTA DE PROGRAMAÇÃO



Quando o Presidente Lula deu a sugestão aos brasileiros de comprarem carros, se esqueceu de providenciar duas coisas: novas estradas e estacionamentos. Facilitou de tal modo a compra de veículos que, praticamente, duplicou a frota sobre rodas, aumentando assim os problemas do transito e outros mais.

Agora, nem todos nós saímos de carro com “abre alas” para facilitar nossa passagem, assim, a comodidade de usar o próprio veiculo acabou se transformando num pesadelo. Muitos tem necessidade de usar carros, outros não, mas usam, ajudando assim a piorar a situação do transito.

Na Cidade Velha, como em toda a cidade de Belém, encontrar estacionamento é um problema. Aqueles poucos  estacionamentos existentes, na sua maior parte totalmente irregulares, são hoje um verdadeiro “serviço público”. Paralelamente, as pedras de liós, parte do nosso patrimônio “tombado’, sucumbem sob os carros que se instalam sobre as calçadas. Fiscalização, nenhuma.

E nós, moradores da Cidade Velha? O fato de vivermos num bairro “tombado” nos tolhe o direito de fazer garagens nas nossas casas. É uma luta encontrar lugar seguro, a noite, para deixar os carros. Deixando-o defronte de casa, não é dito que o encontremos inteiro no dia seguinte. Mesmo assim, seguimos a publicidade e compramos carros sem ter onde colocá-los, nem de noite, nem de dia.

Agora, todos estão insatisfeitos e reclamam da situação do transito em Belém: alguém, viu serem tomadas providências? O que mudou nesses dois, três anos em que a frota aumentou tanto? Nem o numero de fiscais da CTBel foi modificado, assim como o número de estradas também não cresceu.

Ao fazerem publicidade para comprar carros,  ninguém lembrou de “pretender” a existência de uma garagem para eles. Ninguém lembrou que ia ser necessário providenciar estacionamentos. Ninguém programou a aberturaa de estradas para aliviar o transito naquelas ruas já obesas de trafego. E, na base do oba-oba, não substituímos a “frota velha” por uma “frota nova”, simplesmente foram despejados nas nossas estradas, muito mais veículo para circularem junto com aqueles ja velhos.

O que vimos também? Em quase todas as áreas “abandonadas” de Belém, apareceu um estacionamento, ou seja, uma atividade econômica abusiva,.  Quantos deles respeitam a lei que regulariza essa atividade? Quantos de nós recebemos o “recibo”? A preocupação agora é a sonegação dos impostos, a regularização da atividade, ou a melhoria do serviço?

 E os flanelinhas? Também cresceram tomando conta das estradas e extorquindo, praticamente, os proprietários de veículos. De fato, nem sempre se trata de um "serviço" haja vista o que acontece com os carros ou pessoas, muitas vezes.

Esta situação é o resultado da ausência de programação e de governo da parte da administração ativa. É evidente a falta de uma visão orgânica e de uma programação séria dos vários setores da economia e das atividades comerciais.

A inexistência dessa programação parece constituir o aspecto  mais critico da nossa economia. Cada idéia que se coloca em pratica provoca mais danos que bons resultados, em todo e qualquer setor, porque desarticulado com os outros. Desse jeito, vamos acabar implodindo.