terça-feira, 22 de agosto de 2023

COISA DE MUSEU, MESMO...

 O Arquivo Guilherme de La Penha, da Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna, do Museu Emilio Goeldi, não fica na Av. Nazaré ou no seu entorno, fica longe a beça.... mas vale a pena uma visita, guiada, preferivelmente. 

Até onde ele fica é dificil de saber, mas aqui vai o endereço:  

Campus de Pesquisa do Museu Paraense Emílio Goeldi

Av. Perimetral, 1901, Terra-Firme,

A Biblioteca em vez, é uma construção nova, moderna, arejada, bonita, e também não é bem ali...  Passando por um jardim entramos num salão amplo, com alguns livros a mostra. Foram buscar as chaves e me introduziram numa primeira sala, onde logo notei uns aparelhos de  cerca um metro e meio de altura: será que eram os responsáveis pela umidificação do ambiente...  exultei, mesmo sem ter certeza que eram.

A quantidade de livros antigos é o que logo chama atenção, encadernados, muitos deles, ainda com capa de pele. A maior parte é em língua estrangeira e  talvez por isso, os visitantes brasileiros são poucos. Importante, porém, é a qualidade dos livros, seus autores e... a época deles. Toda essa antiguidade requer mais atenção a eles e, muito mais dinheiro para mantê-los.

Logo que o prefeito Duciomar inaugurou o Palacete Pinho iniciei uma campanha para transforma-lo numa biblioteca monumental. Hospede da UFPa,  uma professora bolonhesa expert em matéria, me desaconselhou a fazer tal campanha vista a quantidade de agua no entorno do palacete, além daquela que caia do céu.

No nosso clima, tão úmido, manter uma biblioteca com livros centenários leva a aumentar a despesa, muito mais do que podemos imaginar. O desumidificador, por exemplo,  deve trabalhar o tempo todo. Melhor  ficar mais distante de rios e igarapés, ao menos. Com toda essa umidade, portanto ali as despesas de manutenção dos livros seria muito maior. Me convenci que seria muito dispendioso e parei. Pior ainda  seria perto da feira do Açai..., segundo ela.

Continuei minha visita.   Não bastava olhar os títulos dos livros, alguns deviam ser abertos e com toda a atenção possível. Até luvas são necessárias ao ter que manusear alguns deles. Os mapas são um caso especial.  Ver como era Cusco no século XVI, ou como viam o nordeste do Brasil durante a vigência do tratado de Tordesilhas... Ver aquela tapera com duas redes atadas, será que esperavam clientes  naquela época, ou era uma oferta para os ...brancos?   Deduções várias podemos fazer olhando aqueles mapas.

É tudo bem moderno: desde as portas, as escadas e os elevadores entre os corredores de livros, a iluminação, enfim, bem atual... mas não vi viva alma, no período de tempo que estive la. Quanta gente sabe de sua existência? Tem coisas do arco da velha, para quem gosta de... descobrir o passado, nosso e dos outros. Demais.

Interessante que na saída quiseram olhar o bagageiro do carro...  e poderíamos ter trazido conosco dentro do carro, em vez,  até aquele livro antiquíssimo, mas ninguém tentou nem olhar  dentro do carro...Falo do livro “Delle navigationi et viaggi” compilado por Giovanni Battista Ramusio (1485 - 1557) na gráfica Giunti. Eram três volumes e tratavam das descobertas marítimas de século XVI. O volume 3 – Novo Mundo tem relatos de Cristovão Colombo, Fernando Cortes e Gonçalo Oviedo e outros conquistadores.

As folhas desse livro são feitas em papel artesanal em trapos de algodão. É uma edição Aldina (os três livros foram impressos em Veneza entre 1494- 1584 por Aldo Manucio e seus seguidores) com capas em madeira e lombadas em couro, e gravuras em xilografia. É uma das mais importantes obras publicada SOBRE AS DESCOBERTAS  MARITMAS. É um dos tesouros da Biblioteca do Museu Emilio Goeldi.  Roubavel...

Em 2003, estive no Arcebispado de Bolonha, na Itália, procurando algo sobre bolonhes Antonio Giuseppe Landi. Disse o que queria e me levaram para uma sala com algumas mesas e cadeiras e umas três pessoas consultando livros... Entrei com as mãos abanando pois tive que deixar bolsa  e pacotes num armário.  

Sentei em frente a uma mesa e logo chegou alguém com um livro/caderno enorme de cerca um metro de comprimento e uns 15cm de altura... Ali era escrito a mão tudo o que acontecia na cidade: quem nascia, quem morria, quando mudavam de casa, ou enviuvavam e até que os empregados da família Landi mudavam com frequência, diversamente de outras famílias onde nasciam e morriam, ali mesmo.

De repente, leio que na casa da família Landi tinha nascido um rebento a quem deram o nome de Antonio Giuseppe Landi. Dei um grito...os presentes se voltaram com os olhos arregalados. Naquele lugar o silencio era de tumba... Pedimos para fotografar aquela pagina, mas eles levaram o livro e trouxeram a foto... Tinham um gabinete  só para isso.

Hoje, não precisei pedir ajuda, fotografei algumas páginas, capas e mapas que achei interessante... pena que, por culpa minha ou do celular, as mais interessantes não saíram muito bem, mas só notei em casa. Quem sabe a emoção, também, teve parte da culpa.

Queria passar mais tempo olhando títulos de livros e abrindo alguns mais, mas o principal, aquele livro, praticamente da idade do Brasil, tinha olhado bem. A visita vale até so por causa dele e seus mapas xilogravados e um outro mapa com as linguas indigenas feito por, nada mais nada menos de Curt Nimuendajú.

A versão original desse mapa, que mede quatro metros quadrados, está enrolada, pois é muito delicada, mas sua digitalização é parte do projeto Plataforma Interativa de Dados Geo-históricos, Bibliográficos e Linguístico-Culturais da Diversidade Linguística no Brasil, realizado pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e pelo Iphan.

Queria ver o italiano que usavam, era dialeto de  onde? Naquela época a Italia não existia ainda e falavam bem uns 8 mil dialetos na peninsula italica. Não me parecia latim. Acho que eu vou voltar la,  so para ver isso...

  Sai de lá feliz por saber que temos algo desse nível, e ao mesmo tempo triste, por descobrir que é pouco frequentada... Quanta coisa interessante descobririam lendo aqueles originais, ou olhando os mapas.

Vou dar de presente três livros para eles, pois  acho que estarão melhor lá, do que na minha casa...

Obrigada a todos por cuidar desses tesouros.... principalmente a Berenice, que me acompanhou nessa visita, desvendando os segredos dos livros e dos mapas.  Valeu, viu?


sexta-feira, 18 de agosto de 2023

"MORADORES DE RUA"...

  

Em agosto de 2016  a Catedral da Sé e os chamados “marronzinhos” grupo religioso que morava na Cidade Velha, resolveram fazer uma ação social na praça do Carmo, para ajudar os moradores de rua, oferecendo corte de cabelo e outros pequenos serviços, além de moradia/agasalho a quem tivesse interessado a abandonar a rua e ir para o abrigo em Benevides.

Fizeram isso convidando cerca de 600 (seiscentos) deles, para um almoço ao ar livre, na praça do Carmo. De fato acordamos e vimos o vai-e-vem daqueles que preparavam as mesas e cadeiras à sombra das mangueiras da praça, e de lado, quem faria as outras ações sociais.

As horas passavam e as mesas continuavam vazias. Na hora marcada para o almoço nem a metade das mesas estavam ocupadas. Os organizadores esperaram mais um pouco e depois começaram a explicar aos presentes, o que ofereciam. Depois rezaram e começaram a servir quem ali estava.

Da janela de casa olhava com pena tanto esforço não ser retribuído nem apreciado como esperávamos todos. Minhas vizinhas, na porta de suas casas, tentaram interrogar aqueles que depois do almoço se levantaram e sem nem agradecer, iam embora. Alguns nem paravam, e os que o faziam respondiam que não era o que lhes interessava e continuavam sua estrada...

Pelo que vimos naquele dia, nem todos queriam ser ajudados. O resultado não foi o esperado, mas a igreja não parou, e hoje, aproveitando o aniversario da consagração como sacerdote do Bispo, Dom Alberto Taveira Corrêa,  as nove paroquias da região de Santana (Sé, Conceição,  Trindade, Mercês...) organizaram algo diferente. Depois da missa distribuirão sopa aos moradores de rua que ficam no entorno da praça Waldemar Henrique... este o programa...

REGIÃO SANTANA

SEMANA MISSIONARIA VOCACIONAL : 18/8 - SEXTA FEIRA

PROGRAMAÇÃO SOPA  COM EVANGELIZAÇÃO - APÓS A CELEBRAÇÃO DE 18h NO COLÉGIO SANTO ANTÔNIO.  300 SOPAS SERÃO DISTRIBUÍDAS ASSIM:

300 DOSES DE SOPA DE 500ML

DIVISÃO DOS GRUPOS - CADA GRUPO COM 1 ISOPOR DE SOPA E ÁGUA, ALÉM DO PÃO.

LOCAL DE SAÍDA: CAPELA DO COLÉGIO SANTO ANTÔNIO, NA CAMPINAS ( AO LADO DO HOSPITAL DA ORDEM TERCEIRA

DIVISÃO DOS GRUPOS

Grupo 4: .       N. SRA CONCEIÇÃO +CATEDRAL + MERCÊS.

🌹LOCAL DE ENTREGA DA SOPA DO GRUPO 4:  PRAÇA WALDEMAR HENRIQUE

...

Tardiamente descobrimos que: *A CATEDRAL PRECISA DE VOLUNTÁRIOS PARA A DISTRIBUIÇÃO DO SOPÃO.🌹DIA: 18/08.🌹HORÁRIO: 18H00.

terça-feira, 8 de agosto de 2023

SOBRE CLIMA E... RESPEITO À CIDADANIA


Esta notícia foi dada dia 03/08/2016:

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) aprovou nesta quarta-feira (3) substitutivo ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 38/2015, que prevê que o assunto cidadania será abordado em subtemas como direitos humanos e noções constitucionais em disciplinas de todas as séries do Ensino Médio. Ainda nesta quarta-feira (3), a Comissão de Infraestrutura (CI) sabatinou André Martins de Araújo, indicado para o cargo de diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Jovens podem passar a ter aulas de cidadania no Ensino Médio

(http://bit.ly/2axC5Va) Fonte: Agência Senado

Não temos ideia de que fim levou tal projeto de lei, mas nesse meio tempo que passou, esta Associação, sugeriu a necessidade de alargar essa proposta. 

Observando o recorrente descaso do poder público e da população com o resguardo do patrimônio cultural, em muitas ocasiões em situações devidamente autorizadas por órgãos públicos;  considerando que é generalizada a carência de conhecimentos e de consciência entre adultos e crianças, brancos e pretos, letrados e incultos, pensamos que seria o caso de começar na escola a tratar do argumento.

O trânsito de carretas, ônibus de agências de turismo, trios elétricos e outros veículos grandes e muito pesados na área tombada de Belém, provoca trepidações em inúmeros prédios históricos. Essa ameaça de perda iminente de relevantes elementos remanescentes de nossa história também nos preocupa. Assim, pensamos que as autoridades debruçadas sobre o tema deveriam rever as pautas como se dão na prática.

Quanto à poluição sonora, começa na porta das igrejas, não somente nos dias de comemorações litúgicas, mas também na saída das noivas após as ceremônias de casamentos... Na frente da Assembleia Legislativa, a casa das leis situada em área tombada, as manifestações populares que clamam por direitos dos cidadãos são acompanhadas por trios elétricos com muitos decibéis... em total afronta ao que prevêem as leis.

Os portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida, sofrem com as calçadas indisponiveis e isso também é uma questão de RESPEITO DA CIDADANIA a ser levada em consideração. As leis dão razão a quem têm esses problemas, mas não vemos o respeito por parte de quem autoriza o uso das calçadas...

Sabendo que os bens integrantes do patrimônio cultural brasileiro estão submetidos a um especial regime de proteção juridica, e a sua gestão é sempre subordinada a ações  de controle e fiscalização por parte de órgãos públicos, nos tres níveis da federação, então por que não falar disso nas escolas?  

Vendo que as  ações da  CIVVIVA estão embasadas em cobrança no cumprimento das leis, durante as campanhas eleitorais passamos a sugerir que fosse acrescentado no curriculo escolar conteúdos relativos a EDUCAÇÃO AMBIENTAL, PATRIMONIAL e do TRÂNSITO, objetivando ajudar na formação  das crianças... Nenhum resultado foi visto. 

Durante o recente evento "Diálogos Amazônicos" lemos com prazer  que “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça (8) que proporá ao Ministério da Educação uma pauta ambiental a ser incluída no currículo escolar.”  Nós queremos sugerir algo mais. 

Se devem retocar o curriculo escolar, seria o caso de ampliar aos problemas concretos que temos hoje em dia.... e os ruídos  excessivos estão entre os mais graves, pois atingem pessoas e animais, prédios históricos e casas de pobre, em cujas familias têm pessoas carecendo de merecido repouso.  A trepidação causa danos para todos e em vários sentidos.

Portanto, àquela proposta de lei acima citada, poderiam ser acrescentadas as normas, existentes inclusive no Código de Postura,  necessárias a melhorar a educação e a civilidade de nossos futuros cidadãos, acrescentando elementos de EDUCAÇÃO AMBIENTAL, PATRIMONIAL e do TRÂNSITO, como parte integrante do termo CIDADANIA.

 

sábado, 5 de agosto de 2023

DIÁLOGOS

... É uma fala em que há a interação entre dois ou mais indivíduos; colóquio, conversa...

... contato e discussão entre duas partes (p.ex., em busca de um acordo); troca de ideias.

Isso é o que nos diz o atual  'PAI DOS BURROS" sobre o termo DIÁLOGOS, e achamos que são bem poucos, no caso da Amazonia e seus problemas, os dias necessários para descobrir os que temos.

- Quem fala pelos ribeirinhos do Tapajós, Juruá ou Tocantins? Os ribeirinhos dos afluentes do rio Amazonas tem os mesmos problemas dos rios de outras bacias?

- Quem mora as margens da BR316 vai ser ouvido? E os da Transamazônica?

- E quem mora na fronteira de outros países o que tem a dizer, ou a pedir?

A importância da capilarização das discussões, dos debates, é enorme, mas aberta a todos, não somente aos correligionários, aos professores, aos funcionários públicos, ou aos amigos de quem conta.

Nos países com o nível civilizatório mais avançado, cada categoria, cada setor da economia, da cultura, tem sua organização representativa. Os problemas dos professores, dos estudantes, dos comerciantes e comerciários, dos industriais, músicos, dançarinos, garçons, ribeirinhos, enfim, todos tem um “órgão” que os representa...  e levam os problemas da categoria nessas ocasiões para serem resolvidos. Podem ser sindicatos, conselhos, associações e afins, representativas dos vários segmentos da comunidade, mas regularmente reconhecidos segundo as leis. Ninguém fala só por si.

A presença de todos os países amazônicos, no mesmo nivel de debate, já é um grande passo a frente. O ‘associacionismo” ajuda a dar palavra a todos e enfrentar os problemas de todas as categorias nos vários graus de importância. Não somente de quem vive num pais famoso, numa capital ou mesmo só de quem estudou. Os “sem voz” também tem esse direito numa democracia..

 A discussão entre os países amazônicos se  começou faz tempo... por que parou? O congelamento das verbas federais especialmente para a região norte, foi um passo assassino. A capacidade de influir nos resultados é fruto de anos de pesquisa! Iniciar e ter que parar logo após, deixa um amargo na boca e... na consciência.  Para fazer uma cúpula, o processo deve passar por vários graús até o encontro final. Os debates devem ser capilares e permanentes, vista  a grandiosidade, seja da área em exame, que dos problemas que cada um dos oito países tem que enfrentar. O acumulo de experiencias ajudaria.

Após o levantamento dos problemas de cada país, o passo seguinte seria a discussão sobre como resolvê-los...e cada país tem suas peculiaridades. Os que tem montanhas, por exemplo, são bem diferentes dos que so tem planície... Quantas vezes devemos recomeçar a nos descobrir e comparar os problemas?

Precisamos  reconhecer que estamos dando, mais uma vez os primeiros passos, de muitos, muitíssimos que precisam ser dados, ainda...e fazê-lo  capilarmente para termos condições de oferecer elementos de convencimento e de impacto. Em poucos dias isso não se obtém.

Depois desse estudo todo, seria oportumo, util e necessário criar um portal da transparência, em cada país, com as informações dos projetos a serem realizados... Quem participar  dos diálogos tem esse direito.

O negócio é não parar depois destes diálogos... a estrada a ser percorrida é muito longa ainda e,  se queremos, realmente,  influir nos resultados, não podemos parar  novamente.

PS: POR QUE NÃO COLOCAR  EM ATO ISTO?  Inclusão da disciplina Cidadania nas escolas. Entenda: http://bit.ly/2axC5Va

terça-feira, 1 de agosto de 2023

TURISMO NAS ILHAS...


...CHINESAS. 

Sanya, não é Salinas  e nem está por perto da Amazônia. De fato se encontra na ilha chinesa de Hainan que apostou no turismo da natureza e no desenvolvimento sustentável das zonas urbanas. Aqui, com todas as ilhas que cercam Belém,  nós apostamos em quê, se não existe algum tipo de programação para ajudar ... nem em terra firme.

Na China, as medidas de proteção ambiental começam durante a construção dos edifícios, com o uso da energia solar e um sistema de reciclagem de águas pluviais e esgotos em todos eles. Nota- se que lá, até  os hoteis incentivam os hóspedes a proteger o meio ambiente e a não usar materiais que não sejam biodegradáveis.

Em Sanya, que seguiu essa politica,  está prevista a substituição de todos os autocarros por viaturas elétricas dentro de 2 anos. Hoje ja há seiscentos autocarros elétricos em circulação. A redução do lixo, o aumento da reciclagem são outras das apostas da cidade.e conta com o contributo de todos os cidadãos e turistas. 

Interessante são as ações  paralelas que são feitas para ajudar a manter tudo em ordem. A cidade organiza ações para sensibilizar a população, em particular as crianças, para a necessidade de proteger a natureza. Regularmente, grupos de voluntários limpam as praias. A areia é peneirada para retirar as beatas e os pedaços de lixo plástico.

Para eles a programação e a educação ambiental são fundamentais quando se quer obter resultados. Nós insistimos ha anos a necessidade de incluir no curriculo escolar: Educação Ambiental, Patrimonial e do Transito, sem ver algum resultado. Aqui,  deveríamos começar na escola a educar nossos futuros cidadãos a serem mais civis do que os pais que frequentam nossas praias...

Lá, de fato, a programação se alarga em várias direções e, tratando-se de área turística, uma das decisões tomadas afim de melhorar o destino turístico de uma área, é procurar aumentar o número de ligações aéreas. Na Amazonia. em vez, um dos maiores problemas é exatamente “como chegar” em qualquer lugar... Entrar ou sair daqui de avião é um problema para o cidadão de qualquer idade e de todas as origens. S.Paulo vira o centro do mundo... Como atrair turistas prendendo-os, a noite,  em vários aeroportos para fazer conexões, esperando horas a fio?

Para cuidar do turismo é necessário conhecer os problemas das várias áreas a serem desenvolvidas...seja para o cidadão que para as administrações e a Amazônia tem um monte deles. O "programador"  precisaria procurar aqui um vôo, para descobrir as dificuldades que o amazônida encontra, so com esse fato. 

Que turismo queremos para a Amazonia, talvez seja a primeira resposta a dar: esportivo, ambiental, cultural? Qualquer um deles vai precisar de meios de transporte, ruas adequadas, calçadas transitáveis e hoteis/pousadas... Depois, quais países nos interessam: seja para investir, que para usufruir... e finalmente como fazer eles chegarem aqui sem tantas atribulações.  

Enquanto esperamos a COP 30 para discutir o clima no nosso planeta,  esse problema tem que ser bem pensado e se possível, alguns poderiam ser resolvidos, ao menos para os turistas que vão começar a chegar estes dias.

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Fonte: https://pt.euronews.com/viagens/2020/01/06/sanya-aposta-em-mercados-turisticos-da-russia-japao-e-europa