quinta-feira, 26 de março de 2015

RECONHECIMENTO CARLOS ROCQUE


A ideia da Civviva ao instituir  o Reconhecimento Carlos Rocque, em 2014,  era tornar público o que algumas pessoa fazem por Belém e seu patrimônio.

Trata-se de pessoas que acomunam o mesmo  interesse, ou seja:  que amam Belém, suas cores, suas casas, suas ruas, seus sabores, sua história e até... suas desgraças. Entre  essas pessoas, escolhemos aquelas que nutrem uma particular atenção ou afeto pela Cidade Velha.

Este ano foram escolhidos dois fotógrafos: Faustino Castro...



("Encontro nas 11 janelas" Casarão na beira do rio, que Landi adaptou para Hospital Real em meados de 1700.)














("Chove na  trav. Felix Rocque" Uma familia vai em direção de um porto, dos tantos que existem na Cidade Velha.)





                                         ...  e Ronildo Matsuura,  com a antiga Casa dos Governadores, obra de Landi, hoje Museu do Estado e a fachada da igreja do Carmo no dia da entrega, restaurada, à cidadania.
















Hors concurs foi escolhido Sebastião Piani Godinho. Quem é seu amigo no Face tem a satisfação de ver seus trabalhos, suas lembranças, seus desenhos,  suas fotos. Tudo é historia, distribuida diariamente nos Facebooks dos amigos que se deleitam com  tantas coisas novas, para nós, que ele disponibiliza.




A igreja de S.João e a Praça do Relogio vistas pelos delicados  traços  de Sebastião.










Todos e cada um, a seu modo, salvam nossa memória, aguçam nossa vista, defendem nossa história, enfim, ajudam a perpetuar a lembrança do que é nosso, e isso é feito sem nenhuma obrigação, mas por prazer. .  . e nós Reconhecemos esse fato com um simples azulejo com o simbolo da Civviva.

domingo, 22 de março de 2015

Ordem Terceira e Igreja do Carmo - reabertura




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A cerimônia de rebertura da Igreja do Carmo e da Ordem Terceira, será às 9h, de segunda feira 23 de março 2015, com a presença da presidenta do Iphan, Jurema Machado, da superintendente do Iphan-PA, Maria Dorotéa de Lima, de representantes da Arquidiocese de Belém e da Vale, empresa patrocinadora do projeto






Local do coro
Nichos  laterais
A Capela da Ordem Terceira, cujo traço também é atribuído a Landi, foi construída anexa à construção do Carmo. Nessa, destacam-se o retábulo-mor entalhado em madeira e o conjunto de imagens sacras barrocas, esculpidas em madeira e relacionadas aos Passos da Paixão de Cristo. 

Nave central da Igreja do Carmo

A Ordem Carmelita do Maranhão se instala em Belém ano de 1626. Na década de 1620 teve início a primeira construção do templo, atual Igreja do Carmo. A segunda edificação teria sido inaugurada em meados de 1721. A fachada de pedra, importada de Lisboa adossada à igreja por volta de 1756, causou problemas estruturais ao edifício, quando então se contratou o arquiteto Antônio Landi para solucionar o problema.  A intervenção de Landi foi definitiva, formada pela Capela-mor, remanescente da segunda igreja, com o retábulo entalhado em madeira e o altar com frontal de prata lavrada que receberam a nave e os retábulos laterais projetados pelo italiano, A fachada de cantaria também foi preservada.








Nichos  Laterais



(Informações do thtp://pal.iphan.gov.br/)

sexta-feira, 20 de março de 2015

O QUE VÃO FAZER COM ELES????

"A preservação da memória de um povo está diretamente relacionada à conservação de seu patrimônio cultural."  Em Belém os exemplos contrários a essa predicação, são muitos, e cada
vez que vemos uma casa antiga, em qualquer rua de Belém, nos perguntamos se podem derruba-la. Principalmente se, na sua frente, ja estão  todas as indicações de que isso vai acontecer.

Não somos os únicos a ter essa preocupação, outros, mesmo se poucos, também se preocupam com nosso "patrimonio". e aqui vai um exemplo que nos chegou hoje, sexta-feira, dia muito bom para derrubar esses casarões. Nos diz Pedro Paulo que:

"Na 6a. feira passada (13.03), percebi que havia uma turma de trabalhadores retirando entulhos do imóvel há muito abandonado, situado na rua O´ de Almeida nº 125, entre trav. Frutuoso Guimarães e trav. Campos Sales, bairro Campina. Não é nenhum palacete, mas, está ao lado de um outro imóvel também abandonado, e ambos são representativos de períodos ou estilos arquitetônicos de Belém.


"Ontem (19.03), observei que há uma obra no imóvel nº 1508 da trav. Padre Eutíquio, entre av. Cons. Furtado e rua Tamoios, bairro Batista Campos. Este casarão, com fachada de azulejos, está abandonado há muitos anos também.





"E ainda há um outro, igualmente há muito deteriorado, mas, que faz parte de alguma instituição em atividade, pois, ao passar pela rua, percebo que há uma quadra de esportes dentro do terreno. A fachda, originalmente revestida de azulejos, está muito deteriorada, e deveria merecer melhor cuidado da parte dos proprietários, já que não se trata de prédio abandonado, e tem cobertura. Fica na rua Arcipreste Manoel Teodoro (não sei o número), entre trav. Padre Eutíquio e rua Presidente Pernambuco, quase em frente a Praça Ferro de Engomar.  

Acredito que não se trata de imóveis tombados, mas, pelas características estilísticas da volumetria, devem ser resguardados."


São tres exemplos de abandono, mesmo se a UNESCO, em trabalho denominado “O Homem e Seu Ambiente”, preconiza que: 

“A coletividade nacional integralmente deve participar da proteção e  da valorização do patrimônio cultural. Essa preservação e valorização constituem um processo dinâmico que implica uma participação de todas as categorias sociais e uma ação propulsora constante e imaginativa”.

Bela frase, e basta! Como preservar sem dinheiro? Os incentivos, bem raramente chegam as mãos dos proprietários; vão para as instituições que compram os prédios mais chamativos, mas atraentes. Enfim, so os mais bonitos, ou bem grandes. Os menores, acabam transformando-se em estacionamentos.

sábado, 14 de março de 2015

ESTACIONAMENTOS NA RUA, A PAGAMENTO


É o que os flanelinhas fazem, mas não é deles que falaremos, mas de experiências feitas noutros lugares e que gostariamos que fossem aplicadas na Cidade Velha, ou mesmo em todo o Centro Histórico.

 As cidades nasceram antes dos veículos e não foram programadas para terem essa quantidade e tipologia de meios de transporte que temos hoje, por isso a necessidade de enfrentar os problemas que tal realidade produz. Alguem tem que  resolver issoa, ou, ao menos, tentar enfrenta-lo  com  uma proposta séria. Os absurdos estão sob nossos olhos e crescem dia a dia.

Por exemplo, acabamos de saber que:
- o projeto do Bechara Mattar, depois das nossas reclamações por falta de estacionamento, entre outras fatos,  foi aprovado. Agora tem garagem para CINCO CARROS. Não é brincadeira. PASMEM são 5, mesmo,  as vagas previstas. O bom senso  e  racionalidade onde foram parar? Em outros casos a Prefeitura, através de suas Secretarias, exige muito mais vagas para locais muito menores.
- pessoas de fora do bairro mas que trabalham na Cidade Velha, pretendem que ninguém estacione de fronte de seu emprego. Nem os moradores. Isso é sério, também não é brincadeira. È um abuso que se está difundindo através de espertos. Agora imaginem se cada um de nós, moradores, fizéssemos isso na frente de nossas casas? Onde estacionariam os clientes dos bares que nasceram na Praça do Carmo, por exemplo???? E os do Tribunal, MPE, OAB,  ALEPA, etc.

Pois bem, fora daqui, tem  cidades que resolveram marcar os locais para estacionamento NAS RUAS e os alugaram aos moradores e/ou lojas, bancos e afins, tentando evitar esses vários tipos de espertezas....e  ainda ganharam dinheiro, visto que as ruas devem ser mantidas pela Prefeitura. Flanelinhas e espertos, sobraram. E deram certo. Questão de vontade política.

Chamaram as associações de categoria, as de bairro, os moradores, os cidadãos em geral e decidiram: dias; horários; preço; os requisitos para terem a autorização; horário de acesso para carga e descarga; clientes de hotéis, hospitais; peso dos veículos  motos , onde colocar as telecameras, etc., etc., etc. Até a qualidade do ar foi colocada em discussão, assim, para o Centro Histórico as condições de acesso foram mais limitadas.  Os veículos que usam  carburantes menos poluentes tinham  facilitações. Os veículos com peso de até 80 quintais tinham que ter uma autorização especial... (Quando penso que so os pneus das carretas que passam pela Cidade Velha, pesam mais do que isso...). Nas zonas fechadas  ao transito, a cada família foi dado um código de acesso de modo que residentes e domiciliados tenham acesso garantido pelos  órgãos de controle.

Enfim, foi uma opção séria feita pelos governantes para tentar diminuir os problemas que o excesso de veículos nas ruas  provocam, como: a falta de garagens e estacionamentos; a ocupação abusiva das zonas ciclaveis; a invasão de flanelinhas e outros mais.  

CREMOS SEJA MAIS DO QUE HORA DE FAZER ALGO  ASSIM POR AQUI, COM CONTROLES E FISCALIZAÇÃO PERMANENTE. 

O PROBLEMA EXISTE E DEVE SER ENFRENTADO, INCLUSIVE O DOS FLANELINHAS E OUTROS ESPERTOS.