segunda-feira, 26 de agosto de 2019

1- As calçadas da Cidade Velha: Dr. Assis

 
Quem acompanha turistas ou estudantes para conhecer/visitar a Cidade Velha, o faz pela Rua Siqueira Mendes, não pela Dr. Assis que, alias, levaria ao Palacete Pinho.

Muitos desses profissionais dão meia volta na Praça do Carmo e se dirigem para a Praça República do Libano. Quem sabe os degraus e o esconderijo das calçadas de lióz, na Dr. Assis seja o motivo???


Vamos falar dos degraus existentes nas antigas calçadas de lióz, na CidadeVelha e não do modo como se usam essas calçadas, ultimamente. De fato, o estacionamento de veiculos, a colocação de mercadorias ou mesas e cadeiras sobre as mesmas ja foram enfrentados em outros momentos. Agora denunciaremos esses degraus, tão nocivos para as pessoas de idade... e para quem usa cadeira de rodas.

O motivo principal que levou a SECULT ao tombamento das calçadas de lióz foi a salvaguarda da nossa memória histórica. O Diario Oficial do dia 02.07.1982 publicou o ato  de tombamento  da CANTARIA DE LIOZ, MEIOS-FIOS, PEDRAS E OUTROS.  Ruas, praças e demais logradouros públicos de Belém.

 Essa memória  podemos dizer que começa a ser registrada por Alexandre Rodrigues Ferreira, na sua “Viagem Filosofica” onde  fala de Belém e do modo de viver do paraense: em suas casas brancas, com poucas janelas, frente a ruas enlameadas no inverno e empoeiradas no verão. Isso em 1783.

Na época, no entorno de Belém abundava uma pedra preta, tipo laterite, que foi usada para pavimentar algumas ruas da Cidade Velha. Essa pedra escura era  lascada, rejuntada, e assim usada para calçar as ruas.

Em Portugal, em vez, no inicio de 1700 já se tinha noticias do uso da pedra de lioz, na construção do Convento de Mafra. Foi porém na reconstrução de Lisboa após o terremoto de 1775, que essa  pedra foi amplamente utilizada.

É na época da Cabanagem que, em Belém, se ouve falar das calçadas com uma pedra de cantaria vinda de Portugal. Já no tempo de Landi se tem noticia do uso dela para a entrada da igreja do Carmo e na ornamentação de edificios, mas era um fato ocasional. Ela quando começou a ser usada na pavimentação de Belém, chegava como lastro  dos navios, ainda a velas, e das caravelas.

A maior parte das lojas existentes na Cidade Velha, nascem a partir  da descoberta do uso da borracha. De um lado da primeira rua de Belém, a Siqueira Mendes, as  casas tinham o fundo para o rio, e nem todas tinham o andar superior. De fato temos conhecimento que:
- Os Solares, ou seja as casas da alta burguesia, não tinham comércio no andar térreo. As soleiras das portas de algumas dessas casas  eram feitas com blocos de lióz, assim como os pisos e os degraus das igrejas.
-Os Sobrados tinham dois andares e podia acontecer de terem balcões de pedras de lióz protegidos por grades de ferro.
As demais construções eram classificadas como: moradas inteiras; meias moradas,  e casa de porta e janela.
As 'rocinhas', em meados de 1800 ja existiam na zona da Campina, e se lê até num artigo publicado na época, no New York Times (Published: March 7, 1874).

A mão de obra especializada para cuidar das construções vinha de Portugal junto com os materiais de construção incluindo os azulejos para o revestimento das fachadas das casas de Belem e S. Luiz. Esses  trabalhadores, porém, não eram usados por todos a ponto dos jornalistas do  New York Times que aqui passaram em 1873, no artigo sobre Belém acima citado, reclamarem do modo de construir as casas. O britanico Alfred Wallace constatou, inclusive, que as ruas eram estreitas e o calçamento era de "pedras toscas, restos de antiga pavimentação" qando não era pura "areia movediça ou lamaçais".

A Cidade Velha, a Campina e até a Av. Nazaré, receberam porém esse tipo de produto importado, ja no século XIX. A pavimentação do leito das ruas, em vez,  mudou, quando começaram a usar o granito em forma de paralelepípedos vindo  seja de Portugal que do  nordeste. Isso durou até a chegada do asfalto nas ruas de Belém.

                       










Travessa Felix Rocque, unica que sobrou com paralelepipedos





No século XX a Cidade Velha estava, particamente com boa parte de suas calçadas cobertas com pedras de lioz e o leito das ruas, com paralelepipedos. O asfalto chegou na metade do 1900 e começou a cobrir os paralelepípedos... e a agua da chuva não tinha mas a mesma vazão de antes. Os intervalos entre os paralelepipedos tinham sido fechados pelo asfalto... a agua corria em direção das  calçadas.


A medida que o tempo passava e o asfalto se deteriorava, outra camada era colocada  em cima do anterior o que levava a aumentar o nivel da estrada até que chegou o momento que o leito da estrada era mais alto do que as calçadas... e a agua da chuva começou a entrar nas lojas.


Pouco a pouco, para evitar danos as mercadorias, os proprietários das lojas começaram a cobrir as pedras de liós com cimento de modo que, com calçadas mais altas do que o  leito das ruas, conseguiam inpedi a entrada da agua nas lojas. A  PERCOLAÇÃO, ou  seja, o fluxo da água, por gravidade, que entra no solo e vai alimentar lençóis de água subterrânea, não acontecia mais a causa do asfalto. Levantar o assoalho não foi lembrado por quase nenhum dos proprietarios. 


Cada vez que a Prefeitura  aumentava a camada de asfalto, os comerciantes cimentavam outras pedras de lióz. Nasceram assim os degraus na Dr. Assis dificultando o ir e vir das pessoas de idade.


Olhando o asfalto pode-se notar as várias camadas que foram colocadas ao longo dos ultimos cinquenta anos. Hoje se encontram  outros degraus como os da Dr. Assis na Cidade Velha.

Este é na D.Bosco

Esse asfalto, muito mal colocado, é um outro problema para a população idosa  do bairro, ao ter que subir ou descer dos veiculos.  As valas são completamente desordenadas.


As rampas de acesso as garagens, em vez, aumentaram recentemente, após o programa de desconto do IPI na compra de automóveis. Quem usa cadeira de rodas, carrocinhas de criança ou mesmo muletas sente na pele esse problema. A maior parte delas se encontra na Dr. Malcher e suas tansversais, mas voltaremos ao argumento em outro momento, pois...

É o caso de perguntar se este tipo de estacionamento é plausivel... 
Além de impedir a passagem das pessoas, claramente so piora a situação de algo... tombado. E para piorar ainda MAIS é de um orgão público: SEMA.


HOJE, ANDAR PELAS CALÇADAS QUE UM DIA FORAM DE LIÓZ É UM PROBLEMA . QUANDO NÃO TEM VEICULOS ESTACIONADOS, PODEM TER MESAS E CADEIRAS DE BAR, FEIRINHAS OU MERCADINHOS; PODEM ESTAR QUEBRADAS, OU LISAS; ACIMENTADAS, FORMANDO DEGRAUS;  DESLIZANDO PARA O FUNDO DE UMA GARAGEM OU LEVANTADA PARA A ENTRADA DE CARROS.

VAMOS  REVER O PLANO DIRETOR NESSE SENTIDO TAMBÉM?


Dulce Rosa de Bacelar Rocque


quinta-feira, 22 de agosto de 2019

A AUDIÊNCIA DA OAB


Realizou-se dia 21 de agosto, na sede da OAB, a audiência convocada para examinar os problemas relativos a Politica de Valorização e Restauração do nosso patrimônio. Parabenizanos a OAB pela oportuna ideia e agradecemos o convite.

Vários orgãos municipais e estaduais que tem a ver com o argumento da audiencia estavam presentes. O público de "defensores", em vez,  demonstrava o pouco interesse pelo argumento.


Uma boa noticia nos deu a representante da Fumbel: encontraram várias partes das estátuas de Bruno Giorgi, da praça em frente ao Mercado de S. Braz. Não encontram porém alguem disposto ou competente para restaura-las, pois parece que não temos especialistas em restauro de obras que vivem ao ar livre. Pediu ajuda a esse respeito.

Outra boa noticia é que estão preparando uma especie de 'gibi' com algo sobre nosso patrimônio para as crianças. A educação patrimonial, é um argmento que ja deveria ter sido levado em consideração ha muito tempo.

Ouvimos a representante da Secult, o do Iphan, das comissões da OAB... Os orgãos públicos presentes reclamaram do excesso de trabalho;  que levam até para casa, no fim de semana; que falta  pessoal para as fiscalizaçoões. De fato descobrimos que ha vários anos a Secult não efetua as fiscalizações necessárias à defesa do patrimonio... e vemos os resultados.


Devemos admitir que essa falta de mão de obra nos orgãos que deveriam cuidar do patrimônio é um argumento que ouvimos em todas as reuniões e audiências, há anos. Talvez exponham esse problema nas sedes erradas, e o patrimônio é que paga o pato.

Interessente e util a intervenção do Arq. Alcyr Meira. O seu ponto de vista, sua opinião sobre a situação do nosso patrimônio evidenciou, não somente seu conhecimento a respeito, mas suas preocupações.

Do público, duas pessoas emitiram opiniões a respeito do que se discutia  "ousando" ' inclusive, propor uma modificação radical no governo dessa matéria. Se a competencia é do Municipio é melhor modificar o modo de distribuir o dinheiro a ser usado ... Demonstraram interesse a participar, concretamente dessa 'valorização'.

Para a semana estadual do patrimonio, em novembro próximo, foram sugeridas ações conjuntas. A criação de um grupo de estudos sobre o argumento tratado, também foi proposta....e a educação patrimonial nas escolas  foi lembrada como algo necessario a ser feito.


Parabéns a OAB. Ficamos no aguardo da resolução das propostas feitas.
Seguem fragmentos da intervenção da Civviva:


"... .  Se é para ‘valorizar’, não vamos pedir a restauração das ruas com paralelepípedos (mesmo se gostaríamos), pedimos porém que o respeito das normas relativas a luta contra a poluição sonora seja também adotado pelas igrejas, durante as festas dos santos comandados; pelos noivos quando saem das igrejas; pelas Universidades e outros órgãos públicos nas suas ações, principalmente o Auto do Cirio e seus ensaios; pela Alepa  que não toma providências impedindo que manifestações com trio elétrico provoquem até a queda de quadros e estuques dos palácios tombados do seu entorno....
"E isso não acontece somente nos mais de cinquenta fins de semana...pode acontecer diariamente.
"Não estamos pedindo o cancelamento de nenhum evento, mas, ao menos o respeito dos decibéis previstos nas normas. Aliás, achamos que trio elétrico fica melhor na orla de Salvador do que na Cidade Velha... e isso não so no tempo de carnaval."

"...Infelizmente, certas opiniões que estão sendo aplicadas, facilitam tudo, inclusive a  remoção e substituição de portas, janelas e grades históricas pelo chamado  "nada" proporcionado pelo vazio do vidro, além do fato de  mudar as cores da  nossa memória. Como defender ou proteger essa memória, permitindo essas cores fortes onde so existiam cores 'pastel'?"

"...Acreditavamos que o tombamento do Iphan nascia para evitar a destruição ou mutilação de um bem considerado, digamos, histórico ou cultural. Que essa intervenção do estado na propriedade privada,  determinasse o dever de preservação daquele bem por considera-lo de importância cultural e histórica. Acontece que tal ato nunca foi regulamentado e até o Plano Diretor, praticamente o ignorou: resultado ???
Com o que vemos acontecer ultimamente, perdem completamente sentido as palavras usadas nas leis: conservar, proteger, preservar, salvaguardar, defender... Será que  elas estão nas leis para permitir essa nova coloração da Cidade Velha? "

"...Que senso tem criar um ‘entorno’ para a área tombada e depois autorizar, a grafitagem dos fundos da igreja de S João, obra prima do Landi, ‘porque não foi feita no tempo dele”, mesmo se tem mais de cem anos?"

"...E visto que é em ato a  atualização do Plano Diretor , esperamos que seja criado um capitulo inteiro somente para a área tombada."

"...Alias, um Portal da Transparencia sobre o patrimônio  TAMBÉM seria muito útil assim descobriríamos, inclusive,  a razão e a validade da existência de tantos Conselhos... onde nem sabemos se existem representantes das associações de bairro, como sugerem as leis."

"...Concluindo: nas escolas, desde o ‘primário’, como se dizia no meu tempo, deveriam falar do nosso patrimonio histórico; deveriam fazê-lo, citando as leis, assim  as crianças cresceriam sabendo que o direito a ‘ir e vir’ em ruas e praças não te dá nenhum direito a fazer barulho, balburdia ou algazarra, pois  é regido  por leis que  também defendem os direitos dos moradores do entorno, e que todos deveriam respeitar. Cresceriam sabendo que existem normas que falam do respeito, também, dos decibéis, dos semáforos, das paradas de onibus...e da necessidade de salvaguardar, proteger, nossa memoria respeitando, inclusive, as cores das casas da área tombada. 

"Na democracia as leis servem para corrigir falsos direitos e absurdos deveres...se não são boas podemos sempre muda-las... democraticamente, porém."




domingo, 18 de agosto de 2019

A TREPIDAÇÃO NA CIDADE VELHA


TALVEZ SEJA O CASO DE PENSAR NO QUE ESTE VIDEO
 DEMONSTRA, RELATIVAMENTE A TREPIDAÇÃO,
  FRUTO DE SONS E RUIDOS VÁRIOS.

https://www.facebook.com/estudoquantico/videos/461530521262493/

             Cidadania é o exercício de direitos e a cobrança
                     de deveres de cada um e de todos.


Baseados nessa frase é que pedimos a atenção de todos. Agora  que vimos o video, vamos pensar na poluição sonora da Pça da Sé onde temos duas igrejas, concorridissimas para casamentos nos fins de semana, e na frente da ALEPA, onde ocorrem manifestações com trios elétricos...além das demais ruas dessa área tombada. 

Lembramos que a  CONAMA limita o nível sonoro de dia a 55 dB e à noite a 50 dB, em áreas como aquela tombada.

- CÍRIO
Esta nossa festa, com todas as transladações da N. Sra de Nazaré é causa de um enorme volume de poluição, causados pelos fogos que acompanham sua movimentação. Todos, abslutamente todos se sentem  no direito de fazer barulho, ignorando, sempre todos, os decibeis previstos nas normas. É o caso de perguntar, francamente, qual necessidade existe de provocar toda essa poluição? Alguém sabe explicar isso? Onde está prevista a obrigatoriedade desse barulho todo? A que pro?
A questão cultural, usada como desculpa, não deve servir de cobertura para os abusos que se notam e os danos que provocam, Não seria mais civil, ao menos, respeitar os decibeis previstos, caso não se queira usar os fogos que não fazem barulho e que são produzidos aqui no nosso Estado? A queima de fogos a noite, pode muito bem ser substituida com aqueles que não fazem barulho e fazem, do mesmo jeito um belo efeito.

- CARNAVAL
É considerado o maior, mas não único,  provocador de trepidações, através de trios elétricos. Isto começou quando a Fumbel, praticamente excluiu os blocos com bandinhas e mascarados que frequentavam a área tombada da Cidade Velha, a partir de 2012. (https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2012/02/normal-0-21-false-false-false.html)
 A transformação do nosso carnaval em carnaval tipo bahiano, com abadás e trios elétricos,  se desenvolveu rápidamente, assim como a poluição sonora (https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2014/02/balanco-de-um-sabado-de-carnaval-em.html). O problema  tinha se alargado com a invenção das 'concentrações' em praças tombadas. A CidadeVelha não era mais so passagem de blocos, era estackonamento também.  Tivemos que esclarecer nossa posição visto que os abusos aumentavam. ( https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2015/02/carnaval-2015-esclarecimentos-da-civviva.html ). Uma liga de blocos foi criada e  a situação so fez piorar a tal ponto que em 2019 os  trios elétricos foram proibidos na Cidade Velha, depois que a DEMA certificou que superavam os 100 decibes, enquanto as normas falavam de, somente 50.
Esta Associação também saiu as ruas para certificar a poluição sonora em seis pontos diferentes da área tombada, por onde passavam os 'blocos', confirmando os dados da DEMA, da Sé até a Tamandaré, passando pela Pça do Carmo. Um mes depois do fim do carnaval, voltamos as ruas para verificar a poluição depois do carnaval. Na Pça do Carmo o resultado foi, praticamente, do mesmo nivel da poluição verificada no periodo carnavalesco.

- CASAMENTOS
52 semanas multiplicado por dois  dias (sexta e sabado): 104 dias usaveis para ceremonias de casamento em cada igreja, o que resultaria, visto que são duas igrejas na praça da Sé, as mais concorridas: 208 casamentos por ano. Mas ainda temos a igreja do Carmo e a de S. João onde acontecem menos casamentos.
Digamos que matrimonios não acontecem todo fim de semana, então vamos arredondar para 150 casamentos por ano nas quatro igrejas da área tombada. Em ao menos 100 desses casamentos, acontece, na saida dos noivos, que façam uma saraivada de fogos de duração media de 10 minutos, como os do Cirio. Quem querem acordar com todo esse barulho? qual é a intenção de tanta poluição. Vamos somando os dias de poluição maciça...

-  FESTAS SANTIFICADAS.
Acontece em frente as igrejas da área tombada. A de Sto. Alexandre serve para festejarmos a Padroeira de Belém. Este ano  festa vai do dia 23/08, a 01 de setembro p.v. Na igreja obra prima do Landi, a de S. João Batista, dura de oito a dez dias, no mes de junho.
Em ambas as festas, todas as noites tem espetaculos com bandas musicais cujos decibeis ultrapassam de muito os 50 previstos nas normas. Fogos acontecem depois dos espetaculos. Podiam usar aqueles que não fazem barulho... em vez, não.
A essas duas ocasiões se deve acrescentar os fogos no dia de N. Senhora do Carmo, ao menos. Quem querem acordar, é o caso de perguntar, também?

- AUTO DO CÍRIO
Até dois anos atras, durante o mes de setembro, aconteciam, na praça do Carmo, os ensaios do Auto, durante duas horas, com decibeis muito superiores ao que ditam as normas. Não tinha onibus para os participantes que chegavam em grupinhos. Tinha merenda, para quem quisesse comprar...
Com até uma hora de atraso, o cortejo sai da frente da Igreja do Carmo, onde fica estacionado o trio elétrico.  Nunca sai na hora marcada, mas o trio começa a fazer suas provas rumorosas na hora certa.
Depois tem as homenagens em frente a duas igrejas tombadas; na frente o HGPa, também tombado e estacionam para as finalizaçoes entre dois outros monumentos tombados: o MEP e a Prefeitura. A batucada vai pela madrugada...até que soltam a santa...seguida de fogos.

- MANIFESTAÇÕES VÁRIAS
A presença da Alepa  assim como do Tribunal e do MEP, também  é chamariz de outro tipo de aglomeração de pessoas que ali vão defender seus direitos...com trios elétricos. No entorno, os prédios tombados ressentem pela trepidação provocada quase que diariamente, mesmo se nem sempre com poluição sonora. So a Alepa sabe quantas manifestações acontecem perto dos tres prédios tombados que tem no seu entorno, e a poucos metros de outros.

- EVENTUAIS
Pode acontecer, nas quatro praças da área tombada, outras manifestações ocasionais. Sejam elas  para divertir o povo (organizadas por orgãos publicos e particulares) que para chamar atenção dos juizes do Tribunal e do Prefeito. Normalmente com som automotivo ou trios elétricos. A isso tudo temos que acrescentar os locais, bares ou casas de familia, que abusam dos decibeis o ano inteiro.

Em nenhum dos casos citados, os decibeis são aqueles previstos nas normas.  Essa incivilidade é acobertada por quem não faz o seu dever, fiscalizando o respeito das leis por todos.
Não cremos que os urubus sejam os principais causadores de danos aos telhados de igrejas, museus e outros prédios. Os fogos, que soltam do lado desses prédios tombados, em vez, sim, resultam ser  inimigos da construção inteira.

A esses "eventos"devemos acrescentar a trepidação provocada pelo transito de carretas, onibus, vans e afins além  das buzinas. Esse problema é área da SEMOB que, gostariamos de saber se tem dados a respeito.

Agora,   depois de calcular o que isso tudo provoca nos prédios da área tombada, vamos lembrar dos moradores e seus direitos. Varias leis falam do argumento e aqui as elencamos, caso alguem queira se certificar se existem ou não normas a respeito: https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2017/08/a-tv-e-poluicao-sonora.html

       Se o video acima tem razão relativamente ao que 'barulho/ruidos' podem causar ao nosso patrimonio histórico, as pessoas e animais, o que esperamos para tomar providências, ao menos pretendendo o respeito dos 50 decibeis previstos nas normas em vigor... 

No caso do carnaval na Cidade Velha: retorno das bandinhas e afastamento dos blocos para longe da área tombada, onde o numero de moradores seja insignificante (ex. Praça Dalcidio Jurandir, Pça Princesa Izabel, etc). 

Na Tamandaré mora um Juiz que, anos atras conseguiu que o MPE proibisse o carnaval naquela rua,e o Dr. Benedito Wilson concordou.

ESTES SÃO OS PRINCIPAIS CAUSADORES DE DANOS AO NOSSO PATRIMONIO. POR QUE NÃO ENFRENTA-LOS  APLICANDO O QUE ESTÁ ESCRITO NAS LEIS??? 

Porque não se reune em um regulamento especifico para a nossa realidade, as  normas relativas a defesa do nosso patrimônio? No Plano Diretor, ao menos um capitulo inteiro deveria tratar todos os problemas relativos a defesa da área tombada. 


PORÉM, SEM FISCALIZAÇÃO PERMANENTE, 
                      NADA SE RESOLVE.