quinta-feira, 15 de novembro de 2018

2012 e o carnaval na Pça do Carmo


Achamos util lembrar um pouco a luta desta Associação contra o uso de praças tombadas para 'concentração' de blocos carnavalescos com trio elétrico abusando de decibeis, portanto poluindo o meio ambiente e provocando trepidações indesejaveis ao prédios históricos.

O uso de praças tombadas transformadas em estacionamento de blocos e trios elétricos durante o periodo carnavalesco é um fato concreto que cremos vai contra a defesa e salvaguarda do patrimonio historico.

Tal periodo, normalmente, começa dia 1° de janeiro e acaba no domingo magro, portanto pode durar várias semanas. A essa exposição dos predios tombados a poluição sonora e suas consequencias, devemos acrescentar o que ultimamente acontece depois dos casamentos na Sé ou Carmo; os ensaios e desfile do Auto do Cirio; o arraial junino da igreja de S.João; as festas religiosas em frente as igrejas; o Arraial do Pavulagem, além de outras manifestações ocasionais, como aquelas em frente da ALEPA, muitas das quais, regularmente autorizadas, inclusive pelos orgãos cuja função é a defesa do patrimonio histórico.

Todos os eventos acima citados produzem trepidação, seja com musica altissima  seja com fogos de artificio, além de poluir o meio ambiente. Contando-os se supera  150 dias por ano de manfestações rumororas nas praças da Cidade Velha. Voces acham pouco?

Existem pessoas que moram no entorno de onde acontecem tais eventos/manifestaçóes, também, e existem leis que os protegem, além dos prédios. Quem deve fazer respeitar essas leis?

Se tombaram parte da Cidade Velha é porque reconheceram que é necessario salvaguardar nossa memória histórica, mas do jeito que fazem essas manifestações, agora, não cremos que conseguiremos.

A POLUIÇÃO SONORA É UM DANO PARA O PATRIMÔNIO E PARA AS PESSOAS.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012


MAIS UM CARNAVAL...

Mais um periodo de carnaval que chegou ao fim, com seus prós e contras.

Depois de uma luta para evitar o uso de praças tombadas com "concentração" de blocos carnavalescos, tivemos uma reunião na Secretaria de Segurança do Estado, para discutir o fato. Presentes, além da Civviva, estavam os representantes da Asfavelhas (Kaveira, Eloy e outros), de algumas instituições e de vários orgãos públicos quais: Ministério Público, IPHAN, Fumbel, Secon, DPA, DEMA, Secult, PM, GM, etc. etc., etc.

A Civviva não aceitou a proposta daqueles que defendiam o uso de praças tombadas como "estacionamento" de blocos. O abaixo assinados que tinhamos mandado aos orgãos presentes era claro a respeito. Não tinhamos mandato dos assinantes para aceitar proposta contrária, portanto deixamos ao Secretário de Segurança a responsabilidade de ignorar o pedido dos moradores e amigos da Cidade Velha de não autorizar a concentração de blocos em área tombada.

Foi então redigido um Termo de Ajustamento de Conduta, ignorando o que pediamos, mas estabelecendo as normas que deviam ser respeitadas pelos donos de blocos ou organizadores do carnaval na Cidade Velha. 

Não podemos negar que os resultados se viram. As igrejas e casas de moradores foram isoladas; os banheiros quimicos em numero de 20 a 30 foram colocados nas praças; a Policia Militar e a CTBel estavam presentes; os ambulantes eram somente aqueles do bairro e a Secon tomou conta direitinho disso. In suma, a parte mais importante do TAC foi respeitada nos domingos de carnaval. A poluição sonora, porém era monstruosa.

A organização prevista no TAC e respeitada nos dias de domingo, não aconteceu quando, no sabado 11/02, se realizou a Bumbarqueira na Praça do Carmo.
-  ambulantes de toda Belém tinham se posicionado na praça desde manhã cedo.
- Os banheiros, para começar, foram esquecidos. Somente depois de vivazes reclamaçoes, foram providencidos e, as 18 horas, chegaram. Somente 5 banheiros quimicos foram colocados na Praça do Camo, em vez dos 20 ou 30 previstos no TAC;
- as Igrejas e as casas não foram isoladas;
- a poluição sonora  era a niveis escandalosos;
- carros de todo tipo invadiram a praça e, alguns, se posicionaram em tres cantos da Praça tocando musica não carnavalesca, com um som exageradamente alto.
No fim das contas: cada um fazia o que queria e, desse modo , os muros das casas voltaram a ser mictório. Os moradores da Praça do Carmo estavam desesperados com tal desorganização.

Uma pergunta que não quer calar: as normas do TAC valiam somente para o Eloy e o Kaveira? 

Chegamos ao ultimo domingo. As praças e as ruas se encheram de blocos e familias com vontade de se divertir. A organização voltou a ser aquela prevista pelo TAC. Se via a PM em vários pontos do bairro.

A maioria dos moradores das ruas por onde passaram os blocos ficaram satisfeitos com o resultado de nossas lutas. Foi um passo a frente na organização do carnaval.

Insistimos, porém, na nossa posição de não usar as praças para concentração de blocos. DESSE MODO AS IGREJAS DE LANDI PODERÃO CONTINUAR A FAZER SUAS FUNÇÕES. A passagem dos blocos pelas ruas é que diverte o povo da Cidade Velha e, além do mais, evita a depredação do nosso patrimonio. 

Aproveitamos para agradecer os orgãos que possibilitaram uma melhoria no carnaval do nosso bairro.

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