quarta-feira, 2 de junho de 2021

UMA ILHA EM TERRA FIRME


Na sua opinião a Cidade Velha, no mapa de Belém, se encontra aonde? Na ilharga do bairro de Nazaré? Na cercania do rio Guamá? Perto da UFPa?  E é o que? Arrabalde? Subúrbio? Periferia? ou é uma ilhota?

Devemos lembrar que  a Cidade Velha, além de ter uma parte tombada,  é composta, também, de uma parte bem mais recente, onde encontramos a Estrada Nova e seu entorno desembocando na área do S. José Liberto. Digamos que a Av. Tamandaré é o divisório entre essas duas áreas, e... a Av. 16 de Novembro, é aquela que nos afasta, nos isola do resto da cidade...

O fato de não se ter mais que atravessar o alagado do Piri para ir para o lado de lá da cidade, não é que diminua o tempo de resolução dos problemas que essa área tem. Como as outras ilhas que fazem parte de Belém, mesmo os menores problemas levam tempo para serem resolvidos.

Francamente poderíamos ser, vista a atenção que nos dão, uma ilha a mais entre as que fazem parte de Belém. Uma ilha em  terra firme... a 40a ilha. Alias, ano passado ja tinhamos dado essa sugestão, seria bom ir ler:  https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2020/02/a-quadragesima-ilha.html

Poderia, porém, ser uma Cidade a mais, como foi escrito no banner da família Tuma, colocado na janela de seu casarão no canto da trav. Felix Rocque com a Tomasia Perdigão.


Vamos ajudar quem pretende melhorar Belém, lembrando que, de fato MAIS QUE UM BAIRRO A CIDADE VELHA É UMA CIDADE pois temos:

- PREFEITURA;                                                        

- Assembleia Legislativa;

- Tribunal;

- Ministério Público;

- Museus;

- Igrejas;

- Portos;

- Mercados;

- Escolas;

- Restaurantes;

- Poços.

- Profissões várias: costureiras, doceiras, eletricistas, enfermeiras, ferreiro, padeiro, pedreiro, sapateiro,  etc...

- e temos orla, também,

Precisam descobrir que a Cidade Velha não tem, porém:

- hospital;

- pronto socorro;

- estacionamentos;

- faculdades;

- biblioteca;

- arborização;

- creches

-...E a devida  atenção dos órgãos públicos.

O que mais OS ORGÃOS PUBLICOS NÃO VÊEM QUE FALTA:

- Vigilância em geral;

- Vigilância nas praças 24h/dia;

- Sinalização da área tombada;

- proibição de entrada de carretas e outros veículos pesados;

- proibição de fogos de artificio;

- luta à poluição sonora;

- desocupar o meio da rua da Av. Tamandaré

- retorno do uso das calçadas pelos pedestres;

- estacionamento para  os usuários dos órgãos públicos.

- estacionamento para clientes de outras atividades já existentes;

- exigência de estacionamento para novas atividades;

- balizadores nas calçadas de liós;

- atenção aos ribeirinhos.

E eles, os ribeirinhos? Quantos sabem onde eles fazem suas compras quando chegam na Cidade Velha?

- na Siqueira Mendes;

- na Dr. Assis;

- na Praça do Carmo;

- na D. Bosco;

- na Gurupá;

- na S. Boaventura

- e quando precisam de médico ou dentista, onde vão atrás???

E tem quem proponha substituir esse comércio, com bares... se vê qwue ignoram a existencia e as necessidades dos nossos vizinhos, ribeirinhos de bem 39 ilhas.

E quem nota que esse bairro tombado recebe poucos turistas porque suas calçadas são intransitáveis?  Quantos deles chegam a ver o Palacete  Pinho,  o Porto do Sal ou esta casa do sec.XVIII ?








Mesmo insistindo nas denuncias, os problemas dessa área são ignorados como aqueles das ilhas onde se chega de navio, barco ou po-po-pó... 


Quem lê nossas propostas as ignora, pois não vemos nem a Guarda Municipal nem a Policia Militar, nas praças a defender nosso patrimônio. Não as vemos controlar as praças a pé... e de dentro da viatura, notam bem pouco... 

Quantos balizadores sobraram na Praça do Relogio? Na Praça do Carmo, uns dez foram roubados até o mes de maio. Não vemos o Conselho Tutelar cuidar de nossas crianças que ficam até tarde da noite por ruas e praças. Continuamos a ver carretas de trinta metros pelas ruinhas da área tombada, ajudando a piorar a situação, inclusive, de casas de privados cidadãos. Estes dias de chuva, duas casas cairam na Pedro de Albuquerque... como ajudar essas pessoas?

Como programar o bairro sem conhecer as especificidades da área? Por que não cuidar de melhorar a vida dos cidadãos resolvendo esses problemas. O Município deve promover e estimular a participação da comunidade local através de suas organizações representativas para poder corrigir e melhorar o que é necessario. Se cumprida essa exigência legal, e lendo as denuncias feitas atraves deste blog, se amplia o necessário conhecimento e a resolução de problemas das várias áreas em estudo, por quem pouco a frequenta. Vir assistir o Auto do Cirio, não é conhecer a Cidade Velha, mas sim ajudar a destrui-la com a poluiçao sonora que começa com os ensaios...

 Não é nada desejavel uma reinvenção  da Cidade Velha, ignorando a defesa da nossa memória e incrementando atividades que implicariam em maior trânsito de veículos automotores, e consequente maior desgaste da infraestrutura urbana local e do entorno.

   VAMOS PENSAR NISSO, TAMBÉM?


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