...quem sabe, ambições ou ego de alguem???
Belém, relativamente ao Patrimônio Histórico, é, praticamente dividida entre a União, representada pelo IPHAN; o Estado, pela SECULT, e o Municipio pela FUMBEL.
O primeiro ato de tombamento em Belém é de 1940, feito pelo atual IPHAN, assim identificado:
135-T-38 1. Coleção Arqueológica e Etnográfica do Museu Emílio Goeldi - Belém-PA 30/05/1940
No ano seguinte nossas igrejas mais antigas foram lhe fazer companhia:
234-T-40 2. Igreja Catedral de Nossa Senhora da Graça (Igreja da Sé)-Belém-PA 03/01/1941
236-T-40 3. Igreja e Convento de N. Sra do Carmo e Capela da Ordem Terceira do Carmo- Belém-PA 03/01/1941
388-T-44 4. Igreja e Convento de Nossa Senhora das Mercês Belém-PA 03/01/1941
235-T-40 5. Igreja de Santo Alexandre e Palácio Arquiepiscopal (Colégio dos Jesuítas)- Belém-PA 03/01/1941
237-T-40 6. Igreja de São João Batista- Belém-PA 03/01/1941
Iniciava desse modo a defesa/salvaguarda/proteção da nossa memória histórica. Os principais prédios da cidade começaram a serem reconhecidos como parte da nossa história. (http://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2010/11/relacao-de-bens-culturais-tombados-pelo.html )
Em maio de 2012 é o IPHAN que reconhece o nucleo inicial da história de Belém, "O Diário Oficial da União publica nesta quinta portaria do Ministério da Cultura que homologa o tombamento do conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico dos bairros da Cidade Velha e Campina, no centro histórico de Belém. A área tombada forma o núcleo de povoamento inicial da cidade, capital do Pará."
(http://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2012/05/homologacao-do-tombamento-da-cidade.html
Se completava em tal modo o reconhecimento a nivel nacional das origens de Belém.
Porém, se formos olhar os bens tombados em Belém pelos três órgãos citados, sentiremos falta de alguns prédios que jazem no abandono mais total... coisa que acontece, inclusive, seja com aqueles tombados singularmente seja com aqueles tombados em bloco.
Um
exemplo que assustou todos: a casa situada na chamada praça
“Ferro de Engomar” com seus azulejos de Boulanger, vandalizados. Outros casarões, fora do Centro Historico,
foram tombados singularmente, quando já estavam imprestáveis. Um deles foi o
Teatro S. Cristovão, em frente a antiga Casa dos Governadores, hoje
Secult. Ambos são exemplos da situação de
abandono, mesmo se tombados singularmente.
Enfim, dentro ou fora do Centro Histórico, tombado singularmente ou em bloco, o fato é que o abandono é visível e o desinteresse é maior. Se levarmos em consideração a área tombada pelo IPHAN, temos alguns prédios que a UFPa se preocupou em salvaguarda-los, comprando-os a preços irrisórios, dizem as “más linguas”. O casario da Alameda do Castelo e a Capela Pombo, são dois deles.
Foto de reinaldosilvajr no istgram
Tal ação foi feita com tanto de promessa de recupera-los,
mas...isso não aconteceu até agora apesar das solicitações do IPHAN. O interesse pela preservação parece ter acabado no momento
da aquisição, pois até agora nada aconteceu em ambos os casos.
A boa vontade, por uma parte, de compra-lo e de outra
de tomba-lo, não está dando resultado. Os prédios, que incluem a ocupação do antigo Convento dos Mercedários, autorizada
pela Secretaria do Patrimônio da União, por parte da UFPa, continuam sem algum cuidado, ao menos aparentemente.
Os nossos espaços da memória se encontram, inclusive, nesses prédios. A preservação do patrimônio edificado conduz a leitura de um periodo da nossa história que não volta mais, mas que pode emergir do imaginário... Comprar prédios antigos e deixa-los ao léo, que sentido tem?
A Capela Pombo é um triste exemplo, visto que seus traços Landianos evocam um neoclassisimo nascente, numa Amazonia ainda desconhecida e que não conseguimos, hoje, demonstrar seu valor ao mundo..
Sou de acordo. As políticas seletivas, que atendem a sei, la, quais interesses, parecem nao constranger a mais ninguem.
ResponderExcluirTriste ocaso de nossa história.