quarta-feira, 30 de abril de 2014

Aniversários importantes



Dia 5 de maio a Academia de Letras e o Instituto Histórico e Geográfico do Pará completam 114 anos. Uma sessão solene será feita na sede da APL as 19 horas.

Em tal ocasião acontecerá a entrega do Premio do concurso Literário 2013 d APL, "Samuel Wallace Mac Dowell" e dos Concurso do IHGP, Prêmio Roberto Santos e Napoleão Figueiredo.

Falará pela Academia Paraense de Letras o Acadêmico João Carlos Pereira e pelo Instituto Histórico e Geográfico do Pará a Sócia efetiva Maria Goretti da Costa Tavares.

Parabéns a esses orgãos de Cultura do Estado.

terça-feira, 29 de abril de 2014

.RECONHECIMENTO CARLOS ROCQUE


Dia 28 de abril de 2014, quando o jornalista e historiador  paraense Carlos Rocque completaria 75 anos, se  fosse vivo, realizou-se na sede da Prefeitura de Belém,  a entrega de três Reconhecimentos a cidadãos paraenses, pelo modo como se reportam ao nosso Patrimônio Histórico. Presentes, além do Prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, da Presidente da Fumbel, Heliana Jatene, da Presidente do IHGP, Anaiza Vergolino, das filhas de Carlos Rocque, Solange e Luana e de sua neta Celeste Mayra, um público numeroso, apesar da chuva torrencial, prestigiou o evento.


A ideia da Civviva ao instituir tal reconhecimento era tornar público o que algumas pessoa fazem por Belém. Perdidas na internet,   acabaram sendo encontradas por outras pessoas que acomunam o mesmo  interesse, ou seja:  que amam Belém, suas cores, suas casas, suas ruas, seus sabores....sua história.

No segundo semestre de 2014 começaram a ser mais evidentes algumas fotos, recentes, postadas no facebook  pelos autores das mesmas e que mostravam Belém em detalhes e de vários pontos de vista.
 José Vasconcelos Paiva era um deles. Nos deleitava com fotos de coisas e casas nunca vistas. Chamava a atenção de quem gosta de Belém e de seu Patrimônio, porque nos mostrava coisas antigas que olhamos sem ver, ao passar por elas. E o fazia por prazer, por amar nossa história.

No mesmo periodo nasce o Gente de Belém no facebook. Duas paraenses da familia Falangola, residentes em outros Estados, querendo matar as saudades daqui, propuseram a  alguns amigos paraenses, a criação de um sito sobre Belém. Deu certo, em poucos meses ja eram 4.000 paraenses, distribuidos pelo mundo afora, postando ou curtindo as fotos que mostravam a Belém moderna. Tinham começado com os edificios que nasceram nos anos 50, 60, até a modificação da doca....e os problemas de Belém.

E, para defender nosso patrimônio durante o carnaval, descobrimos o Xibé da Galera. Bloco carnavalesco da Cidade Velha que há alguns anos se diverte e ainda aproveitam para defender nossa história. Fazem o carnaval como se fazia antigamente na Cidade Velha: com bandinha e mascarados. Com familias inteiras fantasiadas, em vez de usar abadás. Com o bloco da limpeza, atras de todos, deixando as ruas limpas e, mais do que tudo pedindo, com baners nas casas históricas...

São três exemplos de educação patrimonial, os quais devem ser conhecidos e incentivados por todos, pois são relativos a defesa da nossa memória histórica....e o Prefeito gostou da ideia e resolveu apoiar a Civviva.

No final do evento o Prefeito disse a Fumbel que o carnaval de 2015 devia seguir a lição dada pelo Xibé da Galera, e nós so podemos ficar felizes com isso.

O Reconhecimento Carlos Rocque  começou surtindo efeitos. Por que não rir de alegria?


domingo, 27 de abril de 2014

UMA IDÉIA A MAIS PARA NOSSOS TOMBAMENTOS



 Viajando pelo mundo, e  olhando com atenção, além das vitrines, o que mais tem ao redor  para o turista ver,  acabamos descobrindo ações que podem servir de exemplo para nós.

Anos  atrás fui hospedada por  uma família americana cuja casa era tombada. Descobri isso, não porque eles me disseram, mas porque na entrada da casa tinha uma sinalização.


Estes dias um amigo viajando pela Europa, notou, na Antuerpia, que algumas casas tinham um sinalização particular. Aproximou-se, leu e descobriu:  eram tombadas. Fotografou e me mandou como sugestão para os 400 anos de Belém.


Na Itália são sinalizadas as casas de personalidades. Eu, enquanto vivia lá, aproveitei e pedi autorização pra sinalizar a casa de Antonio Giuseppe Landi, em Bolonha. O fiz porque queria que  soubessem que aquele homem esquecido em pátria era reconhecido em Belém....


As nossas casas não tem nada disso, mas bem poderiam ter. Serviria, inclusive, para demonstrar aos cidadãos o interesse das  administrações  pela nossa história.

Ano passado sinalizei a intenção da Civviva de fazer isso na Cidade Velha, ou seja, colocar uma placa na casa daqueles que merecem nossa atenção, avisando que ali morou alguém  importante para nossa história. Agora vou propor oficialmente à Comissão dos 400 anos de Belém. É mais do que oportuna essa ação para o aniversário da cidade.

Dulce Rosa de Bacelar Rocque.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

CERIMÔNIA DE ENTREGA DO PREMIO CARLOS ROCQUE



Acontecerá na próxima segunda feira, dia 28 de abril,  data de nascimento de Carlos Rocque, a entrega do reconhecimento que a Civviva  vai fazer aqueles que defendem nosso patrimônio, em algum modo, sem algum vinculo de trabalho: por puro prazer, por amor a nossa Belém.



São principalmente fotos que nos levaram a escolher o Blog Gente de Belém, das irmãs Falangola, e aquelas do arquiteto José Vasconcelos Paiva, morador da Cidade Velha. São fotos de casas, ruas, praças, janelas, portas, internos e externos da nossa cidade, além da nossa chuva, que postam constantemente para que tenhamos sempre em mente nossa Belém. Fotos feitas e ofertas com amor aos paraenses que vivem aqui e aos que moram longe.

Para esse contato, essa descoberta, o Facebook  foi fundamental.

Outro escolhido foi um bloco de carnaval aqui da Cidade Velha: o Xibé da Galera. Suas canecas evitavam o uso daqueles copos que acabam nos bueiros. As casas históricas tinham baners avisando "fazemos parte da tua história", assim pediam para os carnavalescos usarem os banheiros químicos. Enfim deram um show de "educação patrimonial", ao saírem pelas nossas ruinhas, com 2.500 pessoas fantasiadas, atras de uma bandinha, como nos velhos tempos da Cidade Velha, respeitando nosso patrimônio e salvaguardando nossa memória.

É um reconhecimento somente, nada mais, porém vem do coração daqueles que também amam Belém, assim como Carlos Rocque a amava.

Parabéns a todos.

sábado, 19 de abril de 2014

O CASO DESTE EDIFICIO NA ORLA, ENSINA.



Ha alguns meses voltou a tona a discussão sobre um edifício construído na orla de Belém, a causa da sua proximidade com a água.

Lendo as leis que devem ser aplicadas por ocasião do pedido de construção de algo na nossa orla, tomamos conhecimento de argumentos interessantes  que nos levaram a ter mais duvidas ainda sobre a regularidade de determinados passos feitos (ou não) durante a trajetória de  tais  pedidos.  

A LEI 9.636 trata do  PATRIMÔNIO DA UNIÃO,  e seu Art. 4 estabelece que QUEM QUER QUE  execute  “a identificação, demarcação, cadastramento e fiscalização de áreas do patrimônio da União, assim como o planejamento e a execução do parcelamento e da urbanização de áreas vagas...”, deve lembrar que:
        § 1o Na elaboração e execução dos projetos de que trata este artigo, serão sempre respeitados a preservação e o livre acesso às praias marítimas, fluviais e lacustres e a outras áreas de uso comum do povo....

Mais adiante lemos no Art. 10, que “Constatada a existência de posses ou ocupações em desacordo com o disposto nesta Lei, a União deverá imitir-se sumariamente na posse do imóvel, cancelando-se as inscrições eventualmente realizadas.

Depois, no ponto relativo a Fiscalização e Conservação, lemos:
        Art. 11. Caberá à SPU a incumbência de fiscalizar e zelar para que sejam mantidas a destinação e o interesse público, o uso e a integridade física dos imóveis pertencentes ao patrimônio da União, podendo, para tanto, por intermédio de seus técnicos credenciados, embargar serviços e obras, aplicar multas e demais sanções previstas em lei e, ainda, requisitar força policial federal e solicitar o necessário auxílio de força pública estadual.
Esse artigo também estabelece que:   § 4o Constitui obrigação do Poder Público federal, estadual e municipal, observada a legislação específica vigente, zelar pela manutenção das áreas de preservação ambiental, das necessárias à proteção dos ecossistemas naturais e de uso comum do povo, independentemente da celebração de convênio para esse fim.

Sabemos que não somente esta lei deve ser respeitada durante o exame de um pedido de construção na orla, porém, esses poucos artigos já nos trazem dúvidas e tantas perguntas. Agora, será que a leitura da lei 6015 sobre registro de imóvel, vai aumentar ainda mais nossas dúvidas sobre a situação do uso dos terrenos da orla?

Sabemos também que a “fiscalização” do respeito de qualquer lei, ao menos em Belém, é um caso seríssimo, por falta de funcionários, dizem... Será que devemos nos transformar em ‘fiscais’ e ler todas as leis para ver se esse muro que está cercando nossa orla está respeitando as normas vigentes?

quarta-feira, 9 de abril de 2014

PREMIO CARLOS ROCQUE

  • Para oportuno conhecimento

  • Com a presente damos conhecimento do edital do Laboratório de Democracia Urbana, relativo a instituição do Reconhecimento Carlos Rocque para aqueles que contribuem voluntariamente à "defesa" de nosso Patrimônio Histórico.
    ·
    Art. 1. O Laboratório de Democracia Urbana, ponto de referência da Associação Cidade Velha - Cidade Viva (Civviva) na defesa do patrimônio cultural de Belém, vem propor o Título "Carlos Rocque", visando o reconhecimento do esforço cidadão de valorização do nosso patrimônio e identidade cultural.·
    § 1º: A homenagem a Carlos Rocque se faz necessária por sua contribuição à história do Pará, sem ter, para tanto, vínculo acadêmico ou institucional.·
  • Art. 2. Durante o ano uma comissão ficará incumbida de acompanhar os trabalhos de conhecimento público que, pessoas físicas fazem gratuitamente e voluntariamente contribuindo assim para o reconhecimento de Belém em seus aspectos culturais, promovendo inclusive as visões crítica e de pertencimento à cidade.

    · § 1º: A outorga do título se fará no dia 12 de janeiro de cada ano, após avaliação por comissão designada pela CiVViva e Laboratório de Democracia Urbana que escolherá o trabalho de um homem e de uma mulher.

    · § 2º: Não haverá valor pecuniário associado ao referido Reconhecimento.
    ·
    Este primeiro ano, tal reconhecimento será dado a três “pessoas”:
    - José Vasconcelos Paiva, morador da Cidade Velha que, com suas fotos, nos faz conhecer e descobrir novos ângulos, detalhes, casas, deste nosso bairro sem esquecer as visões críticas e de pertencimento à cidade.;
    -- ao blog Gente de Belém, pela ideia de acrescentar ao antigo, o que tem de novo em Belém e mostrar a todos que gostam de Belém sem esquecer as visões críticas e de pertencimento à cidade.
    - ao bloco Xibé da Galera, pelo modo inovador de ensinar a defender nossa memória carnavalesca, respeitando nosso patrimônio histórico.





sábado, 5 de abril de 2014

CELPA e os incêndios na Cidade Velha


Muitos cidadãos paraenses conhecem  o bairro mais antigo de Belém e decidiram não morar nele, ou até ir embora, caso já morassem. Os motivos dessa saída podem ser vários, e o principal é porque enriqueceram, com certeza, mas continuam gostando do bairro.

Quem ficou tem também vários motivos e  os principais podem ser: não enriqueceram, ou herdaram dos pais, e/ou adoram morar em casas, e/ou adoram morar no bairro. Ultimamente, porém, vários são os aborrecimentos que temos. Não vamos falar da trepidação causada pelo excesso de veículos pelas estradinhas do bairro, nem da poluição sonora na hora da saída dos alunos das escolas (a pagamento) ou de madrugada quando saem dos locais noturnos  e disparam a correr pela Dr. Assis ou Dr. Malcher.

O que está acontecendo agora é muito mais grave. Falamos de incêndios causados  por  desserviços de quem deve cuidar dos postes. Em um mês, num quarteirão da Dr. Malcher, os moradores disserem ter incendiado quatro vezes os postes, de um lado e do outro da estrada.

Ano passado, dois meses depois do período junino, quando a rua foi enfeitada com bandeirinhas, um poste começou a soltar faíscas. Quem podia olhava da janela, mas quem morava perto de um poste,  correu para a rua. De repente, uma faísca  caiu  numa bandeirinha queimando-a, e o fogo correu de um lado para outro da rua, queimando todo o enfeite, para desespero dos moradores, já todos fora de casa, sem saber para onde correr nem a quem recorrer.

Na semana passada o mesmo poste recomeçou  a faiscar. Chamaram a Celpa e ela não apareceu. Quem morava atrás do poste foi dormir em casa de parentes e ao voltar o mesmo faiscava ainda. De novo chamaram a Celpa e ninguém apareceu. Várias vezes telefonaram sem êxito  até que marcaram de ir na sexta feira (passada). So vieram, porém na segunda feira e tinha se passado  uma semana ou pouco mais.

Esses são uns poucos exemplos, mas tem muito mais reclamações a respeito.

Vocês acham que isto é seriedade? Ainda mais pensando nas contas que nos mandam no fim do mês  (e Deus o livre se não pagarmos na data certa).  Se iniciar um incêndio, não sobra uma casa em pé na Cidade Velha, inclusive porque boa parte da fiação elétrica é de antes da guerra... 

Quem vai arcar com os danos?  De que serviu ser  área tombada?


                   SEMINÁRIO NA DR. ASSIS: exemplo da proximidade do poste.

Assim sendo, entre os festejos dos próximos 400 anos de Belém, algo mais podia ser feito para salvaguardar o bairro que faz aniversário.  Uma ideia seria mandar enterrar os fios elétricos e assim, tirar os postes também, pois nos impedem de usar as calçadas. E já que estão mexendo na rua, aproveitam e tiram o asfalto deixando aparecer os paralelepípedos e os trilhos e quem sabe o bondinho, que nunca passou pela Siqueira  Mendes, passe pelas ruas onde nossa  memoria lembra que passaram.

Salvaremos o bairro e nossa memória histórica sem ficar criando cenários ridículos, nem falsos históricos.