...
e patrimônio.
Na recente
Conferencia Municipal de Cultura, notei a total ausência de interesse pela
cultura indígena. Após a apresentação de algumas pessoas com trajes diferentes (nenhum com plumas, porém), fiquei
esperando alguma informação sobre as tribos indígenas presentes, mas não aconteceu.
Durante as discussões
nada se ouviu a respeito deles. Na comissão (3) onde eu estava, também o argumento foi ignorado. Dai,
chegando em casa procurei me informar e encontrei, para mim, essa novidade.
Em 2008, a Lei 11.645 tornou a temática “História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena” obrigatória no currículo oficial da rede de ensino.
A carência de material didático para dar subsídio a essas disciplinas,
era enorme. Foi criada então uma ONG, Thydêwá, que começou a reunir jovens
indígenas, estudantes universitários, para produzir material de apoio a
professores e alunos.
Em
2008, quanto atraso, heim, gente!
Em 2011, foi criado “o site Índio Educa, onde é possível encontrar artigos a respeito de diferentes
etnias e tribos brasileiras, todos escritos por indígenas. Os assuntos são
diversos, e vão de aspectos históricos ao cotidiano.”
A partir de 2011, quem ouviu falar disso? Quantos pesquisaram
esse site? Seria realmente interessante saber o índice de visitas do mesmo. Pena
que nenhum representante deles compareceu e fez ouvir sua voz na Conferência
para nos informar como está funcionando essa lei e como precisa incrementa-la. Essa
atitude proativa deveria ser aplaudida e conhecida por todos, pois poucos são os
exemplos de quem não fica só correndo atrás das ações do poder público.
Nos documentos distribuídos
na conferência só tinham os pedidos da comunidade afro-brasileira. Parece até
que o problema da cultura indígena já está resolvido... como o do patrimônio arquitetônico,
que também foi ignorado totalmente.
DULCE ROSA DE BACELAR ROCQUE
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