quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

PATRIMÔNIO: SACO SEM FUNDO

 

Já temos bem claro, a causa das experiencias vividas, que, consertar o nosso patrimônio histórico e não colocar a PM ou a GM a controlar seu uso, não dá bons resultados.

O prefeito Zenaldo inaugurou dia 26 de novembro de 2020, o restauro e requalificação da praça do Carmo. Aproveitou e colocou cerca de 100 (cem) balizadores no seu entorno, para evitar que motoristas incivis que frequentam os locais noturnos da Siqueira Mendes, a usassem como estacionamento público.

https://laboratoriodemocraciaurbana.blogspot.com/2020/12/a-post-requalificacao-da-praca-do-carmo.html

No mesmo dia da inauguração chegaram, porém,  alguns  "desportistas", os quais recomeçaram a usar de modo irregular e delinquencial a escadaria novinha em folha além dos muros dos canteiros. Os moradores se revoltaram pois até os canteiros eram pisoteados, e começaram a pedir socorro a quem de direito, que, quando chegava não conseguia resolver o problema, completamente, pois, apenas se afastavam tudo de errado, voltava a acontecer.  Meia hora de presença, as 9h da manhã, de nada servia, se tudo acontecia de noite.

Muda o governo: por que o poder público não providenciou a atuação diuturna de uma guarnição da Guarda Municipal na Praça do Carmo? Afinal, é obrigação legal da PMB a defesa nosso patrimônio público. Para a Fumbel, porém,  eram apenas  arranhões.  Porque não acorreu para cá nenhuma emissora de televisão, para registrar e divulgar nossos pedidos de socorro, e de defesa de todo o gasto dispendido na obra de reforma da praça? A defesa do nosso patrimônio histórico não merece atenção?

Existem várias câmaras na praça. Até a GM colocou uma, uns dois anos atras...Não entendemos para que. A CIOP  nos disse  que so ativa as suas durante o Cirio. Achamos que o controle não deve ser feito quando os delinquentes estão dormindo. Ou seja, às 9 h  a praça está vazia: as atividades de "skatistas" e "futebolistas" amadores começam à tarde e à noite. É quando surgem também os “aviõezinhos” e abrem os locais noturnos da Siqueira Mendes que o problema aumenta.

O tempo passou e no primeiro ano roubaram tudo: a fiação elétrica enterrada; as lâmpadas (bem umas cem); os postes, as plantas e... os balizadores. Resultado, os incivis voltaram a estacionar seus veículos no meio da praça.

Incrivel que, fatos idênticos aconteceram nas outras tres praças, restauradas, paralelamente. Da praça do Relógio, não vimos nem ao menos uma foto dos balizadores: não duraram 24 horas.














Ontem, ao amanhecer, vimos homens trabalhando na praça do Carmo... Vão refazer a fiação enterrada, disseram .... mas será que depois vai ter vigilância? Vão aplicar e respeitar os artigos do Código de Postura, para, inclusive, educar os cidadãos demonstrando que conhecem as leis em vigor? 

Nenhuma placa se vê no entorno da praça dando indicações do que vão fazer. Será outro PAC? Tomara que comecem a lutar contra a poluição sonora, pois as leis também falam disso.
















A COP 30 não deve ser usada só para melhorar a visão da cidade para os turistas. O “metro” usado para defender nosso patrimônio não deve ter duas medidasO cidadão, que vive a cidade, mesmo depois da COP30 tem direitos permanentes a segurança e muito mais, em todos os sentidos.
https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2016/10/estacionamentos-em-area-tombada.html
Por exemplo, as calçadas devem  ser levadas em considreção também... Quem deve usa-las? Não devem ter "direito" somente os postes  ...












ou esquecer os transeuntes  permitindo que  automóveis entrem no porão, transformado em garagem, ou

cobrindo com cimento as pedras de liós para evitar que a água da chuva entre nas lojas, após a cobertura dos paralelepípedos com asfalto, cada vez mais alto.


... nem permitindo o estacionamento de veiculos de qualquer tipo, ou propriedade, em locais que as leis dizem ter nascido para os pedestres.














NÃO SOMOS CEGOS.  

Essa é a experiência que temos, vivendo na área tombada, onde ninguem aplica as leis como se deve... independentemente do partido que está nos governando.

Onde fica o fundo desse poço... dos anseios perdidos?

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

DISCURSO DE UMA LATINOAMERICANA

 

IRMÃOS, NÃO NOS ENGANEMOS: O INIMIGO É O MESMO PARA TODAS AS CIDADES DA NOSSA INDO-AMÉRICA.

Claudia Sheinbaun

Presidente do México

(espero não seja fake)

"Por que o imperialismo quer nos ver divididos? 

Porque sabe que juntos somos invencíveis. Os EUA, potência que se veste de democracia enquanto exporta golpes de Estado, espetaram as garras na nossa terra com uma estratégia clara: dividir para saquear.

No Chile, financiou o golpe contra Allende para impor Pinochet e dar o cobre às suas corporações.

Na Nicarágua, ele armou os Contras para afogar em sangue a Revolução Sandinista.

Na Venezuela, desencadeou uma guerra económica e sanções criminosas para roubar o petróleo e derrubar um povo que se atreveu a olhar para o futuro com soberania.

No Brasil, ele usou a Lawfare para prender Lula e travar a ascensão dos pobres.

Na Bolívia, apoiou um golpe contra Evo Morales para entregar o lítio aos seus transnacionais.

Em Cuba, mantém um bloqueio genocida por seis décadas, punindo um povo que escolheu ser dono do seu destino.

Das terras ardentes do Rio Bravo às águas embravecidas da Terra do Fogo, somos um só povo, uma só alma tecida com os fios da resistência, dignidade e sonhos compartilhados. A Pátria Grande não é uma utopia: é o batimento cardíaco da nossa história, a memória viva daqueles que lutaram para nos ver livres, de Tupac Amaru a Bolívar, de Martí à Che Guevara. É o território sem fronteiras onde o quechua, o espanhol, o português, o guarani e todas as vozes originárias se fundem num coro que canta: Unidade!

Cada ferida aberta em um país é um ataque a todos. O imperialismo não teme governos isolados: teme os povos unidos. Impuseram-nos tratados que privatizam a água, a saúde e a educação; militarizaram os nossos territórios para controlar os recursos; manipularam os meios de comunicação para semear o medo e o individualismo. Mas a sua arma mais letal é fazer-nos acreditar que somos inimigos, que a pobreza de um é culpa do outro, e não do sistema que nos sangra.

A Pátria Grande é a resposta. É o abraço solidário entre o trabalhador argentino e o camponês colombiano; entre a professora mexicana e o engenheiro venezuelano; entre os jovens que nas ruas do Peru, Equador ou Honduras exigem justiça. É entender que a independência do Haiti, alcançada com sangue em 1804, é tão nossa quanto a vitória de Ayacucho. É saber que quando o Paraguai foi massacrado na Guerra da Tripla Aliança, eles não perderam apenas os paraguaios: perdemos todos.

Unidos não somos vítimas: somos titãs. A Zamba de Vargas, a batalha de Carabobo, o grito de Dolores, a resistência mapuche, as Mães da Plaza de Maio, os sapatistas levantando a voz em Chiapas... Toda luta é um elo da mesma corrente que hoje nos chama a quebrar as correntes. Soberania não se negoceia: defende-se. E para defendê-la, precisamos de uma união política, económica e cultural que nos permita trocar sem depender do dólar, produzir alimentos sem agrotóxicos, educar com pedagogias libertadoras e proteger nossa Amazônia como pulmão do mundo.

Irmãos, não nos enganemos: o inimigo é o mesmo.

* Enquanto Wall Street especula, nossos povos famintam. Enquanto Hollywood nos vende falsos ídolos, eles enterram nossas identidades.

Mas nós temos algo que eles nunca terão: a certeza de que a história é escrita pelos povos.

Hoje, quando o neoliberalismo recicla seu rosto com falsas promessas, quando a Quarta Frota Americana vigia as Caraíbas e as bases militares se multiplicam na Colômbia e no Brasil, é hora de gritar a uma só voz:

Chega de interferência! Chega de pilhagem!

Que a UNASUR ressurja, que a ALBA cresça, que a CELAC seja o nosso escudo. Vamos organizar assembleias populares, redes de comunicação própria, moedas regionais, exércitos de mestres e artistas que despertem consciências. Porque a verdadeira independência se conquista com educação, organização e amor ao próximo.

*Somos a geração que pode tornar realidade o sonho de San Martin e Manuelita Saenz.

* Não esperemos que nos resgatem: sejamos nós a trincheira, o poema, a semente. Que cada bairro, cada fábrica, cada sala de aula seja um território livre da Pátria Grande.

Viva a América Latina unida! Até a vitória sempre!

Porque na nossa união está a força, e na nossa luta a liberdade."


Claudia Sheinbaun 

Presidente do Mexico

sábado, 22 de fevereiro de 2025

O BECO DA PROFESSORA


No fim da Joaquim Tavora, ainda temos um portão fechando a vista do rio... Eram três, apesar  da Lei Orgânica do Município de Belém, no seu art. 129, afirmar que ...são considerados bens de uso comum do povo as praias e os terrenos marginais aos rios e lagos, sendo assegurado, sempre, livre e franco acesso a eles, em qualquer direção e sentido,...


Alguns ousados tentaram abrir  esse portão para o uso dessa área pela cidadania, sem conseguir; essa visão do rio, na Cidade Velha continuou fechada. Eram três as ruas da área tombada da Cidade Velha que terminavam no rio, mas sobrou so a trav. Felix Rocque porque, muitos de nós, cidadãos,  impedimos que a fechassem alguns anos atras...

Aqui um resumo de como era a situação em 2014.... LABORATORIO DE DEMOCRACIA URBANA “Cidade Velha-Cidade Viva”: OUTRO ESTUPRO NA CIDADE VELHA

Eu, no inicio dos anos 50 do século passado, estudei nessa casa. A prof. Terezinha Cardoso também me ensinava no Grupo Rui Barbosa, situado atras da igreja de S. Joãozinho. Saia correndo da minha casa na 16  de Novembro, onde hoje tem um Ministério Público, depois do almoço, sob um sol quentíssimo, para chegar até a beira do rio, onde ficava sua casa. Uma escada enorme nos levava para a sala onde estudávamos.














Pouco mais de dez anos se passaram daquela luta para evitar o fechamento de outra rua que dava para o rio: a Felix Rocque. Conseguimos evitar aquele  fechamento, mas não conseguimos re-abrir a  Joaquim Távora.


Hoje correm noticias que isso vai mudar. Abrir aquela rua que continuou fechada para o deleite da cidadania, apenas, ninguém conseguiu... Mas agora vemos gente trabalhando, por lá.


Correm vozes que vai abrir algo, para ganharem dinheiro. De fato dizem que vai abrir  um restaurante, por ali,  que esperamos tenha, também,   estacionamento para seus clientes, pois na praça do Carmo não tem mais vaga...

Espaço para estacionar tem a beça, caso abram o portão que fica no canto do casarão que vemos na foto, pintado de amarelão estes dias (salvando a memória sabe la de quem com essa cor)...



Resta saber se o IPHAN foi ouvido... e, quem sabe, pretendeu, ao menos,  estacionamento para os clientes mais incivis ... não usarem a praça.

Dizem que são dois restaurantes... e um ja está sendo inaugurado... do lado de fora, ocupando a praça.

Resta saber se o que estabelece o art. 228. 1, da Lei Organica do Municipio sobre a "colaboração da comunidade" e "as formas de acautelamento e preservação", continua sendo ignorado.


Fotos da CIVVIVA.


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

UM BAR NO CINE OLYMPIA?

 

"Há poucos dias tenho ouvido rumores de que há a previsão(1) da inclusão de um bar, nas obras de restauro do Cinema Olympia.

Espero que as pessoas que decidem sobre essa tema tenham a sensibilidade de descartar essa infeliz ideia, considerando que o cinema está prestes a completar 113 anos de existência como um tradicional ponto de cultura de nossa capital, e que não há compatibilidade com as atividades e movimentos inerentes ao funcionamento de um bar, e suas inevitáveis implicações.

Ademais, a existência desse mencionado bar implicaria em reduzir ainda mais a capacidade de público do cinema.

Afinal, já há a previsão de instalação de um ambiente para café; além de salas com funções museológicas; que também, aparentemente, não se coadunam com a existência de um bar na mesma edificação.

É preciso atentarmos para o fato de que, há nas proximidades o belo, charmoso e tradicional Bar do Parque, que cumpre muito suas fuções, há muitas décadas.

Cabe lembrar que o Cinema Olympia, segundo a Lei Municipal Ordinária n° 8.907, de 13.03.2012, em seu Parágrafo Único do art. 1°., "...é, exclusivamente e permanentemente, um centro de exibição audiovisual."

E como frequentador do Cinema Olympia, desde a minha infância, assim como muitos assíduos frequentdores, tenho a expectativa e absoluto interesse de que o Cinema Olympia não seja desvirtuado de suas tradicionais atividades exibidoras de conteúdo audiovisual.

PEDRO PAULO DOS SANTOS


1) PREVISÃO de quem? Os Conselhos do Patrimônio fora interrogados a respeito?