terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Esse nosso PATRIMÔNIO..


                ... e quão pouca gente o defende.

O transferimento do ‘pre-carnaval’ para o entorno da aréa tombada da Cidade Velha, não foi apreciado pelos moradores da Tamandaré... como não o era por muitos moradores de onde estava antes.

O fato da poluição sonora poder provocar danos aos prédios tombados, não entra em muitas cabeças, principalmente se querem ganhar dinheiro com essa festividade.

Dois abaixo-assinados estão rodando por ai: um a favor e outro contra o carnaval na área tombada. Está ganhando aquele que apoia a destruição do patrimônio... so não sabemos se todos os que assinaram moram na área tombada; o nível de instrução dos assinantes; o poder aquisitivo deles; o nível de pertencimento da cidade, enfim, que opinião eles tem sobre a salvaguarda da nossa memória histórica.

Em outra parte da área tombada, onde o carnaval parece não interessar, se vê a destruição, o abandono de prédios azulejados... Roubos de azulejos por todo canto, denunciados em continuação, mas sem algum controle. A Campina entra nessa questão, também nos fins de semana, enquanto na Cidade Velha se divertem, destruindo com a poluição.

Aqui funcionava a Sesma, orgão da Prefeitura: Padre Eutiquio/Pça da Bandeira.






Qual é o nível de ‘pertencimento’ que tem os moradores e os administradores de Belém?  Quantos aceitam a existência de uma área tombada para salvar nossa memória histórica? Qual trabalho foi feito para levar o povo, incluindo muitos politicos, a aceitar o tombamento da Cidade Velha e da Campina?

Duas ou três pessoas se preocupam em levar cidadãos às áreas tombadas, contando sua história, reavivando ou abrindo a cabeça das pessoas sobre esse “problema”... porque isso é um problema concreto. Infelizmente não vemos, porém, apesar da validade dessas ações, aumentarem as reclamações ou a solidariedade com quem luta contra esse abandono. Uma ajuda, um suporte a essas ações seriam necessárias, Algumas campanhas educativas na televisão ajudariam muito.

Querer mudar o modo de vida e a propenção da Cidade Velha a servir, inclusive os ribeirinhos, enchendo de bares ruas que ha anos vendem produtos que nas ilhas do nosso entorno não tem, é um absurdo que nem os politicos se preocupam em evitar.

A poluição sonora na área tombada da Cidade Velha continua e não conseguimos saber o resultado das relevações que, dizem, a DEMA está fazendo neste pre carnaval...e ela, a vilã dos ruidos, continua até depois que acaba o carnaval, agora, inclusive, ajudada pelo foguetorio das noivas ao sairem das igrejas. 

Ano passado, quando a Civviva resolveu verificar o nível da poluição sonora, encontramos a DEMA fazendo o mesmo, e no dia seguinte todos foram informados dos resultados. Jornais e televisões falaram do argumento. Por que este ano isso não está acontecendo? Por que não somos informados do nivel da poluição sonora verificado este ano? Ela não acabou, gente!

A Policia Militar está fazendo o possível para que os problemas sejam reduzidos nesse pre carnaval, acontece que o nivel de educação do povo não ajuda. Na praça do Carmo tem quem faça ruído/barulho desde as 15h, até quando lhe parece oportuno. Na praça da Sé, temos ‘quebra das placas, calçadas destruídas pelos q estacionam sobre elas e TRÂNSITO nas calçadas todos os dias e muita, mas muita sujeira por todo lado’.

Entendemos que a PM e a GM estão ocupados no lugar da concentração dos blocos, assim os abusados tomam conta da  área descoberta. Não somente depois da dispersão na Tamandaré, deveriam aparecer nas praças da área tombada. Onde estão, porém, os outros orgãos municipais?

O chamado pre-carnaval é so um aspecto do problema 'defesa do patrimônio histórico' o qual abarca muitos outros problemas e instituições....e nem sempre as vemos em ação.

Entre os cidadãos de bem de Belem, somos pouquissimos a nos preocupar com as áreas tombadas. Infelizmente tem razão Otto Lara Rezende que ha tempos ja dizia...


 De tanto ver, a gente banaliza o olhar

– vê... não vendo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário