Em meados dos anos 50 Douglas
Marques de Sá, artista musivo, recebeu
encomenda para fazer um painel d 60 metros para o novo
aeroporto internacional de Belém. Nesse
período, principalmente em Copacabana, era de moda adornar as fachadas dos
edifícios com painéis em
mosaico. Se tem
conhecimento que, praticamente “toda a constelação modernista, de Di Cavalcanti
a Portinari, de Carlos Bracher a Quirino e Hilda Campofiorito, de Antonio
Carelli a Flávio Shiró, de Volpi a Clóvis Graciano, de Burle Marx a Calabrone”
foi atraída pelo trabalho com mosaico.
A elaboração do painel de
mosaico para o nosso aeroporto durou dois anos sendo concluído em 1957. Era
todo ele em pastilhas de vidro e, antes
de sua entrega, foi exposto no Museu
Nacional de Belas Artes no Centro do Rio de Janeiro. O Diário de Noticias no
dia 8/5/1957 publica a opinião da “nossa” Eneida a respeito: Vi o mural de
Marques de Sá e fiquei contente. Lá estão nossas aves, nossas flores, um jacaré
anuncia que não se brinca com os nossos rios, há um gavião tão real que já
prepara seu vôo, e vai ser bonito quando o turista ou mesmo o natural do país
chegar a Belém e tiver a saudá-lo no aeroporto nossa flora e fauna.
Em 1957 o painel de
mosaico foi colocado na entrada do Aeroporto de Belém onde ficou até 1964. Uma
bela manhã, depois do golpe militar, o painel foi encontrado no chão...demolido
sem alguma motivação plausível.
O autor não fez fotos da obra,
mas um “cartão postal” do painel já instalado no aeroporto de Belém, foi feito
e colocado em venda em Belém por alguns anos. Sobraram porém os esboços
originais da obra que H. Gougon, jornalista e mosaicólogo conseguiu trazer até nós.
Quem sabe algum colecionador tem
o cartão postal do painel do aeroporto?
O Painel
ganhou muitos estudos antes da forma final.
|
A obra
foi destruída, mas os esboços permanecem intactos.
|
FONTE: http://mosaicosdobrasil.tripod.com/id17.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário