segunda-feira, 17 de novembro de 2025

TURISMO PREDATÓRIO...

...fruto de ganancia e ambição.

Isso não acontece somente aqui. Mais de trinta anos atras, Veneza e Atenas tiveram que enfrentar o problema da chegada de "revoadas" de turistas, mais parecendo "formigas de fogo", parecendo querer  destruir as cidades que visitavam. .. Veneza chegou a cobrar ingresso, para quem ia ver o "carnaval de Veneza", criando inclusive, nas ruas da cidade, mão e contramão para os pedestres. As ondas dos barcos, causavam problemas ambientais como a erosão das fundações dos prédios e descaracterizavam a cultura local, inclusive expulsando moradores.

Quem se preocupa, aqui, com os possíveis problemas causados aos "habitantes" dos nossos rios, ao menos?

Nós, não acostumados a ver tanto turista pela rua, decidimos aproveitar a oportunidade para... quem sabe, até enriquecer. Tudo começou bem antes do inicio da COP30 , com os preços exorbitantes das hospedagens, em hotéis ou casas de família. Belém começou a ficar famosa mundo afora, por esse comportamento, por essa corrida ao ganho fácil que piorou depois que o evento começou.

O preço das comidas foi a alavanca seguinte encontrada por alguns jornalistas para continuar a denigrar Belém. O passo consequente foi: como se aproveitam da fome dos turistas? e o salto nos preços das refeições foi demonstrado, em alguns casos.

Cabe lembrar que recentemente entrou em vigor a a Lei nº 14.978/2024, cuja intenção era alavancar o turismo e aumentar os tipos de  prestadores de serviços,  desburocratizando inclusive os investimentos nessa área.  

Não sei se em Belém já foram criadas  as Áreas  Especiais de Interesse Turistico, como previsto  pela recente lei Geral do Turismo, a qual estimula  o envolvimento de populações e comunidades tradicionais no desenvolvimento de um turismo  sustentável. Mas como isso funciona em Belém?

Este fim de semana foi caótico na área do Combú. Embarcações com até 500 pessoas descarregarem esse público em casas de familia, sem alguma condição de recepção, as vezes, nem de 50 pessoas.  

Aconteceu de tudo, até trapiches foram destruídos a causa do tamanho das embarcações. Reclamações também sobre falta de pagamento  por parte dos “atravessadores de turistas” e uma série de outros problemas pela falta, principalmente, de preparo  e seriedade das pessoas que trabalham nesse setor.

O contato com a natureza e a cultura local,  começa de onde partem as lanchas no terminal da Praça Princesa Isabel, em Belém. Quem está ali para ver para onde vão essas embarcações? Será que todas estão regularizadas inclusive com reserva de acolhimento?  Todos os locais tem  trapiche adequados ao recebimento de qualquer tipo de lancha ou navio? Qual o numero máximo de embarcações podem ter acesso a esses furos e igarapés por hora? É prevista uma velocidade máxima para essas embarcações?

No Combú os problemas foram mais sérios, mas Mosqueiro e Outeiro não ficaram fora da área dos problemas. Oficialmente não existe uma praia de nudismo registrada na região amazônica, mas chegaram vozes falando que isso  aconteceu numa praia do Mosqueiro. Em Outeiro, so a presença daqueles navios enormes, ja foi motivo de aglomeração...e as praias, sem infraestrutura adequada viram aumentar o número  de frequentadores. Quem sabe o lixo como é tratado nessas localidades.

Quem está se preocupando com essas praias? Todas elas tem...salvavidas?

Basta pouco para transformar o turismo de massa em turismo predatório. O nosso pode  acabar logo depois da COP30.

A tentativa de tirar proveito de ocasiões, sem levar em consideração os impactos negativos causados pela falta das devidas precauções, pode causar danos irremediaveis podendo levar à degradação ambiental e quem sabe, até a desintegração social. Ainda podemos corrigir isso.

ALGUEM VAI TER  QUE DAR MAIS ATENÇÃO A ESSA CORRIDA  AO... TURISMO DE MASSA.




sábado, 8 de novembro de 2025

COLONIALISMO CULTURAL


Ontem tive a oportunidade de participar de uma reunião da COP30 na UFPa.

Não sei dizer exatamente onde me encontrava, mas era perto da Reitoria.  Na porta da sala, nenhuma indicação, e nem me preocupei pois estava apenas acompanhando uma amiga professora.

Quando eu  entrei na faculdade de Economia da UFPa, ainda não existia  essa área na beira do rio.  Entrei em fevereiro de 1964 e a faculdade se  encontrava em dois prédios na Av. Nazaré, um em frente ao outro, antes do palacete Faciola. O ultimo ano, em vez, o fiz em 1967 na casa onde meu pai tinha morado e morrido em 08.08.1959, na antiga S.Jeronimo. Portanto nenhuma intimidade com a área  que  reuniu os estudantes depois do golpe de 64, num lugar so.

O Conjunto Universitário Pioneiro, situado às margens do Rio Guamá, foi inaugurado em 13 de agosto de 1968... eu já estava trabalhando como economista com os Prof. Wilton Brito e Henrique Osaki.  No ano seguinte, em 1969 fui embora estudar no exterior, assim nem cheguei a conhecer aquela estrutura. Fui vista-la, já no ano  2004,depois de ter voltado a morar aqui e estranhei logo o fato de não ter calçadas...nem alguma indicações dos prédios existentes....e ontem, continuei procurando indicações que não encontrei.

Por isso não  sei o local onde me encontrava nem o que se discutia ali. Numa sala com  capienza  para umas 50 pessoas, no máximo, não chegávamos a ser 30. No fundo da sala passavam um vídeo em inglês...sem tradução. Quando o video acabou continuaram a falar em inglês... Quando tive oportunidade pedi a palavra e perguntei porque naõ tinha tradução. Educadamente uma senhora que imaginei ser a responsável do evento, me explicou que o público tinha decidido o uso do ingles, mas que  tinha uma tradutora a minha disposição.  A moça veio, sentou-se ao meu lado, mas eu declinei a ajuda, e disse que entre as 4 linguas que eu falava, tinha o inglês, também. Falaram por mais uma meia hora e depois interromperam  para fazer uma  merendinha .

Sabemos que a Bacia Amazônica é composta pelo Brasil, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Venezuela, Guiana e Suriname e juntas essas nações abrigam 60% das florestas tropicais do planeta. Francamente pensei que portugues e espanhol também fossem as linguas oficiais.

Não posso dizer que o colonialismo cultural se apresentou sutuilmente porque o público presente optou pelo uso do ingles e não a do país que hospedava o evento. Para a comunicação global era o ingles a  lingua oficial principal, mesmo se naquela sala  so tinha um estrangeiro, pelo que notei. Afinal de contas o organizador principal dese mega evento era a entidade da ONU ,UNFCCC.

Uma pessoa, la do outro lado do mundo que seguia o vídeo  e que tinha ouvido a minha reclamação disse: se eu estivesse no Brasil ia falar em brasileiro.

O fulano que tinha acabado de falar em inglês, disse que podia até falar em espanhol, mas que deveriam providenciar tradutor, pois seus ouvintes eram franceses... Enquanto isso as pessoas tinham se levantado para  o café e eu pensava no que ouvi... dai pedi meu direito de resposta e disse:  no Pará  nós falamos, português; brasileiro se fala no sul do Brasil... Pra que, as mulheres presente se ofenderam  e o demonstravam ineducadamente. Decidiram que eu tinha ofendido o professor que era o equivalente francês do presidente do IBGE de lá... Maleducada, me chamaram.

Não nego a necessidade de terem salas adequadas a eventos em línguas estrangeiras, mas se vê que a UFPa não estava preparada para tanta procura, o certo é que ali não tinha esse equipamento.  E se aproxima de mim o professor/dirigente frances e me pergunta quais línguas eu falava e respondi: russo e italiano, também. Dai ele me perguntou em russo se eu falava russo... e veio uma mulher e falou uma frase  em italiano...errada, e eu corrigi... O nível estava baixando muito.

Pude apenas constatar que o colonialismo cultural era evidente, de ambos os lados:  compreensivel que a lingua oficial do evento fosse o ingles, mas... e fui embora, admirada do fato  que presenciei e pensando que, se todas aquelas pessoas ali presente, realmente falavam ingles, era ja algo de muito positivo, mesmo se  quem estava comigo não falava.

Me informaram hoje, que propuseram a criação  de uma moeda... ecológica.


                  A foto do evento,  que recebi hoje. Esses eram os ouvintes... Não notei a presença de nenhum indio ou ribeirinho... além de mim e da minha amiga, que moramos  na beira do rio Guamá.


sexta-feira, 7 de novembro de 2025

O NOVO TERMINAL DA TAMANDARÉ

...é na CIDADE VELHA, e fomos  nos informar quantos municipios serve: so Barcarena, nos responderam. POR QUE isso?

  Vamos aproveitar a COP30 para falar do que aconteceu em Barcarena, dez anos atras, porque nos admiramos que os navios que saem desse terminal,  vão somente para Barcarena... e não adiante dizer que é ”só por enquanto”.

  Aproveitaremos as informações lidas neste   artigo do dia 09/10/2025 https://reporterbrasil.org.br/2025/10/dez-anos-naufragio-5-mil-bois-impacta-comunidades-para/

Há 10 anos o navio Haidar, que transportava 5 mil bois vivos, naufragou no porto de Vila do Conde, no município de Barcarena. O navio continua submerso no mesmo lugar da tragédia — e o desastre segue como ferida aberta na vida das comunidades locais. 

 Metade da comunidade foi embora, principalmente crianças e idosos. Muita gente foi para Belém e Abaetetuba para esperar as coisas melhorarem.

Análise feita pelo Mapbiomas mostra que mais de 90% do desmatamento da Amazônia está ligado à abertura de pastagens. Entre 2015 e 2017, quase todos os bois exportados por Vila do Conde vinham de fazendas localizadas em municípios que estão entre os maiores desmatadores....

Segundo quanto lemos na Internet, em outro artigo  a  Noruega tem atividades em Barcarena, principalmente através da atuação da empresa Norsk Hydro, uma gigante global do setor de alumínio... e é, inclusive acionista majoritária (62%) da Alunorte.

É o caso de lembrar que a Albras é uma fábrica de alumínio primário, também localizada em Barcarena

As atividades da empresa em Barcarena têm sido objeto de atenção e controvérsia devido a preocupações e denúncias de impactos ambientais e sociais, incluindo vazamentos de rejeitos e contaminação de rios e comunidades locais.  Será que isso ja foi resolvido?O governo norueguês é um dos principais acionistas da Norsk Hydro. 

Dia 18 de março. de 2024  lemos que:  Mineradoras da Noruega e da França são responsáveis por metade dos desastres ambientais de Barcarena ... e descobrimos que o  polo industrial da cidade tem outras 92 empresas. A água, o ar e o solo foram brutalmente alterados. E a cidade ganhou uma nova estatística: desde 2000 houve ali, em média, um desastre ambiental por ano. De vazamento de substâncias como óleo, carvão, soda cáustica, ácidos, caulim e esgoto a incêndio em galpões químicos, passando por naufrágios que mataram milhares de bois afogados e até pela formação de uma nuvem de fuligem que cobriu um bairro da cidade.


Ficamos curiosos: será que algo a respeito de quanto supra será discutido estes dias em Belém? Não seria uma oportundade única? Ou será que está na base da ajuda proposta na COP30?   

Hoje fomos informados que a Noruega anunciou disponibilizar US$ 3 bilhões para o fundo de florestas proposto pelo presidente Lula. 

Gostariamos de saber como será usado esse dinheiro: - as denúncias relativas  ao problema dos impactos ambientais e sociais, os vazamentos de rejeitos a contaminação de rios e comunidades locais, terão outra ajuda, ou estão contidos nesta oferta?

-Quantos outros débitos tem com o Pará?

E a FRANÇA?  o que vai propor, quanto aos danos ambientais que também provoca por aqui, na Amazonia.

 NÃO DEVERIA SER ESTA A OCASIÃO BOA  DE RESOLVER ESSA REALIDADE CRIADA POR ESSAS ATIVIDADES ECONOMICAS?


 

 

domingo, 2 de novembro de 2025

DEPOIS DAS FESTAS...

 ... como fica o patrimônio?

Alguem precisa tomar providencias: quem autoriza essa destruição, ja que o Código de Postura é bem claro... ???

Como é que ignoram os artigos: 63, 79, 80 e 81. Não existe uma sanção/punição para esse funcionário que esquece a sua obrigação de salvaguardar, defender e proteger a nossa memoria histórica. E não é a única lei que ignoram, começam desde a Constituição, a Lei dos Crimes Ambientais,  o Estatuto da Cidade e a Lei Organica do Municipio.

Vimos que a total falta de  vigilância desde a inauguração da praça do Carmo em 2020, fez desaparecer imediatamente os fios elétricos enterrados, as plantas, as lampadas e os balizadores... Paulatinamente os skatistas aproveitaram e destruíram a escadaria e os muros de contenção do entorno... e ficou tudo por isso mesmo. 

Depois dessas ultimas festas onde quem ganha algo, ou seja, os beneficiados são so os vendedores de cerveja, vimos isso...
















A escadaria está pior agora que antes  de ser revitalizada a praça em 2020... Os skatistas aproveitaram e a deixaram nessa situação.










Sabemos nós, os moradores da praça, o que a trepidação faz com  nossas casas... a ponto de ser impossivel fazer video dos eventos.

Os 50 decibeis previstos  pelo CONAMA, ficam no papel que quem autoriza não aplica...

O dinheiro continua caindo  do céu... e providências  e vigilância para evitar que esses problemas continuem a se  repetir,  não aparecem.

Mas até quem organiza  essas festas não  tem o menor senso de responsabilidade e conhecimento das leis em vigor... assim como quem os protege e apoia. E continuam se apresentando como "salvadores" do  PATRIMÔNIO e debochando de quem, verdadeiramente o defende.

Quando a parte da comunidade mais séria,  começa a tentar incidir na solução dos problemas, e “atrapalhar“, com suas ações, atos, interpretações e pretensões, começam a aparecer novos problemas.

OS ORGÃOS PÚBLICOS COMPETENTES RECEBEM NOSSAS RECLAMAÇÕES,  E ALGUNS ATÉ RECLAMAM DA INSISTÊNCIA, MAS CONTINUAMOS NÃO VENDO ALGUM RESULTADO.


Deus! ó Deus! onde "estão" que não "respondem"?

Em que mundo, em qu’estrela "eles se  escondem"

Embuçado nos céus?





terça-feira, 28 de outubro de 2025

PALAVRAS AO VENTO: CALÇADAS

 

COITADO DO NOSSO CÓDIGO DE POSTURA...

Um ano atrás nos perguntamos, visto o modo de governar de um partido e que o desrespeito as leis avançava a passos largos...  https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2024/12/que-postura-e-essa.html

De nada serviu, como de costume, decidimos então  ver como cuidavam das calçadas e descobrimos quanto tinhamos escrito a respeito, incluindo fotos, sem obter algum resultado:

https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2015/02/sobre-calcadas-e-colaboracao.html

https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2016/02/as-calcadas-segundo-o-mpe.html

https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2016/03/cidade-cidada.html

https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2017/05/acoes-incompreensiveis.html (calçadas)

https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2018/05/e-as-nossas-calcadas.html

 https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2019/04/de-quem-sao-as-calcadas.html

https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2019/05/francamente-ate-tu.html

https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2019/08/as-calcadas-da-cidade-velha.html

https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2019/12/2-as-calcadas-da-cidade-velha-dr-malcher.html

https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2020/08/revival-das-calcadas.html

https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2020/09/atencao-as-calcadas-srs-candidatos.html

 https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2021/09/calcadas-de-novo.html

Nada mais que palavras ao vento, e hoje depois do que aconteceu com o famoso bar da Ester, na Cidade Velha, não encontramos nada para acrescentar , a não ser perguntar:

1 -P ARA QUE SERVEM AS LEIS NESTA NOSSA DEMOCRACIA?

2 - QUEM CONTROLA O RESPEITO DAS LEIS?

3 -  QUEM CONROLA A IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA?

4 -  TEM ALGUEM FORMADO EM DIREITO NOS NOSSOS ORGÃOS GOVERNATIVOS?



sexta-feira, 24 de outubro de 2025

UM, SIM... OUTRO, NÃO


Um dia destes, um fulano, ocupando um cargo importante num órgão municipal,  foi despedido quando o prefeito descobriu, através de reclamações feitas em mídias  várias, que usava uma casa-museu para ser.. tatuado.

Me vi frente a DOIS METROS... e DUAS MEDIDAS.

Logicamente me refiro a atenção que dão a algumas notícias e como ignoram outras. É o caso da poluição sonora: não causa danos?

O abuso, ou exibicionismo, daquele diretor que usou um museu, para ser tatuado, chamou mais atenção e causou mais revolta do que a poluição sonora que diariamente invade nossa área tombada... provocando danos concretos...não só, possíveis.

 Como é que, os funcionários que ignoram o Código de Postura e autorizam eventos ruidosos em frente a igrejas, hospitais, escolas, não são despedidos? Ou mesmo suspensos ou transferidos?

 O fulano em questão fez algo, onde não devia e foi punido por isso... e bem rapidamente, menos mal. Em vez, quem assina os alvarás autorizando o que as leis em vigor proíbem, porque não são tocados? Por que o povo gosta de barulho, ou, porque, com diz aquela uma do Auto do Círio, ”porque os romeiros pediram”... Colorir as casas em área tombada é a mesma coisa....

 Francamente, quando grafitam prédios da área tombada, não somente no entorno de igrejas, todos calam, como se não estivessem deturpando nossa memória histórica. Mesmo sendo considerado “arte”, estão violando uma lei que fala de “salvaguarda, defesa e proteção” de algo situado em área tombada.

 De nada serve uma arquiteta que se gabava de ser Master, me dizer que “não tem lei que proiba”... O “tatuador” podia ter usado a mesma resposta: cadê a lei que proíbe?

 Para ambos esses abusados, incluindo os funcionários públicos relapsos, vale a mesma lei que sublinha a necessidade de salvaguardar, defender e proteger nosso patrimônio. Para bom entendedor essas palavras bastariam, mas se vê que não estudaram Direito, ou não conhecem o sentido das palavras e deixam de lado as sutilezas das leis que não lhes interessam... como vemos em muitos outros casos.

 Questão de: conveniência, conivência, ou mesmo, ignorância das normas?

 Sugiro a visão dos artigos n. 63, 79,  80 e 81 do Código de Postura, principalmente para se certificarem do que diz, o menos essa lei...e dos abusos que  cometem até aqueles que se dizem defender o patrimônio.




quarta-feira, 22 de outubro de 2025

OS ROCQUE E OSWALDO COIMBRA

 

Anos atrás, falo dos anos 60, quando meu irmão Carlos Rocque era jovem e começou a publicar seus livros: paralelamente, um grupinho da UFPA, começou a fazer uma campanha, em surdina, para evitar que  ele ficasse famoso. Causa principal: ele não ter estudado na UFPa...

Os anos  passaram, ele escreveu e publicou, segundo relaciona Oswaldo  Coimbra no seu artigo, os seguintes livros/coleções:  

“Antologia da Cultura Amazônica”,  “História dos Municípios do Pará”, e “A Grande Enciclopédia da Amazônia”.

- Alguns livros esparsos.

- e um de pesquisa histórica: “Depoimentos Para a História Política do Pará”.

Sobre os autores desse movimento de isolamento, só ficou a lembrança dessa triste  e vergonhosa ideia. O que deixaram para a posteridade, além disso,  ninguém sabe. Nem o nome de nenhum deles  ficou na historia, ainda bem, mas o do Carlos, ficou, sim.

Sobre ele, aqui tem a mais recente informação detalhada,  escrita pelo jornalista Oswaldo Coimbr, e não é a primeira vez que lembra dele.. https://ver-o-fato.com.br/o-inventor-do-cirio-fluvial-e-a-rica-heranca-de-suas-criacoes-deixada-para-o-para/

Eu, em vez, conheci Coimbra logo que voltei para Belém e após ter criado a Associação CIVVIVA. Um dia, num bate papo informal, ele me falou do seu desejo de criar uma “Escola de Escritores” ... e nós da Associação querendo preservar nossa memória histórica...

 Esses sonhos se encontravam, sem querer, e imediatamente o Laboratório de Democracia Urbana da CIVVIVA, de um lado e o Grupo de Memória e Interdisciplinaridade da Faculdade de Engenharia Civil, do outro, levaram a cabo essa tarefa.

No finzinho do mês de maio de 2008, começamos a concretizar “nossos sonhos” Nasce a “Oficina Escola de Escritores”. A seleção dos alunos aconteceu dia 21 de junho; eram mais de cem  os inscritos para as vinte vagas prometidas. Acontece que, do resultado do mini vestibular que tinhamos feito, foram selecionados 37 concorrentes, pois o nível dos inscritos se  revelou superior ao que esperávamos.

No mês seguinte iniciaram, na Casa da Linguagem,  os encontros com os “futuros escritores”. Sábado de manhã, por três meses, o Prof. Coimbra prendeu a atenção de todos, durante 3 a 4 horas. O curso ia ter como resultado um livro e, pouco a pouco os temas iam sendo definidos.

No finzinho da oficina contamos com a presença de alunos das oficinas de Fotografia, Pintura, Desenho e Xilografia da Fundação Curro Velho, que ajudaram criando suas belas ilustrações.

Dia 10/12 entregamos a Gráfica Sagrada Família, o livro “Cidade Velha-Cidade Viva” para ser impresso. O lançamento do livro seria no dia do aniversario da CiVViva, e foi um sucesso... Maca Maneschy com seu violão alegrou mais ainda a festa.







A capa do livro com a relação de seus escritores.

o publico...








O tempo passou e hoje, durante a entrega dos trofeus relativos a 40a Romaria Fluvial descubro este artigo do amigo Coimbra... https://ver-o-fato.com.br/a-historia-desconhecida-do-novo-interesse-por-landi-em-belem/

Desta vez reconheceram com um trofeu, o feito do idealizador da romaria fluvial.

Obrigada amigo Oswaldo Coimbra, pelas lembranças. Parece que a história se repete, com os Rocque e outros que, agora, tentam falar do Landi em Belém.