quinta-feira, 26 de março de 2020

PROPOSTA DE RELEITURA


Aproveitando o tempo livre deixado pela pandemia e a obrigação de ficar em casa, aconselhamos a releitura desta nossa nota, pois, quando acabar o nosso 'retiro forçado', o problema voltará a tona.

Quem sabe a Prefeitura aproveite e instale os 'balizadores, propostos pelo IPHAN 
em agosto de 2019, E OS VEJAMOS PRONTOS PARA IMPEDIR ABUSOS APOS  A 'REVITALIZAÇAO' EM ATO NA PRAÇA DO CARMO.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013


EM QUE LÍNGUA DEVEMOS PEDIR SOCORRO?



Em toda Belém, depois da isenção do imposto para compra de  carros, vimos aumentar o nosso parque automobilístico. Não aconteceu uma renovação, porque os velhos carros não foram substituídos pelos novos: deu-se uma adição de novos, aos velhos.

A esse puro e simples aumento, também não vimos o surgimento de ruas e estradas ou travessas, novas. O aumento do transito se deu em cima das estradas, ruas e travessas já existentes...parcas e muitas, malcuidadas. O mesmo diga-se relativamente a vagas para estacionamento: não vimos um paralelo e côngruo aumento de garagens e estacionamentos. Resultado, mais dificil ficou andar pelas calçadas.



Aí, começamos a presenciar  algo de estranho na Cidade Velha a respeito de transito.  Nestes últimos quinze dias, principalmente,  notamos um aumento maciço do transito de carretas e caminhões pelas ruinhas da Cidade Velha...passando pela frente da Catedral (tombada).

Um vai-e-vem de carretas, bem superiores a 10 ton., passam desesperadas, a procura de estacionamento para poderem entregar suas mercadorias às lojas. A Praça do Carmo é a zona mais procurada, pois mais próxima da Siqueira Mendes, com suas lojas de motores, e da Dr. Assis, onde desde material de construção, redes de pesca, barcos de madeira, maquinas de açaí, anzóis, lâmpadas e várias outras minuterías são vendidas. A Tv. D. Bosco é a sede principal dessa procura de espaço.


Logicamente, esses comerciantes tem todo o direito de terem refornecimento de mercadoria, o problema é: como?  Os meios usados são de todos os tipos, mas o problema é a trepidação causada, principalmente, mas não somente, por aqueles maiores, ajudados pelos ônibus que já trafegavam por aqui.

Não são de hoje os problemas criados pelo excesso de transito na Cidade Velha. É incontável o número de casas que tiveram sua estrutura abalada nesses últimos anos. As rachaduras a causa da trepidação são evidentes na maioria das casas da Dr. Assis e entorno. O problema é que  ninguem reclamou, e ficou por isso mesmo.

Talvez se tivéssemos alguma autoridade morando em casa própria na Cidade Velha, numa dessas ruas em que se  sente o aumento do transito, algo já teria sido feito. As reclamações feitas pelos ilustres desconhecidos  residentes no bairro à CTBel/AMUB, não deram nenhum resultado.

Outras cidades já tomaram providências, mesmo se intimadas pela Justiça. O juiz da 1ª Vara Cível da comarca de Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, concedeu liminar, em ação da promotoria de Justiça, proibindo o trânsito de caminhões, carretas, ônibus e outros veículos pesados no Centro Histórico, que é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) e município, igual aqui. Isso feito para dar mais proteção para o conjunto arquitetônico, monumentos e demais bens culturais de Santa Luzia.

A Câmara Municipal de São João deI Rei  proibiu o trânsito de caminhões, carretas e congêneres, transportando cargas que venham colocar em risco o patrimônio imobiliário de nossa cidade. Para resolver o problema dos comerciantes foram  estabelecidas regras: “Os comerciantes ou particulares interessados no transporte de mercadorias, quando estas forem transportadas em um só veículo deverão providenciar para que não ultrapasse a tonelagem especificada...”

O avanço da degradação do patrimônio cultural provocou a reação de sete cidades mineiras que, com ações independentes, mas com foco na preservação, estão sendo adotadas medidas importantes para evitar danos aos casario dos séculos 18 e 19 e a destruição de monumentos que encantam moradores e atraem turistas.

No sul, também  providencias estão sendo tomadas: “A partir de julho, os caminhões de carga passam a ter o acesso restrito na área central de Cuiabá,...” e assim por diante. Por que em Belém isso não acontece? Em que língua devemos pedir socorro para sermos ouvidos? Será que vamos ter que recorrer, nós também, para que sejam tomadas providências?

 Hoje tinham cerca de dez motocicletas da ROTAM paradas aqui na Praça do Carmo a espera de um veiculo maior que chegou lá pelas 15 horas. Eles podem servir de prova e confirmar o movimento de carretas que aconteceu enquanto estavam ali...de fronte de uma igreja tombada, que está sendo restaurada.

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