Antonio Juraci Siqueira , merece que TODOS aqueles que gostam da Amazonia, tomem conhecimento do seu antigo amor...
BRASÃO DE BARRO
Minha Amazônia
eu te quero tanto
que na ânsia louca
de defender-te
habito as noites
te boiunando
curupirando
teu sono e, assim,
com fios de insônia
teci meu manto
e fiz do pranto
cetro e coroa.
eu te quero tanto
que na ânsia louca
de defender-te
habito as noites
te boiunando
curupirando
teu sono e, assim,
com fios de insônia
teci meu manto
e fiz do pranto
cetro e coroa.
À meia-noite
virei meuã
e coroei-me
no alvorecer.
virei meuã
e coroei-me
no alvorecer.
Rei sem vassalos
sem ouro e armas
rei de mim mesmo
para servir-te
com meu cantar!
sem ouro e armas
rei de mim mesmo
para servir-te
com meu cantar!
De sonho e palha
fiz meu castelo
e de incertezas
meu amanhã.
Em vez de escudo
trago no peito
um mandingueiro
muiraquitã.
fiz meu castelo
e de incertezas
meu amanhã.
Em vez de escudo
trago no peito
um mandingueiro
muiraquitã.
Sigo a galope
rumo as origens
no dorso alado
da Estrela D’alva.
Do mesmo barro
que no princípio
Deus fez o Homem,
em meus delírios
de soberano
fiz meu brasão.
rumo as origens
no dorso alado
da Estrela D’alva.
Do mesmo barro
que no princípio
Deus fez o Homem,
em meus delírios
de soberano
fiz meu brasão.
Depois que tudo
for consumado
quando somente
restar o Verbo
da Criação,
junto estaremos
brasão e homem
unificados
no pó sagrado
deste rincão!
________________________________________________
(Do livro "Brasão de Barro", Vinas Editoração, Belém, 1992)
for consumado
quando somente
restar o Verbo
da Criação,
junto estaremos
brasão e homem
unificados
no pó sagrado
deste rincão!
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(Do livro "Brasão de Barro", Vinas Editoração, Belém, 1992)
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