sexta-feira, 11 de setembro de 2020

3 - CONVERSA COM OS CANDIDATOS...


Na cidade de Collecchio, na Itália, os fogos de artificio não fazem barulho. Todas as festas que acontecem por lá só podem ter fogos de artifício silenciosos. Existe uma empresa que implanta esses fogos especiais, que podem ser usados em diversas ocasiões. Eles apenas emitem luzes, sem causar explosões. 
Ja que gostamos tanto de "fogos", por que não aproveitar para defender nosso patrimônio Histórico com esse tipo de ...pirotecnia? (parece que fabricam em Vigia, algo assim)

3 -CONVERSA COM OS CANDIDATOS...

Poluição e companhia.

Na Cidade Velha, num raio de cerca duzentos metros, temos as igrejas mais antigas de Belém. Uma de suas funções é ser palco para casamentos vistosos e... rumorosos. De fato agora é de moda poluir a área em frente das igrejas, na hora da saída dos noivos, já marido e mulher.

A quantidade de fogos de artificio que soltam as 23 h... (que é  quando terminam alguns casamentos) é uma coisa inimaginável. A poluição sonora que acontece é o maior exemplo de cafonice, ignorância, mal educação e gasto inútil de dinheiro que se possa imaginar que aconteça na frente de um prédio tombado.

Agora pensem quantos fins de semana tem em um ano; quantas sextas feiras e sábados? Vamos multiplicar so pelas duas igrejas da praça da Sé e tirando o mês de julho que ninguém casa, chegamos próximo aos duzentos dias de estrondosos barulhos.

Mas a farra não acaba aí pois temos as festas santificadas, quando arraiais são montados nas portas das igrejas tombadas, com tanto de banda superando os 100 decibeis durante todo o período e fogos no fim da noite.

Não vamos esquecer as manifestações politico/reivindicatórias em frente da ALEPA, com trios elétricos superando os decibéis previstos nas normas vigentes a ponto de caírem estuques e quadros dos Museus ali situados.

O carnaval e o Auto do Cirio fecham essa incivilidade toda em frente as nossas igrejas e prédios tombados. Se somarmos todas essas manifestações  vamos notar que bem poucos dias sobram de calmaria.

A essa trepidação provocada por tais ‘ru-idos’, se deve acrescentar as buzinas dos veículos guiados por apressados e nervosos condutores que ajudam a aumentar a poluição sonora dessa área tombada, onde, quem deveria cuidar da fiscalização... é sempre ausente.

As pessoas que autorizam, apoiam e participam dessas manifestações  são todas pessoas que se consideram cultas e civilizadas, mas esquecem que ali, além dos prédios tombados, vivem também pessoas, muitas delas idosas, além de animais de estimação e daqueles que dormem nas arvores... Será que sabem o que provoca essa barulheira nos seres vivos? Não deveriam fazer exceções nem as ordens religiosas nem a  universidades que dão maus exemplos.

SE, com o tombamento de parte da Cidade Velha a intenção era salvaguardar, defender, proteger, cuidar da nossa memória histórica, algo deve ser feito de bem mais concreto, pois é evidente que com o que vemos acontecer, os resultados serão bem diferentes das intenções. O que resulta ser  uma enorme incoerência, principalmente, enquanto esse ato de tombamento não for regulamentado.

Não bastam campanhas televisivas ou publicidades fora e dentro dos ônibus, mas sim a implementação e obrigatoriedade nas escolas, desde o nível fundamental até o último ano do ensino médio,  de aulas de educação patrimonial,  educação ambiental e educação para o trânsito. Se possível até para adultos, incluindo  Guardas e Policiais. Depois, além da necessidade de autoconvencimento dos dirigentes da administração, é o caso de começar a aplicar multas bem salgadas...

Por ai dizem que “Cada vibração é equivalente a um sentimento e, no mundo "vibracional", há apenas duas espécies de vibrações, a positiva e a negativa.” Qual é a sua?


VAMOS CUIDAR DIREITO DESSA ÁREA TOMBADA, 

                                          POR FAVOR?

 

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