Vivendo e aprendendo... Este ano vai sair na Cidade
Velha o ’BLOCO DA SÉ’.
Me veio em mente a surpresa do Padre Gonçalo quando o Iphan
comunicou o fim dos trabalhos de restauro da Sé e disse que para o futuro a defesa do patrimônio
ia ser um problema deles. Disseram de modo educado que as próximas necessidades
da igreja, deveriam ser cuidadas por eles mesmos.
O Padre so pensou nas goteiras provocadas nem sempre
pela chuva, mas também pela potencia dos aparelhos usados nas várias
manifestações e que provocam trepidações...
e, por ocasião da primeira pintura da Catedral se certificou de como tinha
razão: a despesa era deles e era grande.
A indiferenza é mais culpada do que a propria violencia... e a a apatia moral de quem se VIRA PRO OUTRO LADO, abre caminho para a incivilidade.
A indiferenza é mais culpada do que a propria violencia... e a a apatia moral de quem se VIRA PRO OUTRO LADO, abre caminho para a incivilidade.
O tempo passou e, com o apoio da maioria, o Conselho Pastoral Paroquial achou justo que a
igreja fizesse, este ano, um bloco
durante o carnaval, dizem de louvores
e aproveitasse para vender camisetas para ajudar o uso da energia solar na
Catedral. Uma novidade que está dando o
que falar pois nem todos os moradores estão de acordo e dizem que vão dar os 25 reais, que é o preço
da camisa para o Padre, para
ajudar no uso da energia solar , mas não
querem a camisa DO BLOCO para
não fazer propaganda.
Praticamente
a Igreja da Sé se junta a quem polui o
ambiente tombado... pensarão alguns, mas isso não é
verdade. Quem mora na Cidade Velha, principalmente na área
tombada, tem a possibilidade de dizer quantos dias durante o ano, são as
igrejas a poluírem o ambiente, com suas festas. Devem pensar: se os outros fazem, porque nós não¿ E
armam um Arraial na frente da Catedral e de Sto Alexandre, para festejar, em
setembro o dia de N. Sra., e dura mais de uma semana...
Isso até os ‘ceremonialistas de casamento’ são capazes
de dizer sobre o que acontece nessas ocasiões. Devem, de fato, fazer tudo de portas fechadas, ou pedir que abaixem
o volume das bandas que alegram o arraial, além do foguetorio que acontece por cont da igreja, também. Sem falar da dificuldade dos
convidados e dos noivos de estacionarem
e/ou chegarem até a porta da igreja... E custa caro casar naquelas igrejas ali...
Em junho, temos as festa de S. João em frente a obra-prima
do Landi, que se encontra no meio de tantos
órgãos que deveriam até defender o patrimonio, como o Ministério Publico, por exemplo.
Vários dias com um Arraial funcionando com musica alta, além de fogos bem
barulhentos no jardinzinho anexo que virou
‘comelodromo’ de quem frequenta os Tribunais e outros órgãos.
A igreja do Carmo é a menos visada. Os moradores de
rua que se estabeleceram no lado da Joaquim Távora, espantaram não so os fieis
que iam as missas, mas os casamenteiros também. Diminuiu de muito o numero de
casamentos e, as missas, so tem uma, agora, dia de sábado, as vezes acompanhada
com barulho de tambores...porém, se acontece algum casamento, os fogos também são usados na saida das noivas.
Sobre os fogos apos a ceremônia, o Padre diz que não é de sua competência, mas, mesmo se não fosse o reponsavel pela igreja, uma palavrinha sobre esse foguetorio e os danos que causa a patrimônio, poderia ser dita, mas reconhecemos que valeria para eles (da igreja) também...
Sobre os fogos apos a ceremônia, o Padre diz que não é de sua competência, mas, mesmo se não fosse o reponsavel pela igreja, uma palavrinha sobre esse foguetorio e os danos que causa a patrimônio, poderia ser dita, mas reconhecemos que valeria para eles (da igreja) também...
Esses são alguns exemplos do que é feito pela igreja e
seus frequentadores em detrimento do patrimonio histórico. Este ano porém, o
passo foi mais largo: a área interna ao complexo do Carmo situada ao ar livre e do lado da Igreja do
Carmo, vai hospedar o Bloco da SÉ, como diz o Convite colocado na Redes
sociais.
Quem se preocupa com a defesa do Patrimônio Histórico
so pode perguntar: mas lembraram da poluição sonora? Quais precauções foram tomadas? O IPHAN e o Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio, foram
ao menos informados? Deram parecer a respeito? A Semma e o DPA autorizaram
a quais condições? qual
será a altura dos decibéis? e vão controlar?
A Fumbel, também responsável pela defesa e
salvaguarda do nosso Patrimônio Histórico, quando reuniu para falar de carnaval,
incluiu esse bloco ? Se, sim, com
quais condicionamentos? Não vimos
uma ata a respeito dessas reuniões, por
isso perguntamos.
Lembramos que esta Associação foi reconhecida de Utilidade Pública para o Município de Belém
com LEI Nº 9368 DE 23 DE ABRIL DE 2018. É melhor que não ignorem essa constatação, por que estamos presentes no territorio e continuaremos a denunciar o não respeito das normas em vigor, de qualquer parte ela venha... apesar das intimidações que os mais incivis começaram a fazer.
Dulce Rosa de Bacelar Rocque
Presidente Civviva
Dulce Rosa de Bacelar Rocque
Presidente Civviva
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