Uma historia que se repete.
Cem anos atrás, mais precisamente em 1915, Belém se preparava para festejar seus 300 anos. A celebração teria inicio em fins de dezembro e terminaria no começo de 1916. Um Comitê Patriótico foi criado para organizar o evento e, este, nomeou uma Comissão Literária. Um edital tinha sido feito em 15 de abril de 1915, em Belém, abrindo concorrência para a elaboração de um livro sobre a Fundação da cidade.
Cem anos atrás, mais precisamente em 1915, Belém se preparava para festejar seus 300 anos. A celebração teria inicio em fins de dezembro e terminaria no começo de 1916. Um Comitê Patriótico foi criado para organizar o evento e, este, nomeou uma Comissão Literária. Um edital tinha sido feito em 15 de abril de 1915, em Belém, abrindo concorrência para a elaboração de um livro sobre a Fundação da cidade.
O presidente do Comitê, Dr. Ignacio Batista de Moura,
após informar-se com amigos, escolheu o
historiador maranhense Prof. José Ribeiro do Amaral, autor inclusive do livro “Fundação
do Maranhão” em 1911, para tal
feito. No dia 2 de julho de 1915,
escreve remetendo-lhe o edital e
pedindo-lhe para elaborar “uma detalhada memória histórica sobre a jornada de Francisco Caldeira de Castelo
Branco do porto do Maranhão para a fundação de Belém (1615-1616)”. Será que ninguem respondeu ao edital?
O trabalho foi feito com
toda a cura e atenção. Todas as clausulas do referido edital foram religiosamente observadas e em data 8
de dezembro de 1915 o autor enviou à Comissão Literária Julgadora sua obra.
Já se vislumbrava o fim do ciclo da borracha; a entrada em rápido declínio da economia amazônica se via em todos os setores. A Primeira guerra mundial, já em ato na Europa, não melhorava a situação econômica da Amazonia...
Os anos passaram e o manuscrito
de José Ribeiro do Amaral, continuou inédito. A copia existente na Biblioteca Municipal de S. Luis ficou guardada até 1951, quando foi entregue a família. Depois da morte do autor a viúva presenteou
a José Sarney.
Somente em 2004 foi editado pelo Senado Federal, volume 31 "Fundação
de Belém do Pará – Jornada de Francisco Caldeira de Castelo Branco em 1616". Será que vai acontecer o mesmo com os de agora???
Que fim levou a copia do
manuscrito enviada a Belém e por que não foi publicado, não cheguei a
descobrir. Quem sabe a crise resultante
da guerra e da perda do monopólio da borracha foram os motivos da não publicação?
Nestes 400 anos não foi diferente. Uma crise, também, dizem ser a causa do pouco ou nada do que foi programado ter sido feito.
As dificuldades parecem se repetir por ocasião dos centenários de Belém, so que desta vez, não vimos editais para livros.
As dificuldades parecem se repetir por ocasião dos centenários de Belém, so que desta vez, não vimos editais para livros.
Mas quanto azar trazem esses centenários !!
Passado com essa história e mais uma vez o fdp do Sarney interfere nas nossas coisas. Essa praga não morre e todo tremendo ontem estava sentado logo atrás do temer.
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