sábado, 5 de outubro de 2019

A CIVVIVA E A UFPA


No inicio do mês de julho escrevemos  ao Reitor da UFPA e pedimos um encontro  para falar de 'ajuda-mutua-pro-defesa-patrimonio -historico'.

Deixamos claro que a nossa preocupação principal era a defesa da nossa memória-histórica, ou seja, dos nossos vários tipos de patrimônio, começando pelos prédios da área tombada. Lembramos também a necessidade de levar  em conta que o socio mais novo tem sessenta anos, o que quer dizer que ainda lembramos a cor das casas, o tempo dos paralelepipedos, a linha de ônibus Bagé, as procissões...e o silencio cortado apenas pelos toques dos sinos das igrejas do Landi.

Nossas lutas, baseadas na defesa do que dizem as leis, levaram ao reconhecimento da Civviva por parte da Câmara de Vereadores como de  Utilidade Publica para o Municipio de Belém com LEI Nº 9368 DE 23 DE ABRIL DE 2018.

As férias acabaram e no inicio do mês de setembro (10/09) tivemos um primeiro encontro com o pro Reitor (PROEX) Nelson Souza. Conversamos sobre os principais problemas da área tombada:
- poluição sonora provocada pelo: Auto do Cirio, Carnaval, fogos na saída das noivas da igreja; trios elétricos em frente a Alepa; festas santificadas, etc.
- transito de carretas;
- abandono de casarões;
- necessidade de educação patrimonial;
- distancia da UFPa do cidadão comum;
- e possibilidade de parcerias.

A distancia de um mês desse encontro outro foi feito (05/10) entre o Pro Reitor e  os responsaveis do Auto do Círio com a direção da Civviva e alguns seus associados, com a ajuda do Padre Gennaro, do Colégio do Carmo que nos cedeu o local para a reunião  .

Falamos de outras propostas para a área tombada onde poderiam nascer  museus da casa paraense; sobre a lutas politicas entre o Barata e Assunção; memoria da industria paraense entre as duas grandes guerras..

Em tal ocasião fomos informados, entre outras coisas que, duas das nossas propstas tinha tido exito:
- seria retirado o trio elétrico do trajeto do Auto do Cirio entre a Praça do Carmo e a Praça da Sé;
- o som necessário ao desfile sairia da janela das casas daquele percurso e não chegaria nem a 50 decibeis;
- que a Educação Patrimonial teria inicio dia 03 de janeiro de 2020.

Essas duas noticias nos encheram de satisfação. A nossa luta contra a poluição sonora teria inicio com a ajuda concreta da UFPa e serviria de exemplo para próximos passos.  O reconhecimento da necessidade de dar inicio imediatamente a Educação Patrimonial é o outro sucesso das nossas expectativas.

Agradecemos o interessamento do Pro Reitor Nelson Souza, mesmo com a sua disponibilidade  e a ajuda concreta do IPHAN, a poluição sonora continou.

 O NOSSO  CIRIO TERIA SIDO MELHOR, ESTE 
   ANO  SE A  PALAVRA DADA TIVESSE SIDO 
                            RESPEITADA.

P.S. - paralelamente aos nossos encontros com a UFPA, outras reuniões entre IPHAN,  FUMBEL, SECULT, SEURB, SEMMA aconteciam sobre  o mesmo argumento e também sobre a localização do palco.
A parte a retirada do trio elétrico e a substituição por peqenas caixas de som que ficarão dispostas nos postes ao longo da Rua Dr Assis, o palco, para a parte final do Auto, saírá de frente aos Palácios Antônio Lemos e MEP e irá para a frente do Fórum Cível, a poucos metros de distancia.
Um problem continuava...e o resto do percurso antes e depois da Dr.Assis? Como é que ninguem falou nada?

Somente depois é que notamos a amplitude  das nossas exigencias e do apoio que o Iphan tentou dar, mas a dificuldade de retirar a poluição sonora continou. 
Chegamos a sugerir, por questões de transparência e de seriedade, que fosse colocado por escrito e assinado por todos os participantes dessas reuniões, o que realmente se entendia por poluição sonora, em base a quais leis e como seria debelada a partir destas festividades. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário