domingo, 18 de agosto de 2019

A TREPIDAÇÃO NA CIDADE VELHA


TALVEZ SEJA O CASO DE PENSAR NO QUE ESTE VIDEO
 DEMONSTRA, RELATIVAMENTE A TREPIDAÇÃO,
  FRUTO DE SONS E RUIDOS VÁRIOS.

https://www.facebook.com/estudoquantico/videos/461530521262493/

             Cidadania é o exercício de direitos e a cobrança
                     de deveres de cada um e de todos.


Baseados nessa frase é que pedimos a atenção de todos. Agora  que vimos o video, vamos pensar na poluição sonora da Pça da Sé onde temos duas igrejas, concorridissimas para casamentos nos fins de semana, e na frente da ALEPA, onde ocorrem manifestações com trios elétricos...além das demais ruas dessa área tombada. 

Lembramos que a  CONAMA limita o nível sonoro de dia a 55 dB e à noite a 50 dB, em áreas como aquela tombada.

- CÍRIO
Esta nossa festa, com todas as transladações da N. Sra de Nazaré é causa de um enorme volume de poluição, causados pelos fogos que acompanham sua movimentação. Todos, abslutamente todos se sentem  no direito de fazer barulho, ignorando, sempre todos, os decibeis previstos nas normas. É o caso de perguntar, francamente, qual necessidade existe de provocar toda essa poluição? Alguém sabe explicar isso? Onde está prevista a obrigatoriedade desse barulho todo? A que pro?
A questão cultural, usada como desculpa, não deve servir de cobertura para os abusos que se notam e os danos que provocam, Não seria mais civil, ao menos, respeitar os decibeis previstos, caso não se queira usar os fogos que não fazem barulho e que são produzidos aqui no nosso Estado? A queima de fogos a noite, pode muito bem ser substituida com aqueles que não fazem barulho e fazem, do mesmo jeito um belo efeito.

- CARNAVAL
É considerado o maior, mas não único,  provocador de trepidações, através de trios elétricos. Isto começou quando a Fumbel, praticamente excluiu os blocos com bandinhas e mascarados que frequentavam a área tombada da Cidade Velha, a partir de 2012. (https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2012/02/normal-0-21-false-false-false.html)
 A transformação do nosso carnaval em carnaval tipo bahiano, com abadás e trios elétricos,  se desenvolveu rápidamente, assim como a poluição sonora (https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2014/02/balanco-de-um-sabado-de-carnaval-em.html). O problema  tinha se alargado com a invenção das 'concentrações' em praças tombadas. A CidadeVelha não era mais so passagem de blocos, era estackonamento também.  Tivemos que esclarecer nossa posição visto que os abusos aumentavam. ( https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2015/02/carnaval-2015-esclarecimentos-da-civviva.html ). Uma liga de blocos foi criada e  a situação so fez piorar a tal ponto que em 2019 os  trios elétricos foram proibidos na Cidade Velha, depois que a DEMA certificou que superavam os 100 decibes, enquanto as normas falavam de, somente 50.
Esta Associação também saiu as ruas para certificar a poluição sonora em seis pontos diferentes da área tombada, por onde passavam os 'blocos', confirmando os dados da DEMA, da Sé até a Tamandaré, passando pela Pça do Carmo. Um mes depois do fim do carnaval, voltamos as ruas para verificar a poluição depois do carnaval. Na Pça do Carmo o resultado foi, praticamente, do mesmo nivel da poluição verificada no periodo carnavalesco.

- CASAMENTOS
52 semanas multiplicado por dois  dias (sexta e sabado): 104 dias usaveis para ceremonias de casamento em cada igreja, o que resultaria, visto que são duas igrejas na praça da Sé, as mais concorridas: 208 casamentos por ano. Mas ainda temos a igreja do Carmo e a de S. João onde acontecem menos casamentos.
Digamos que matrimonios não acontecem todo fim de semana, então vamos arredondar para 150 casamentos por ano nas quatro igrejas da área tombada. Em ao menos 100 desses casamentos, acontece, na saida dos noivos, que façam uma saraivada de fogos de duração media de 10 minutos, como os do Cirio. Quem querem acordar com todo esse barulho? qual é a intenção de tanta poluição. Vamos somando os dias de poluição maciça...

-  FESTAS SANTIFICADAS.
Acontece em frente as igrejas da área tombada. A de Sto. Alexandre serve para festejarmos a Padroeira de Belém. Este ano  festa vai do dia 23/08, a 01 de setembro p.v. Na igreja obra prima do Landi, a de S. João Batista, dura de oito a dez dias, no mes de junho.
Em ambas as festas, todas as noites tem espetaculos com bandas musicais cujos decibeis ultrapassam de muito os 50 previstos nas normas. Fogos acontecem depois dos espetaculos. Podiam usar aqueles que não fazem barulho... em vez, não.
A essas duas ocasiões se deve acrescentar os fogos no dia de N. Senhora do Carmo, ao menos. Quem querem acordar, é o caso de perguntar, também?

- AUTO DO CÍRIO
Até dois anos atras, durante o mes de setembro, aconteciam, na praça do Carmo, os ensaios do Auto, durante duas horas, com decibeis muito superiores ao que ditam as normas. Não tinha onibus para os participantes que chegavam em grupinhos. Tinha merenda, para quem quisesse comprar...
Com até uma hora de atraso, o cortejo sai da frente da Igreja do Carmo, onde fica estacionado o trio elétrico.  Nunca sai na hora marcada, mas o trio começa a fazer suas provas rumorosas na hora certa.
Depois tem as homenagens em frente a duas igrejas tombadas; na frente o HGPa, também tombado e estacionam para as finalizaçoes entre dois outros monumentos tombados: o MEP e a Prefeitura. A batucada vai pela madrugada...até que soltam a santa...seguida de fogos.

- MANIFESTAÇÕES VÁRIAS
A presença da Alepa  assim como do Tribunal e do MEP, também  é chamariz de outro tipo de aglomeração de pessoas que ali vão defender seus direitos...com trios elétricos. No entorno, os prédios tombados ressentem pela trepidação provocada quase que diariamente, mesmo se nem sempre com poluição sonora. So a Alepa sabe quantas manifestações acontecem perto dos tres prédios tombados que tem no seu entorno, e a poucos metros de outros.

- EVENTUAIS
Pode acontecer, nas quatro praças da área tombada, outras manifestações ocasionais. Sejam elas  para divertir o povo (organizadas por orgãos publicos e particulares) que para chamar atenção dos juizes do Tribunal e do Prefeito. Normalmente com som automotivo ou trios elétricos. A isso tudo temos que acrescentar os locais, bares ou casas de familia, que abusam dos decibeis o ano inteiro.

Em nenhum dos casos citados, os decibeis são aqueles previstos nas normas.  Essa incivilidade é acobertada por quem não faz o seu dever, fiscalizando o respeito das leis por todos.
Não cremos que os urubus sejam os principais causadores de danos aos telhados de igrejas, museus e outros prédios. Os fogos, que soltam do lado desses prédios tombados, em vez, sim, resultam ser  inimigos da construção inteira.

A esses "eventos"devemos acrescentar a trepidação provocada pelo transito de carretas, onibus, vans e afins além  das buzinas. Esse problema é área da SEMOB que, gostariamos de saber se tem dados a respeito.

Agora,   depois de calcular o que isso tudo provoca nos prédios da área tombada, vamos lembrar dos moradores e seus direitos. Varias leis falam do argumento e aqui as elencamos, caso alguem queira se certificar se existem ou não normas a respeito: https://civviva-cidadevelha-cidadeviva.blogspot.com/2017/08/a-tv-e-poluicao-sonora.html

       Se o video acima tem razão relativamente ao que 'barulho/ruidos' podem causar ao nosso patrimonio histórico, as pessoas e animais, o que esperamos para tomar providências, ao menos pretendendo o respeito dos 50 decibeis previstos nas normas em vigor... 

No caso do carnaval na Cidade Velha: retorno das bandinhas e afastamento dos blocos para longe da área tombada, onde o numero de moradores seja insignificante (ex. Praça Dalcidio Jurandir, Pça Princesa Izabel, etc). 

Na Tamandaré mora um Juiz que, anos atras conseguiu que o MPE proibisse o carnaval naquela rua,e o Dr. Benedito Wilson concordou.

ESTES SÃO OS PRINCIPAIS CAUSADORES DE DANOS AO NOSSO PATRIMONIO. POR QUE NÃO ENFRENTA-LOS  APLICANDO O QUE ESTÁ ESCRITO NAS LEIS??? 

Porque não se reune em um regulamento especifico para a nossa realidade, as  normas relativas a defesa do nosso patrimônio? No Plano Diretor, ao menos um capitulo inteiro deveria tratar todos os problemas relativos a defesa da área tombada. 


PORÉM, SEM FISCALIZAÇÃO PERMANENTE, 
                      NADA SE RESOLVE.



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