quinta-feira, 13 de agosto de 2020

A qualidade da cidade depende da qualidade de seus cidadãos



Valdemiro Gomes nos sugere que...

BELÉM, precisa ser repensada.
Há muito pronto o Belém Futuro Porto, hoje "inaugurado" com Presidente, Governador, Prefeito, ministros e..., continua fechado para os verdadeiros donos, o povo.

"A qualidade da cidade depende da qualidade do cidadão"

Reduto nos 400 anos de Belém
A administração da CDP-Companhia de Docas de Belém anuncia que pretende anexar a av. Marechal Hermes ao cais do Porto e transferir os históricos galpões de ferro para fora do porto visando ampliar a área de estocagem de containeres. Anuncia ainda a CDP que em, contrapartida, voltaria a abrir a ex-rua Belém, transformada inexplicavelmente em depósitos, agora como uma nova avenida, um prolongamento da Pedro Álvares Cabral.

Quem está sendo ouvido? O instituto de arqu
itetos? O CREA- Conselho Regional de Engenharia/Agornomia/Arquitetura? Os moradores do Reduto, onde as ruas estão incluídas? O cidadão belenense? A Câmara de Vereadores? O prefeito de Belém? Desconheço.

Eu, empresário com empresa instalada no Reduto (Lazer&Cia), estou alegre. Certo? Certo e errado. Certo pois a anunciada abertura da ex-rua Belém (sonho que acalento) trará ganho ao patrimônio e valorização do negócio, quando nosso empreendimento ganhará uma nova e importante fachada. 

Errado, como cidadão, amante de Belém, que não pode aceitar a aberração de ver transformar a av. Marechal Hermes, em depósito, em um cemitério de containeres, principalmente quando é sabido que uma grande maioria dos containeres que hoje são estocados no retro-porto de Belém, estão vazios e alguns foram transferidos de outros portos pelas facilidades econômicas que aqui encontram.

Custa-me a acreditar que a proposta propagada possa esquecer os milhões gastos para a construção da Alça Viária, que permitiu a ligação por terra ao porto de Vila Conde (cujo calado é mais de duas vezes o de Belém). Como justificar tal proposta quando a própria CDP promove a ampliação do porto de Vila do Conde e de seu novo terminal de containeres? Não compreendo.


Para facilitar e levar às nossas Autoridades a palavra daqueles que vivem, trabalham, no Reduto, aceitamos liderar um movimento, chamado de Amigos do Reduto, que no futuro poderá tornar-se associação. Hoje, mais de duzentas assinaturas já aderiram ao movimento que busca não somente discutir o futuro do cais e a retirada do mapa da cidade de uma de suas mais importantes avenidas como e especialmente estudar a revitalização do Reduto.


O Reduto, um dos bairros mais antigos de nossa cidade, foi no passado coração da economia paraense. Hoje, encontra-se degradado, esquecido, mas que através de algumas iniciativas privadas já sinalizou que pode acordar, voltar a iluminar-se. É no Reduto que o cais do Porto de Belém foi edificado, a primeira usina de energia de Belém construída (memorizada nos restos de uma bela chaminé), as primeiras fábricas se instalaram (cordas, sacos, sabão, etc.) e onde os primeiros esgotos ( ainda existentes) foram lançados.


Os Amigos do Reduto desejam intermear esforços entre o Município e a iniciativa privada visando coordenar as ações necessárias á elaboração de um projeto que transforme o atual decadente Reduto no mais belo, moderno, bairro de nossa cidade. Queremos brindar os 400 anos de nossa Belém, com a comprovação que é possível sonhar. Sonhar com um novo pacto. Um pacto entre a iniciativa privada e o poder público, para a construção de um novo ideal.


Conclamo a todos os que desejarem se engajar nesta cruzada assinar o livro Amigos do Reduto que pode ser encontrado na recepção da academia da Companhia Athletica, na Municipalidade com Rui Barbosa. Corra, ajude a acender esta nova chama, esta idéia. Sua assinatura é importante, ela é a chama que irá alimentar o movimento, a certeza de que venceremos. Assine, já, nosso livro. Nossa vitória precisa de sua participação.


Publicado em 18.03.2004

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