Durante a campanha eleitoral do ano passado, a Civviva, apoiada pelo Ministério Público Federal, pelo
IPHAN, pelo Conselho Regional de Contabilidade e pelo Instituto do Arraial do Pavulagem,
realizou, com êxito, uma Conversa com os
pré-candidatos a Prefeito de Belém.
O argumento desse exercício de cidadania era o
nosso Patrimônio Histórico e as perguntas a serem respondidas pelos candidatos a
Prefeito, eram:
- Como proteger, defender e
preservar o Patrimônio Cultural de Belém?
- Qual a sua proposta de políticas públicas
para o centro histórico de Belém?
Pouco depois, o
Ministério Público Estadual foi mais além e propôs um TERMO DE COMPROMISSO
AMBIENTAL, o qual foi assinado pela
quase totalidade dos candidatos a
Prefeito de Belém. Em tal documento seis pontos foram a base do compromisso, levando em consideração a necessidade de “assegurar recursos no Orçamento Municipal para as
politicas públicas de proteção e defesa do meio ambiente, de saneamento, de resíduos
sólidos, de habitação, transporte e mobilidade urbana e para politica e sistema de Unidades de Conservação e
áreas públicas protegidas e de valorização
do patrimônio histórico, tendo como base diagnóstico ambiental do município, realizado com a participação da sociedade.”
Dos seis pontos, o primeiro deles é mais atual do que nunca
e nos toca de perto pois fala de ‘valorização e conservação do patrimônio
histórico’. De fato diz:
1- - Promover a regulamentação e implementação do
Plano Diretor do Município, garantindo a institucionalização e funcionamento dos
instrumentos de gestão, controle, informação e participação da sociedade, com
destinação de recursos do orçamento municipal para essa gestão para fundos setoriais... destacando-se a
elaboração do plano de valorização e conservação do patrimônio histórico.
Urge a elaboração deste plano e a regulamentação do PDM. Enquanto esperamos que seja feito, porém, autorizações são dadas, muitas delas
prejudicando a defesa e a valorização da nossa memória histórica. Vemos, de fato, o aumento
da poluição sonora; a depredação das
calçadas de liós; o desrespeito das leis do transito com aumento da trepidação
de igrejas e casas e um pioramento, generalizado, no modo de viver nesse bairro.
Tudo isso feito e permitido, ignorando boa parte das leis em vigor e,
esquecendo a necessidade de estacionamento e garagens para os clientes das
atividades autorizadas.
Se prestarmos atenção, a Cidade Velha é o coração politico, econômico, religioso e turístico de Belém. Aqui estão a Prefeitura e a Assembleia Legislativa; os Ministérios Públicos e o Tribunal; as principais igrejas históricas, além da Catedral. Temos num raio de 100 metros a maior concentração de museus de Belém. ...e estacionamentos para toda essa demanda, quantos foram feitos?
Se prestarmos atenção, a Cidade Velha é o coração politico, econômico, religioso e turístico de Belém. Aqui estão a Prefeitura e a Assembleia Legislativa; os Ministérios Públicos e o Tribunal; as principais igrejas históricas, além da Catedral. Temos num raio de 100 metros a maior concentração de museus de Belém. ...e estacionamentos para toda essa demanda, quantos foram feitos?
Há anos falamos da necessidade de resolver o problema de
garagens para quem vive em área tombada.
Os poucos estacionamentos existentes na Cidade Velha não são suficientes
para seus moradores, como continuar a autorizar locais noturnos e outras atividades
ignorando essa necessidade? Autorizar um
shopping sem estacionamento, além do mais, resulta um gravíssimo erro, além de ir contra tudo aquilo que as leis pretendem salvaguardar.
Quanta poluição do ar será gerada enquanto os automobilistas girarão as
ruelas da Cidade Velha procurando um pedaço que seja de calçada de liós (tombada) para
estacionar, em concorrência com os moradores?
Quanta poluição sonora provocarão esses mesmos ‘doutos’
automobilistas, quando, buzinarem, irritados
por estarem parados atrás de vans e kombis quando pegam
clientes? O mesmo acontece já com os pais
quando vão buscar os filhos na porta dos colégios na Praça do Carmo e na
Dr. Malcher.
Aumentar esses problemas não ajuda certo a defesa do nosso
patrimônio histórico. Bem venha então a realização de quanto previsto
nesse TERMO DE COMPROMISSO AMBIENTAL.
A Cidade Velha convida todos os apreciadores do nosso patrimônio histórico a começarem a rezar desde a Transladação deste sábado para que isso aconteça antes do Cirio do ano que vem.
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