AS MANGUEIRAS COM CERTEZA O RECONHECEM.
Morando numa praça cheia de mangueiras, muitas já no fim de
sua vida, vejo a passagem do tempo: meu, e delas.
Vejo quando perdem as folhas, enchendo a grama da praça
daquelas amareladas. Depois vejo se encherem de floreszinhas, que pouco a pouco
se transformam em mangas. É tempo de outono na Europa, quando todas as arvores
se desnudam frente aos pinheiros que continuam impertérritos, destemidos, aguentando
o frio, como se fosse verão.
Quando chega o período das chuvas aqui, as mangas já estão
no fim. Nas praças, não somente os pássaros, mas os adultos já deram cabo de
quase todas elas. Daí, no Ver o peso, começamos a ver chegar o: açaí, abiu,
abricó, muruci e pupunhas .
Alias, é mais visível ver a troca no Ver o Peso, quando nos carros de mão substituem a manga com a pupunha.
Na verdade o açaí tem o ano inteiro, mas, praticamente, de setembro a Janeiro ele abunda.
Quando seu preço aumenta, quer dizer
que a produção caiu. O cupuaçu também temos o ano inteiro,
mas tem muito mais nos meses de março, abril e maio.
Das nossas frutas, apenas a Castanha do Pará (em julho)
e o Pequiá (em maio ), trocam as folhas... e nem são estrangeiras, como
as mangas.
Nem todas as frutas que comemos são amazônicas: a banana, o
coco e a manga, por exemplo vem da África.
VAMOS VALORIZAR O QUE É NOSSO INDEPENDENTEMENTE DA ESTAÇÃO...
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