1 - No
mínimo, um equívoco
Ivan Alves Filho, historiador
Volta e
meia, há setores que se reivindicam do campo progressista tratando bandido como
vítima da sociedade.
Aqui, é
preciso esclarecer, ainda que esquematicamente:
1. Vítima é
o trabalhador, alvo da violência sem limites desses marginais, principalmente
nos bairros populares e nas favelas.
2. Nos últimos anos, conforme as estatísticas
oficiais, duplicou o número de pessoas morando em favelas no Brasil, perfazendo
18% das casas brasileiras. Esse fato, por si só, já é uma violência execrável.
3. Será que
esses autoproclamados progressistas ignoram a formação de uma burguesia do
crime no país, com base em uma espécie de capital-bandido? Afinal, o grama de
cocaína vale mais do que o grama de ouro e isso não se deve ao acaso.
4. A questão da segurança pública se apresenta hoje como uma das maiores preocupações do nosso povo. Os autoproclamados progressistas fazem abertamente o jogo da extrema-direita. São muito ingênuos, seguramente.
2- OUTROS EQUIVOCADOS
Associação CIVVIVA
Paralelamente a esse setor, temos um outro, formado
principalmente por pretensos intelectuais que se consideram “ungidos por Deus”,
ou “donos da verdade” absoluta.
Esquematicamente e relativamente a patrimônio histórico
podemos dividi-los em:
1- homens e mulheres, não somente entre os políticos, mas também entre arquitetos, os quais normalmente ignoram as leis ou as desvirtuam;
2- os que tem título de Master e/ou PHD, que se acham
superiores aos comuns mortais e raramente identificam problemas do nosso patrimônio histórico;
3- os que desconhecem o valor e sentido de palavras quais “salvaguarda/defesa/proteção” da nossa memória histórica defendendo, inclusive, cores vistosas e grafites na área tombada.
4 – os autoproclamados “defensores do patrimônio” que, ao
calar da noite estacionam seus carros nas praças e calçadas tombadas, além de acoitarem
manifestações na área tombada, cujos ruídos superam os decibéis estabelecidos nas normas
vigentes;
5- os que, desconhecendo mínimas noções de Direito,
reconhecem valor em Decretos e Portarias, abusivos, que modificam leis e até
mesmo aceitam leis municipais, inconstitucionais por que feitas sobre matérias não
de própria competência.
Tem bandido que, em origem, não é vítima da sociedade, mas se aproveita sem limites das oportunidades que a sociedade lhe oferece.
A Presidente da CIVVIVA – Economista e expert em Direito Público
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