Mais do que isso, achamos que é a Lei que
financia a cultura, que foi desvirtuada. Alguém se apossou dela fazendo, por
exemplo, espetáculos em praças da área tombada ignorando outras leis e/ou
problemas mais sérios.
Sabe a história do "Panem et circenses"? Pois bem, essa é
uma expressão em latim que significa "pão e circo". No novo “pai dos
burros” da internet ela é descrita como “uma
prática de entretenimento superficial e apaziguamento popular, frequentemente
usada para desviar a atenção de problemas mais sérios”.
A ”amigocracia”
também faz parte dessa arrumação. O método utilizado para escolher os artistas
para essas apresentações organizadas com
dinheiro público, não é feito através de editais, pelo que sabemos.
Do interior
do estado ou mesmo da cidade, alguns artistas desocupados podem encontrar um
espaço, depende do seu conhecimento
interpessoal, pois editais públicos, não vemos a esse respeito.
Outro
problema nasce quando o barulho começa... superando os decibéis previstos em
lei. Acontece que o Código de Postura proíbe qualquer tipo de manifestação barulhenta
a menos de 200m de distancia de igrejas, hospitais, escolas, etc.
independentemente do horário e dos decibéis.
Em algumas praças da área tombada da Cidade Velha, seria então proibido, não somente o Auto do Cirio, o Arraial do Pavulagem e qualquer outro evento ... ruidoso. Mas quem é pago para aplicar as leis, onde se encontra? Quem autoriza esses abusos?
Nesse caso,
seja a ética que a estética e as leis, são ignoradas, e quem sofre é o patrimônio
histórico com tanta trepidação, e nem vamos falar de pessoas idosas, autistas e
animais que vivem no entorno de onde se realizam essas festas.
Tem quem se desculpe dizendo que “acontece uma vez por ano.” Questão de ignorância da realidade da área em questão. Esse ruído vai se juntar aqueles provocados por carretas com dezenas de pneus que passam por onde não deveriam; aos ônibus enormes de turistas que depois estacionam em frente a igrejas tombadas; aos trios elétricos funcionando em frente a ALEPA (e a sede da Prefeitura e ao MEP) e no seu entorno, durante e depois, inclusive, do carnaval e, por fim, aos fogos de artifício usados quando as noivas saem das igrejas depois do casamento.
(reparem alguem levantando os fios elétricos para o trio poder passar, na Dr. Malcher)A somatória diária dessa trepidação toda nada tem a ver com estética ou natureza do belo, nem com urubús afastando as telhas dos prédios: é uma questão de falta de ética, de incivilidade, de não aplicação das normas, apenas isso.
Ninguém se preocupa em melhorar os “procedimentos” a fim de sanar os danos com a aplicação das leis em vigor, que, infelizmente, a escola esquece de ensinar.
A QUEM TOCA RESPEITAR
E FAZER RESPEITAR AS
LEIS EM VIGOR EM BELÉM?
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