sexta-feira, 3 de março de 2017

Ecos do abandono do nosso patrimonio



Em data 05 de março  de 2015 participamos na SEMMA de uma reunião  para tratarmos da proposta de revitalização da Praça do Carmo. O custo de tal projeto não foi apresentado nem discutido.
Em janeiro de 2016, vendo que nada acontecia, procuramos a Caixa Economica e o Iphan para termos noticias do andamento de tal projeto.

A Caixa Economica, em data 01/03/2016 nos informou que "O ultimo prazo estabelecido pelo IPHAN para a contratação das operações, até o momento, era de 31/12/;2015.
"Informamos que tais operações não form contratadas devido o Tomador não ter cumprido todos os requisitos estabelecidos pelo Gestor do Programa (IPHAN)."

Por sua vez, o IPhan, com nota do dia 03/02/2016, nos tinha informado que a empresa que propos a SEURB o projeto para a Pça. do Carmo, tinha feito a ultima prestação de contas em data 23/12/2015 e que o valor aprovado do projeto ja tinha sido pago integralmente e que nada mais precisava pagar... mesmo se nada tinha sido feito.

Depois dessas informações oficiais, nada mais soubemos nem vimos acontecer a respeito do projeto em questão, e eram quatro as praças envolvidas no Processo PAC CIDADES HISTORICAS.

Estes dias tivemos conhecimento de reclamações relativas a obras iniciadas e abandonadas antes de acaba-las,  fora de Belém, também dependentes do PAC-CH. Este fato  prova que tal
 modo de trabalhar e tratar nosso patrimônio não acontece somente em Belém. Alias, na nossa cidade é próprio um costume....dos ruins.

A situação do nosso patrimônio, em todo o Estado, precisa ser discutida e levada em consideração com mais seriedade, afinal para que servem esses orgãos que deveriam  defender e  ajudar a salvaguarda nossa memória historica?

Sugerimos  a leitura da nota abaixo do blog http://poematisando.blogspot.com.br/2015/02/forte-pauxis-e-reforma-que-nunca-acaba.html?m=1
É mais uma campainha de alarme relativamente a situação do nosso patrimônio histórico.

QUARTA-FEIRA, 25 DE FEVEREIRO DE 2015


Forte Pauxis. E a reforma que nunca acaba



No último dia 11 de fevereiro, o imponente Forte Pauxis completou mais um ano. Aniversário não de construção da obra. Mas de uma reforma que já se encontra parada há mais de 3 anos. Isso mesmo. Três longínquos anos.

Iniciada em 15 de agosto de 2011, a obra de restauro e requalificação do Forte deveria ter sido entregue a comunidade obidense no dia 11 de fevereiro de 2012. Vale ressaltar, que essa obra foi incluída nas ações prioritárias para 2010, dentro do programa PACH (PAC Cidades Históricas) do Minc/IPHAN. E mais, por sua rica condição histórica a Fortaleza Pauxis está incluída com destaque no roteiro histórico turístico do Estado do Pará (imagine se não estivesse).

O Forte de Óbidos, como também é conhecido, parece não ter mais a mesma importância estratégica do passado. Lógico que não mais me refiro como ponto militar. Mas como um espaço de difusão do turismo. Aliás, consta no projeto que depois de restaurado e requalificado, o Forte deverá funcionar como espaço turístico de Óbidos. O prédio abrigará museubrinquedoteca e biblioteca, sala de exposição multiuso de média temporada, cine-auditório, lanchonete e oferecerá acesso à internet aos frequentadores.  E o que falta para que o espaço seja finalmente entregue a comunidade? Vontade política? Cobrança da população? Dinheiro?

E por falar em dinheiro, o projeto inicial foi orçado em R$ 2.283.080,69. Sendo que desse total a Prefeitura Municipal de Óbidos deveria entrar com a contrapartida. À época, a prefeitura alegou não ter o montante (mas parece que teve para o carnaval). Outra alegação por parte da prefeitura para justificar tal demora se deve ao fato da dificuldade de encontrar materiais para compor a estrutura original da obra e os entraves da burocracia. 
Será preciso que Portugal venha reconstruir a nossa história? Visto que a Fortaleza Pauxis é apenas um dos muitos monumentos deixados à própria sorte em Óbidos.

Um comentário:

  1. A informação do IPHAN de que os pagamentos foram feitos a um tomador de serviço é gravíssimo. Não restauram nada e quando aparece uma gorjeta de uma esmola para o restauro ainda saqueiam? Não posso nem reclamar o povo imbecil reelegeu o larápio

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