Entre a Pça. da Sé e a Pça do Carmo, temos tres ruas que cortam a Siqueira Mendes e acabam na beira do rio.... ou seja, acabavam, pois agora estão fechadas.
1 - na trav. D. Bosco, que passa na frente da igreja do Carmo tinha, até 1975, um trapiche com um posto de gasolina. Quando este faliu, o vigia ficou morando ali e depois trouxe sua familia, parentes e aderentes, para aquela orla, que começou a ser ocupada e hoje não se vê mais nada do rio.
2- Na Joaquim Távora, na ultima casa, morava a minha prof. Terezinha Cardoso, desde sempre. Nos anos oitenta, seus descendentes acharam por bem, fechar a rua e colocaram um primeiro cancelo Ninguem notou e, portanto, nada foi feito até quando o Prefeito Edmilson tentou derruba-lo. Daí, eles colocaram um outro.... e ainda estão lá, bem trancafiados..
3- Desde o inicio do ano passado a Praticagem da Barra tenta ocupar a calçada da trav. Felix Rocque. Desta vez, os órgãos competentes foram informados em tempo e, por um período, foram suspensos os trabalhos, mas mantinham sempre algum veiculo na embocadura da rua, evitando a entrada de cidadãos ou curiosos. Agora os trabalhos reiniciaram e vemos que não so "ganharam" a calçada, mas ainda fecharam a visão do rio...
Desta maneira, abusiva, na Cidade Velha ficamos sem tres acessos ao rio, naquela Orla tão falada, mas, também, muito ignorada.
A que serve ler na Lei Orgânica do Município de Belém, no seu art. 129, que ...são considerados bens de uso comum do povo as praias
e os terrenos marginais aos rios e lagos, sendo assegurado, sempre, livre e franco acesso a eles, em
qualquer direção e sentido,...
Que valor tem as recomendações do MPE aos vários órgãos (IPHAN, SEURB,...) se não são respeitadas? A lei não prevê sanções em caso de desobediência?
Será só uma questão de Amigocracia?
Fotos de Moema Alves e Paula Sampaio
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