domingo, 22 de dezembro de 2013

Para discussão

Relativamente a proposta de criar um reconhecimento a cidadãos que, voluntariamente, valorizam nossa luta em defesa do patrimônio cultural de Belém, segue abaixo a proposta de edital pra discussão.
Aguardamos propostas.

·         Art. 1. O Laboratório de Democracia Urbana,  ponto de referência da Associação Cidade Velha-Cidade Viva (Civviva) na defesa do patrimônio cultural de Belém, vem propor o Título "Carlos Rocque", visando o reconhecimento do  esforço cidadão de valorização da nosso patrimônio e identidade cultural.
·          § 1º: A homenagem a Carlos Rocque se faz necessária por sua contribuição à história do Pará, sem ter, para tanto, vínculo acadêmico ou institucional.
·          
·          Art. 2. Durante o ano uma comissão ficará incumbida de acompanhar os trabalhos de conhecimento público que, pessoas físicas fazem gratuitamente e voluntariamente contribuindo assim para o reconhecimento de Belém em seus aspectos culturais, promovendo inclusive as visões críticas e de pertencimento à cidade.
·         § 1º: A outorga do título se fará no dia 12 de janeiro de cada ano, após avaliação por comissão designada pela CiVviva e Laboratório de Democracia Urbana que escolherá o trabalho de um homem e de uma mulher.
§ 2º: Não haverá valor pecuniário associado ao referido reconhecimento.     

sábado, 14 de dezembro de 2013

Acho que vamos criar um premio...



Estou pensando, como Civviva,  em criar um premio, um reconhecimento, para quem ‘lembra’ do nosso patrimônio histórico-cultural.

Lembra? Como?   Fazendo algo pela nossa história, pelo nosso patrimonio, que ninguem lhe pediu; que ninguém o obriga a fazer; que ninguem o paga. O faz por prazer, porque quer, porque gosta de Belém.

Por que isso? Porque notei que, ultimamente, algumas pessoas estão  fazendo um trabalho louvável , relativamente ao nosso ´patrimonio’. Nem todos são acadêmicos , ou pagos para seguirem esse problema. O fazem por prazer, por amor a nossa historia, a nossa  memória.

Isso vem crescendo nestes últimos meses.  Um impulso, com certeza foi o trabalho da Dra. Goretti , que, como uma formiguinha, fez um levantamento da historia arquitetônica da Cidade Velha  e começou a apresentar a paraenses e turistas.  Ensinou a olhar aquilo que ninguém via, e um passou para o outro a noticia, e os olhos se abriram para uma realidade de duas faces: uma boa, a cultural, e uma ruim, o abandono.

A seguir, e sem nenhuma ligação com isso,  a entrada no Facebook de algumas pessoas que não  se  limitam a colocar fotos de cartões postais antigos, aumentou, qualitativamente, o conhecimento do patrimonio histórico de Belém.  É o caso do amigo José Vasconcelos Paiva, com sua coleção de fotos (próprias), com sua curiosidade, com seu conhecimento, nos mostrou outra Cidade Velha, ainda desconhecida a muitos. Mostrando  ângulos e detalhes, conta histórias que não estão escritas, que nos levam a pensar. Desse modo salva uma memória, alias, reconstroe essa memória,  gratuitamente, para todos...e não se limita somente ao bairro aonde mora.

Outra pessoa que merece um reconhecimento, mora em Fortaleza, mas é daqui. Falo de Graça Falangola Gonçalves, cujo amor por Belém a leva, diariamente a postar, fotos de construções novas e antigas, para nos chamar a atenção sobre o que temos, no Gente de Belém. Bom ou ruim que seja o que posta da nossa realidade,  em tres meses conseguiu chamar a atenção de mais de 1600 pessoas interessadas no argumento.

Outros, timidamente, dão seus primeiros passos, lembrando fatos, estorias e histórias não escritas, usando os blogs a disposição... e isso tem que ser apoiado, incentivado, pois so nos faz crescer, conhecendo nosso passado. O José Varella faz isso ha bastante tempo no Face, e agora, seu exemplo tem uns seguidores, ainda bem.

Em Icoaracy nasceu um jornal, que não sai diariamente, mas creio  de 15 em 15 dias, e que está denunciando o abandono das casas antigas da orla. É mais uma ideia que merece apoio e reconhecimento, que faz crescer os cidadãos, que abre os olhos do povo para essa realidade..

O Face, não podemos negar, ajudou e muito  o aparecimento e crescimento desse fenômeno na midia.  Dá possibilidade as pessoas de tirarem das gavetas aquilo que a Academia, muitas vezes esconde, por questões de ‘defesa da propriedade criativa’... Dá possibilidade a divulgação de descobertas feitas por ‘não academicos’ e que servem, também, para formar nossa memória. 

Mais do que um premio, talvez seja melhor dizer que é um reconhecimento de ação cidadã. Involuntariamente estão ajudando o nosso crescimento, e isso deve ser apoiado, louvado, reconhecido.

Acho que vou propor o nome de Carlos Rocque a esse 'reconhecimento', por ter tido seu trabalho  snobado por aqueles que  podiam fazer mais pela cultura do Pará, mas que, não produzindo nada,  preferiram, ignora-lo.



Logo que decidir com os sócios da Associação, avisarei.