terça-feira, 13 de agosto de 2013

POR FALAR EM INDIOS

... e patrimônio.

Na recente Conferencia Municipal de Cultura, notei a total ausência de interesse pela cultura indígena. Após a apresentação de algumas pessoas com trajes  diferentes (nenhum com plumas, porém), fiquei esperando alguma informação sobre as tribos indígenas presentes, mas não aconteceu.

Durante as discussões nada se ouviu a respeito deles. Na comissão (3) onde eu  estava, também o argumento foi ignorado. Dai, chegando em casa procurei me informar e encontrei, para mim, essa novidade.

Em 2008, a Lei 11.645 tornou a temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” obrigatória no currículo oficial da rede de ensino. A carência de material didático para dar subsídio a essas disciplinas, era enorme. Foi criada então uma ONG, Thydêwá, que começou a reunir jovens indígenas, estudantes universitários, para produzir material de apoio a professores e alunos.

Em 2008, quanto atraso, heim, gente!  

Em 2011, foi criado “o site Índio Educa, onde é possível encontrar artigos a respeito de diferentes etnias e tribos brasileiras, todos escritos por indígenas. Os assuntos são diversos, e vão de aspectos históricos ao cotidiano.”

A partir de 2011, quem ouviu falar disso? Quantos pesquisaram esse site? Seria realmente interessante saber o índice de visitas do mesmo. Pena que nenhum representante deles compareceu e fez ouvir sua voz na Conferência para nos informar como está funcionando essa lei e como precisa incrementa-la. Essa atitude proativa deveria ser aplaudida e conhecida por todos, pois poucos são os exemplos de quem não fica só correndo atrás das ações do poder público


 Nos documentos distribuídos na conferência só tinham os pedidos da comunidade afro-brasileira. Parece até que o problema da cultura indígena já está resolvido... como o do patrimônio arquitetônico, que também foi ignorado totalmente.

DULCE ROSA DE BACELAR ROCQUE

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