sexta-feira, 13 de junho de 2025

ALGUNS EQUIVOCOS ...E EQUIVOCADOS


1 - No mínimo, um equívoco

Ivan Alves Filho, historiador

Volta e meia, há setores que se reivindicam do campo progressista tratando bandido como vítima da sociedade.

Aqui, é preciso esclarecer, ainda que esquematicamente:

1. Vítima é o trabalhador, alvo da violência sem limites desses marginais, principalmente nos bairros populares e nas favelas.

2.  Nos últimos anos, conforme as estatísticas oficiais, duplicou o número de pessoas morando em favelas no Brasil, perfazendo 18% das casas brasileiras. Esse fato, por si só, já é uma violência execrável.

3. Será que esses autoproclamados progressistas ignoram a formação de uma burguesia do crime no país, com base em uma espécie de capital-bandido? Afinal, o grama de cocaína vale mais do que o grama de ouro e isso não se deve ao acaso.

4. A questão da segurança pública se apresenta hoje como uma das maiores preocupações do nosso povo. Os autoproclamados progressistas fazem abertamente o jogo da extrema-direita. São muito ingênuos, seguramente.

2- OUTROS EQUIVOCADOS

Associação CIVVIVA

Paralelamente a esse setor, temos um outro, formado principalmente por pretensos intelectuais que se consideram “ungidos por Deus”, ou “donos da verdade” absoluta.

Esquematicamente e relativamente a patrimônio histórico podemos dividi-los em:

1- homens e mulheres, não somente entre os políticos, mas também entre arquitetos, os quais normalmente ignoram as leis ou as desvirtuam;

2- os que tem título de Master e/ou PHD, que se acham superiores aos comuns mortais e raramente identificam problemas do nosso patrimônio histórico;

3- os que desconhecem o valor e sentido de palavras quais “salvaguarda/defesa/proteção” da nossa memória histórica defendendo, inclusive,  cores vistosas e grafites na área tombada.

4 – os autoproclamados “defensores do patrimônio” que, ao calar da noite estacionam seus carros nas praças e calçadas tombadas, além de acoitarem manifestações na área tombada, cujos ruídos superam os decibéis estabelecidos nas normas vigentes;

5- os que, desconhecendo mínimas noções de Direito, reconhecem valor em Decretos e Portarias, abusivos, que modificam leis e até mesmo aceitam leis municipais, inconstitucionais por que feitas sobre matérias não de própria competência.

Tem bandido que, em origem, não é vítima da sociedade, mas se aproveita sem limites das oportunidades que a sociedade lhe oferece.

 

A Presidente da CIVVIVA – Economista e expert em Direito Público     


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