sexta-feira, 20 de março de 2015

O QUE VÃO FAZER COM ELES????

"A preservação da memória de um povo está diretamente relacionada à conservação de seu patrimônio cultural."  Em Belém os exemplos contrários a essa predicação, são muitos, e cada
vez que vemos uma casa antiga, em qualquer rua de Belém, nos perguntamos se podem derruba-la. Principalmente se, na sua frente, ja estão  todas as indicações de que isso vai acontecer.

Não somos os únicos a ter essa preocupação, outros, mesmo se poucos, também se preocupam com nosso "patrimonio". e aqui vai um exemplo que nos chegou hoje, sexta-feira, dia muito bom para derrubar esses casarões. Nos diz Pedro Paulo que:

"Na 6a. feira passada (13.03), percebi que havia uma turma de trabalhadores retirando entulhos do imóvel há muito abandonado, situado na rua O´ de Almeida nº 125, entre trav. Frutuoso Guimarães e trav. Campos Sales, bairro Campina. Não é nenhum palacete, mas, está ao lado de um outro imóvel também abandonado, e ambos são representativos de períodos ou estilos arquitetônicos de Belém.


"Ontem (19.03), observei que há uma obra no imóvel nº 1508 da trav. Padre Eutíquio, entre av. Cons. Furtado e rua Tamoios, bairro Batista Campos. Este casarão, com fachada de azulejos, está abandonado há muitos anos também.





"E ainda há um outro, igualmente há muito deteriorado, mas, que faz parte de alguma instituição em atividade, pois, ao passar pela rua, percebo que há uma quadra de esportes dentro do terreno. A fachda, originalmente revestida de azulejos, está muito deteriorada, e deveria merecer melhor cuidado da parte dos proprietários, já que não se trata de prédio abandonado, e tem cobertura. Fica na rua Arcipreste Manoel Teodoro (não sei o número), entre trav. Padre Eutíquio e rua Presidente Pernambuco, quase em frente a Praça Ferro de Engomar.  

Acredito que não se trata de imóveis tombados, mas, pelas características estilísticas da volumetria, devem ser resguardados."


São tres exemplos de abandono, mesmo se a UNESCO, em trabalho denominado “O Homem e Seu Ambiente”, preconiza que: 

“A coletividade nacional integralmente deve participar da proteção e  da valorização do patrimônio cultural. Essa preservação e valorização constituem um processo dinâmico que implica uma participação de todas as categorias sociais e uma ação propulsora constante e imaginativa”.

Bela frase, e basta! Como preservar sem dinheiro? Os incentivos, bem raramente chegam as mãos dos proprietários; vão para as instituições que compram os prédios mais chamativos, mas atraentes. Enfim, so os mais bonitos, ou bem grandes. Os menores, acabam transformando-se em estacionamentos.

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