Na Mesa tivemos o Prof. Dr. José Francisco Ramos que dirigiu os trabalhos e a contribuição de:
Alice Rosas, arquiteta que foi coordenadora do processo de revisão do Plano Diretor do Município de Belém. Ela baseou seu informe sobre o que é um Plano Diretor, ilustrando o de Belém com várias imagens e argumentos que mostraram a importância desse instrumento de planejamento e desenvolvimento da cidade.
Luiz Carlos Marques Filho, técnico em mecânica e pequisador no IFPA. Apresentou o projeto Ação Metrópole, com base no material disponível na Internet e outras fontes de pesquisa. Foi muito esclarecedor, porque nivelou o conhecimento da platéia sobre esse tema eminentemente técnico e atual.
Paulo Ribeiro, arquiteto, que coordenou o PDTU 1991, 2001 e seus estudos de viabilidade econômica 2003 e 2010, enriqueceu a palestra sobre o Projeto Ação Metrópole e deu informações complementares. Salientou que esse projeto, que se iniciou há 20 anos com a cooperação com a JICA, agência japonesa de desenvolvimento, já realizou obras, como os dois segmentos da Av. Independência (feitos em tempos diferentes) e alguns viadutos.
Juliano Ximenes, arquiteto e Roberta Menezes, arquiteta, ambos professores da UFPA, discorreram sobre a ocupação do solo em uma cidade e suas conseqüências para o trânsito, para o conforto térmico, para obras de infra-estrutura, entre outros aspectos. Salientaram com isso a importância do Plano Diretor Urbano.
A MESA REDONDA se desenvolveu em plena harmonia, com os presentes muito interessados na informação técnica de alta qualidade apresentada, não havendo quase abordagem das questões políticas atuais relacionadas com os projetos BRT da Prefeitura e o Ação Metrópole (que é um BRT também).
Mesmo assim, na hora final dos debates apareceram questões, importantes, quais:
1) O projeto BRT da Prefeitura não vai atrapalhar o projeto Ação Metrópole? A resposta geral é sim. A insistencia da Prefeitura em querer fazer o segmento Entroncamento – São Brás, não é oportuna porque este faz parte do Ação Metrópole, para o qual já há financiamento negociado, aprovado, tanto por bancos como por instituições nacionais responsáveis pela política de relações exteriores. Ficou claro que, se a Prefeitura quiser fazer algo, pode fazer o segmento Icoaraci-Entroncamento, com todas as obras necessárias, o que consumirá grande volume de recursos e capacidade de realização, administrativa. O que ela não deve é insistir no trecho Entroncamento-São Brás, porque isso inviabiliza o Ação Metrópole, e é um enorme desserviço a população metropolitana.
2) Ficou claro, também, que a Prefeitura não tem um projeto pronto. Tem uma intenção apenas, que é mostrada com mapas e croquis, mas um estudo, por exemplo, de como será o fluxo de passageiros e de ônibus, não tem.
3) Foram colocadas questões específicas relativas ao Ação Metrópole: sobre localização de ciclovias, de passarelas, e outros detalhes técnicos que foram respondidas parcialmente pelo Luiz Carlos, que no momento era o único presente com informações sobre os temas.
4) Também ficaram evidentes as dúvidas sobre questões de financiamentos, licitações, e similares.
O que se concluiu é que o Ação Metrópole no momento é o projeto viável e que a sociedade deve, como sempre, permanecer atenta e crítica a cada uma de suas fases e grandes decisões.
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