Em setembro
de 2018 num almoço na minha casa, propus a algumas pessoas fazer um
levantamento de dados relativamente e poluição sonora. A trepidação provocada pelo barulho/ruido na Cidade Velha estava aumentando diariamente e a olhos vistos, e isso causava danos ao patrimonio historico.
Não tinhamos somente o carnaval a produzir danos, mas, com certeza, era o principal. Deixamos de lado as trepidações causadas pelas carretas e outros veiculos que passeiam pelas ruinhas da Cidade Velha.Tinhamos que escolher um, entre os causadores de trepidações.
Não tinhamos somente o carnaval a produzir danos, mas, com certeza, era o principal. Deixamos de lado as trepidações causadas pelas carretas e outros veiculos que passeiam pelas ruinhas da Cidade Velha.Tinhamos que escolher um, entre os causadores de trepidações.
Eu tinha
iniciado a falar da trepidação que sofriam os prédios públicos e privados durante
os vários tipos de manifestações na área tombada da Cidade Velha; dos danos ao Museu
do Estado, provocados por aquelas manifestações que aconteciam em frente a Assembleia
Legislativa; dos fogos de artificio lançados na saída das noivas depois de casamentos
nas igrejas da praça da Sé; do que estava causando a todos os prédios tombados,
as paradas em frente de monumentos, do Auto do Cirio além do período
de seu ensaio na praça do Carmo.
De imediato essas informações, novas no âmbito da poluição, começaram a ser discutidas. Se pensa sempre e so no carnaval... em vez, tem muito mais. Quem ia imaginar o nível de barulho provocado pelos trios elétricos durante manifestações
em frente a Alepa e suas consequencias? No seu entorno temos o IHGPa, o MEP, a Prefeitura, todos prédios tombados.
Nenhum dos
convidados morava na Cidade Velha, portanto os ‘fogos das noivas’, foi outra
novidade. O Auto do Círio, todos conheciam, porém... nunca se pensa nas possíveis
destruições ou danos que causavam aquelas ‘paradinhas’ em frente aos nossos cinco
mais importantes monumentos históricos.
A ideia era conseguir professores universitários, funcionários públicos e cidadãos engajados com a defesa, concreta, do nosso patrimônio histórico, para emprestar o seu apoio cidadão e profissional a tal tarefa.
Devo ter
tocado na corda justa pois, após alguns esclarecimentos quanto aos fatos
citados, os convidados toparam fazer algo....e esse algo era começar medindo os decibéis durante o
carnaval, pois o Cirio estava muito perto e não ia dar para organizar algo
a respeito.
O assunto
mudou de rumo. A
nossa intenção seria oferecer os elementos científicos necessários à construção
de argumentos capazes de equilibrar os interesses em jogo, em prol da
preservação do patrimônio belenense, paraense e nacional. Como fazer isso, porém? Quem tinha os instrumentos de medição? Como
obtê-los? Esses eram os problemas principais para poder levar em frente a ideia.
Foi proposto um plano de
mobilização de instituições públicas e
sociedade belenense para a preservação do Centro Histórico de Belém, Pará, Brasil. Que tal conversar com o
Ministerio Publico? ... e protocolamos uma carta onde nos apresentávamos e pedíamos
um encontro com Procurador
Chefe do Ministério Público Federal no Estado do Pará, Dr. Alan Rogerio Mansur
Silva...e ficamos esperando.
O nome de
uma Universidade veio a tona. Escrevemos para a pessoa indicada e em poucos
dias tinhamos sua disponibilidade total. Ofereceu não somente os aparelhos que necessitávamos,
mas inclusive faria a difusão dos resultados. Exultei.
Começamos a ver a disponibilidade de casas a serem utilizadas para as medições. Por questões de segurança, não era conveniente nem possivel, durante carnaval, usar tais aparelhos no meio da rua, entre os foliões. Esses pontos de apoio foram logo encontrados: os moradores foram disponiveis.
Por outro lado as pessoas disponiveis a ajudar começavam a ser organizadas. Em janeiro de 2019 um grupo de vinte pessoas entre professores, mestres, doutores, estudantes e outros profissionais estava formado e foi redividido em quatro grupos que serem dirigidos aos locais que já tinham sido devidamente controlados e onde iam instalar os aparelhos de medição. Tres desses pontos se encontravam entre a igreja da Sé e a Tamandaré e um na Praça do Carmo.
Por outro lado as pessoas disponiveis a ajudar começavam a ser organizadas. Em janeiro de 2019 um grupo de vinte pessoas entre professores, mestres, doutores, estudantes e outros profissionais estava formado e foi redividido em quatro grupos que serem dirigidos aos locais que já tinham sido devidamente controlados e onde iam instalar os aparelhos de medição. Tres desses pontos se encontravam entre a igreja da Sé e a Tamandaré e um na Praça do Carmo.
O trabalho
era voluntário e seria feito em duas ocasiões: uma durante o carnaval e outra
um mês depois... e foi feito.
As nossas
opiniões a respeito do barulho-ruido durante o carnaval foram confirmadas. A
poluição era altíssima. Outros motivos também mereceriam ser controlados, mas
não garantimos tanta disponibilidade, por enquanto.
Agora se
aproxima o momento de apresentar os resultados que já temos.
Aguardem.
Dulce Rosa de Bacelar Rocque
Olá Dulce, por favor nos envie os resultados.
ResponderExcluirPablo Serrano
Portal Acústica