sábado, 15 de fevereiro de 2020

A QUADRAGÉSIMA ILHA...



O MUNICIPIO DE Belém tem dois terços de seu territorio  formado por ilhas. O nome delas todas, com certeza bem poucos sabem. Até  quantas são, é dificil de saber. Na internet tem quem diga que são 39, outros, 42... mas falando em turismo dizem 18. Nós nem encontramos todas, mas nem os geografos: eles também  estão por fora. 

Não sabemos nem seus nomes, imagina os seus problemas... A parte aquelas três ou quatro mais perto de Belém, nada sabemos das outras. Até os problemas de Mosqueiro,  Cotijuba e Caratateua custam a ser resolvidos e muitas vezes ainda são totalmente ignorados... principalmente pelos administradores.

Algumas vezes por ano essas ilhas são procuradas pelos paraenses e alguns turistas, e logo após esquecidas com seus problemas. Em Mosqueiro e Cotijuba se chega com cerca de uma hora de carro ou de barco; para a praia de Outeiro, basta atravessar uma ponte... Não deveria ser, portanto, a distancia a dificultar a resolução de seus problemas.



O fato de não se ter que atravessar mais o alagado do Piri não é que diminua o tempo para a resolução dos problemas que tem a área tombada da Cidade Velha. Como as outras trinta e  nove ilhas, seus problemas, mesmo os menores , levam tempo para serem resolvidos. Por exemplo, estes são os mais simples, que clamamos ha tempo por solução:

-Entrada de carretas na área tombada: bastariam dois funcionários da exCTBel na praça da Sé e outros dois na Tamandaré, para impedir tal abuso;

-Poluição sonora na porta de igrejas tombadas ou em festas ao ar livre nas praças: bastaria proibir os fogos e fazer respeitar os 50/55 decibeis previstos nas normas do CONAMA...

-Autorizações a atividades chamativas de clientes motorizados, sem estacionamentos para seus veículos, que acabam destruindo calçadas e praças.
     
     -Os medidores de energia colocados pela exCelpa, nos muros/paredes das casas da área tombada, que deveriam ter sido retirados em 2014, e, em vez, continuam a aparecer novos.

-A  dificuldade de usar as calçadas pelos pedestres a causa do uso irregular, não somente por comerciantes, mas como estacionamento,  também é algo que ninguém nota.
     
    - A  abertura de garagens destruindo as calçadas, obrigando os pedestres a andarem    pelo meio da rua sem a menor atenção por parte de quem autoriza tais ações.

    - A situação dos portos que recebem os popopós dos ribeirinhos que vem do          entorno a procura de material de construção, ferragens, etc.

     - Sem esquecer as tentativas de tirar esse comércio que serve os ribeirinhos de todas as ilhas e substitui-lo com barzinhos... sem estacionamento.

-Sinalização da área tombada: não existe alguma placa de indicação de inicio e fim da área tombada; nem sinalização das paradas de ônibus; nem da tonelagem dos veículos que podem entrar; nem se os motoristas podem buzinar...
     
     -Tombaram a área para salvaguardar nossa memoria histórica, porém, vemos o       desrespeito  total até quanto a mudança das cores das casas. Quem tem memoria de   prédios dessas cores gritantes que  vemos por ai?

Mesmo insistindo nas denuncias, mandadas pela Civviva da area de entorno  da sede da Prefeitura, os problemas dessa área são ignorados como aqueles das ilhas onde se chega de navio, barco ou po-po-pó...

A Quadragésima ilha, poderia então ser aquela antiga localidade que chamavam “Cidade” ou “Pará”, que hoje, depois que aterraram o alagado do Piri, passou a ser chamada Cidade Velha e tornou-se um bairro de Belém. 

Visto tanto desinteresse até pelos seus problemas mais simples e o desrespeito total pelo patrimônio,  podemos muito bem  considerar essa área tombada como as outras  e titular-la como a Quadragesima ilha ignorada de Belém... 

Se juntaria as zonas eleitorais que vimos no mapa acima e seriam:  Mosqueiro, Cotijuba, Jujuba, Paquetá, Mirim, Tatuoca, Nova, Urubuoca, Jararaquinha, Longa, Barra, Cruzador,  Fortinho, Combú, Murutucú, Maracuja, Patos/Papagaios, Grande, Porticarvonia,  Negra, Maruim I e II, Conceição, Caruarí, São Pedro, Santa Cruz, Caratateua, ...

                  ...e se tornaria a ilha da  Cidade Velha
              (porém com restricões para entrada via terrestre).


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